Contei toda a história à Lucas e ele caiu na gargalhada.
- Eu lembro desse dia. Isabel me contou o que aconteceu. Eu estava assistindo um filme enquanto falava com ela. Deve ter sido isso - ele não parava de rir. E óbvio que fui contagiada.
Chegamos na minha porta rindo muito, quando Felipe a abriu. De roupa, pelo menos.
Ele olhou com cara brava de cima a baixo o homem que me acompanhava. Foi tão constrangedor que quase estapiei esse garoto petulante.
- Bom dia Felipe, esse é o Lucas, ele trabalha para o senhor Akagi e veio me ajudar a buscar algumas coisas pra viagem.
- Na verdade, senhor Akagi me instruiu a fazer algumas instalações rápidas - olhei pra ele surpresa.
Antes que eu pudesse ver, Lucas entrou perguntando várias coisas para Felipe que também ficou meio sem reação e foi respondendo.Ele instalou algumas câmeras, incluindo no corredor. Ele também colocou aquela caixa eletrônica na porta para senha, assim não seria necessário mais chave. Em menos de 40 minutos eu me sentia muito melhor com a segurança da casa. Ele até conferiu como andavam as janelas, acredita? Felipe gostou, não olhou mais nenhuma vez de cara amarrada para Lucas.
- Vou fazer a instalação no seu celular e no de Felipe assim vocês podem ver a casa em tempo real, vai ser ótimo até para você acompanhar Azuki. Na porta vou cadastrar a digital de vocês dois e vocês podem também por uma senha de números - disse ele todo sério e concentrado.
Enquanto isso corri para meu quarto e guardei o que precisava na mala.
Arrumei as coisas de Azuki e peguei sua caixinha. A casa realmente estava arrumada, para minha surpresa Felipe se saiu muito bem sozinho.
Cheguei na sala e os dois estavam em um papo sobre os livros de Akagi, os quais Felipe havia lido todos. Ele realmente era um grande fã, e sendo o primeiro além de mim, a quem Lucas conheceu, acredito que tenha revisto seus conceitos sobre seus fãs e o que pensavam sobre seus livros. Até vi um brilho diferente em seus olhos.Depois de cadastrar as digitais e a senha do aniversário de mamãe, eu, Lucas e Azuki nos despedimos de Felipe para pegar o rumo da roça, ou melhor, da praia.
- Lipe, boa sorte hoje, espero que tudo corra bem. Qualquer coisa já sabe, só me ligar - falei abraçando meu irmão que retribuiu com um aperto longo de mais para o normal.
- Nanda, qualquer coisa estranha me liga, me manda uma mensagem, até sinal de fumaça funciona. Estou um pouco mais aliviado de Lucas ir com vocês porque ele parece um cara legal - isso me deixou de coração quentinho, porque Felipe não era de gostar de qualquer cara ao meu redor depois de tudo que aconteceu com Rodrigo.
- Pode deixar, não se preocupe tá? Akagi é assim como Lucas, uma boa pessoa. Vou te manter informado.
Depois das despedidas, seguimos caminho. A viagem foi gostosa, o tempo estava bonito, nem de todo calor, nem de todo frio. Eu não sabia exatamente onde iríamos, então quando chegamos a casa quase tive um treco.
Tudo era florido, a casa era de um piso só mas era ampla, tinha uma varanda na frente, tudo era de um branco imaculado.
- Nossa, ela é linda! - disse sem perceber.
- É a casa de praia da minha família. Imaginei que você ia gostar.
Azuki estava desconfortável já na caixinha, então assim que chegamos tirei ele de lá para desfrutar da casa. Ela era uma casa toda aberta, a sala e a cozinha se interligavam e os quartos ficavam na outra direção. Da sala tínhamos uma vista privilegiada. O deck dava a volta na casa pelo que pude perceber com a entrada. Também tinha um pequeno jardim nos fundos que possuía uma escada que levava a praia. E essa era sem dúvidas a vista mais perfeita que eu já pude presenciar.
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A um livro de distância
RomanceFernanda era uma editora de livros que não teve lá muita sorte desde que entrou na Orbe, a empresa mais badalada do país. Devido a um percauso ela teve uma oportunidade única que vai mudar sua vida de ponta cabeça. Um livro louco, divertido e cheio...