Capítulo 72

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Uma quantidade realmente absurda de sangue foi tirada de mim. Acho que ficaria seca se mais uma seringa que fosse saísse do meu corpo.

- Você precisa ficar deitada por um tempo. Muito sangue foi tirado, é melhor se alimentar bem, descansar e tomar muita água. Logo alguém trará sua refeição - disse a senhora de bochechas rosadas após levar todo o sangue que existia em mim.

- Você está bem? - perguntou Felipe ao meu lado.

- Está meio pálida né? Acho que tiraram sangue de mais - falou Gabi com cara de horror.

- Eu estou bem! O que importa é que posso fazer alguma coisa para ajudar Lucas.

- Até um pouco de mais né? - disse Felipe com o cenho franzido.

- Isso quer dizer que você não faria o mesmo por mim? - perguntou Gabi, a paranóica em pessoa. Revirei os olhos sabendo que essa discussão não iria acabar tão cedo.

- Gente, vocês podem terminar essa discussão ali fora? A enfermeira pediu para eu descansar e o sono está chegando.

- Ok, vamos continuar essa discussão ali fora mesmo Seu Felipe, porque isso não pode acabar assim - disse minha cunhada indignada sem algum motivo aparente.

- Mulher, você está perdendo o controle, eu estava falando da Nanda, como isso chegou em nós dois? - falou meu irmão passando enfim pela porta de entrada, e me deixando em um silêncio tranquilo, que trouxe junto um sono leve.

Ao abrir meus olhos devagar, aparentemente o tempo havia passado rápido enquanto fiz meu cochilo, pois ao olhar para o lado Lucas estava lá. Sem pensar duas vezes me levantei rápido indo a seu encontro. Óbvio que não consegui dar dois passos sem cair estatelada no chão. A tontura veio com tudo me lembrando que ainda precisava descansar.

- Você está louca? - perguntou meu irmão vindo correndo a meu socorro.

- Queria vê-lo de perto para confirmar que está tudo bem.

- Ele está bem, ok? Está apenas descansando após a transfusão. O médico disse que teve uma concussão, por isso é provável que se sinta desnorteado e com sono. Mas aparentemente está muito bem após receber seu sangue. Agora vamos deitar que você também precisa ficar bem - disse meu irmão sério.

- Ouvi que vão trazer sua comida logo, então fique quietinha para que possam te liberar.

Concordei sem mais rodeios, indo a minha cama. O restante do dia passei me alimentando e não tirando os olhos de Lucas. Meu irmão disse inúmeras vezes que logo logo meus olhos iam cair de tanto olhá-lo. Mas saber que ele estava em segurança me fazia ter forças para continuar.

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