A um livro de distância

Capítulo 52

Após ir para o quarto, consegui descansar de verdade. Haviam policiais na porta para escolta e eu me senti mais segura assim.

Acordei, o que pareceu horas depois, pois o sol já havia se escondido.

- Boa noite bela adormecida - alguém me falou na escuridão do quarto.
No mesmo estante pulei com o medo me tomando.

- Ei Nanda! Calma, sou eu! - disse Felipe ascendendo a luz.

- Você quase me matou do coração, seu maluco!

Ele me olhou por uns segundos e correu ao meu encontro me abraçando.

- Eu fiquei tão preocupado. Te prometo que nunca mais vou permitir que isso aconteça - ouvi ele falar com a voz embargada.

- Tá tudo bem, Lipe. Não precisa ficar assim.

- Como não? Você está mesmo em sã consciência? - ele perguntou se afastando e olhando em meus olhos, enquanto lágrimas continuavam caindo em seu rosto.

- Eu fiz tudo o que pude. Eu e Gabriela saímos a sua procura em tantos lugares que nem me lembro mais. Se não fosse por Lucas, nem sei o que poderia ter acontecido - ele disse secando as lágrimas com as costas das mãos.

Lucas. Ele realmente me procurou?

- Como assim?

- Lucas fez tudo Nanda. Ele ficou com medo quando você disse que ia sair. Ele me falou depois, que quando você estava no banho, colocou um rastreador em sua bolsa. Ele disse que não teve um bom pressentimento. Então, quando você não deu notícias a Gabriela que havia chego em casa, eu resolvi ligar por desencargo. Assim descobrimos que algo não estava certo, porque você realmente não havia chego. Lucas na mesma hora entrou em contato com o delegado, que já estava cuidando do caso das câmeras na nossa casa. Como não tínhamos provas concretas, Lucas resolveu que iríamos atrás das câmeras do prédio de Gabriela, pra usarmos como prova de sequestro. Se não, teríamos que esperar 24 horas. E ele não estava aceitando essa espera de jeito nenhum. Ele até ficou assustador, se me permite dizer - Felipe me falou arregalando os olhos.