Capítulo 48

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{{ AVISO!! ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHOS.}}










Acho que Gabi percebeu minha mudança, porque na mesma hora ela segurou minha mão.

- Amiga, está tudo bem?

- Tem algum homem lá fora olhando pra cá?

Ela olhou minuciosamente tudo lá fora.

- Não amiga, não vi nada de estranho, porque?

- Eu tive uma sensação ruim - falei passando a mão pelo braço, dando a entender para o meu corpo que estava tudo bem.

- Você quer ir pra casa?

- Acho que vou te levar em casa e pegar um carro de lá.

- Ok, vamos, vamos - falou ela passando o braço pelo meu e me confortando.

Ao chegar no apartamento nos despedimos.

- Amiga, vou ficar aqui esperando o carro com você, nem adianta reclamar.

- Para de ser boba Gabriela. O carro já está a caminho. Fica tranquila. Sobe, que assim que chegar em casa eu te aviso.

- Amiga...

- Para de bobeira, vai lá curtir meu irmão. Seja lá como isso é possível - falei com cara de nojo fazendo-a rir.

- Tá, estou indo. Me avisa mesmo, hein?

- Pode deixar, senhora.

Assim que ela foi, o APP avisou que o carro estaria ali em 2 minutos.
Eu ouvi o barulho de freio antes de entender o que estava acontecendo.
Quando meus sentidos acordaram novamente, percebi que estava dentro de um furgão. O desespero tomou meu corpo, e comecei a tremer. Antes mesmo que eu pudesse ver quem estava ali no escuro comigo, tamparam minha cabeça com um pano e eu comecei a gritar.

- Moça, vai ser melhor pra você se ficar quieta. Não quero ter que machucá-la.

A voz foi tranquila e firme, e eu não reconheci. Parecia haver passado muito tempo, mas acho que foram apenas alguns minutos, até o local que o furgão parou.

- Vamos! - disse o homem ao pegar meu braço e me conduzir para fora.

Caminhamos pela grama, pelo que pude perceber, e entramos em um local abafado. O pano foi retirado da minha cabeça, e pisquei algumas vezes, para minha visão se acostumar com a claridade pouco presente ali.
Reconheci que o local parecia um estábulo. Fui levada até uma das baias e acorrentada ali pelo pé. O homem estava usando uma máscara, mas era alto e mais velho, tinha uma cicatriz acima do olho direito. Tentei decorar todas as coisas relevantes para caso conseguisse fugir.

Fugir? Eu ao menos sairia viva?
O desespero me fez hiperventilar, e tudo só piorou quando eu ouvi aquela voz.

- Oi benzinho. A quanto tempo!

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