Amar ou não amar? Eis a questão

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Estou saindo deste hospital finalmente, depois de tanto tempo nele já me sentia fazendo parte de suas paredes brancas. And e o pai me ajudaram muito esses dias, apesar de Andrew mais se atrapalhar do que ajudar a intenção é que estava valendo.

E ainda havia Drake, que vinha aqui todo dia apesar deu ainda não ser capaz de me lembrar de nada. Ele saiu antes de mim, e sempre vinha me contar alguma novidade, o garoto era persistente, agora sei por que me apaixonei por ele na primeira vez. Às vezes eu quero ser capaz de me lembrar nem que seja ao menos dele, mas não consigo, é como se tivesse algo no fundo da minha mente que eu estivesse bloqueando, algo que eu não quero me lembrar.

Sou distraído quando alguém entra no quarto, era Drake.

- Oi - Diz ele sorridente como sempre - E aí? Pronto pra curtir a liberdade outra vez?

- Pronto pra curtir no ponto que eu puder - Digo lembrando a ele que eu ainda estava mancando.

- Chato - Brinca ele - Charlie já acertou tudo no hospital, a gente só tá esperando o Andrew chegar com o carro.

- Obrigado - Eu digo - Por estar do meu lado mesmo quando eu não lembro de você, não é a sua obrigação.

- É aí que você se engana - Diz ele passando a mão pelos seus fios loiros - Cuidar de você é muito mais do que a minha obrigação, eu simplesmente não consigo mais imaginar minha vida sem você.

Odeio quando isso acontece, quando ele fala esse tipo de coisa, prefiro quando ele é um tarado pervertido do que quando ele passa para um cara romântico, porque com esse cara eu não sei lidar, porque esse cara sempre diz que ama mas eu me sinto culpado por não poder dizer o mesmo, afinal, pra mim era como se tudo tivesse voltado a estaca 0.

- Jeremy - Diz o pai entrando no quarto - Drake, desculpe eu não queria atrapalhar, mas o Andrew chegou.

Saímos do hospital e vamos até o encontro de Andrew que reclama o caminho inteiro por Drake estar indo junto e várias vezes o pai e eu temos que apartar uma discussão dos dois. Quando chegamos em casa a primeira coisa que faço e ir até o meu quarto e me jogar na cama. Andrew, Drake e eu parecemos três crianças passando a tarde inteira jogando video-game e comendo besteiras - contra a vontade do papai é claro.

Naquele dia Drake foi embora tarde na noite.

- Então - Diz ele quando já estamos do lado de fora da casa - Posso voltar amanhã?

- Cara, você mal tá indo embora e já pensa em voltar? - Perguntei brincando.

- Claro, dessa vez não deu pra comer você então quem sabe na próxima? - Brinca ele e acabo lhe dando um soco no braço por isso.

- Ai! Olha a força novinho - Brinca ele.

- Ah, mds, vai embora vai - Eu digo sorrindo.

- Você tá me expulsando? - Diz ele fingindo um ar de indignação - Tudo bem, não faz mal, desse jeito eu só fico mais tesão.

- Tarado - Eu digo lhe empurrando porém ele segura em meus braços fazendo nossos rostos ficarem a centímetros de distância. Nos encaramos por segundos que pareceram uma eternidade.

- Santo do pau oco - É com esse último insulto eu volto a realidade a tempo de ve-lo sorrir e correr até o seu carro - ou melhor, o carro da irmã dele já o dele havia sido completamente destruído - e me mandar um beijo de longe. Eu começo a rir sozinho quando ele vai embora.

Foi esse maluco que eu escolhi amar?

Ódio, Amizade, ou Amor? (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora