Quando eu disse que nós precisamos conversar, eu não estava dizendo naquele instante, aquele não era o momento certo. Voltamos para a mesa e o pessoal resolveu pagar uma rodada extra de cerveja por minha causa quando souberam que minha memória havia voltado.Naquele dia eu não bebi muito, Drake também não, possivelmente nervoso pela conversa que teríamos e eu principalmente. Por que raios ele contou tudo a Guto? Quando fomos embora, Drake deixou os amigos dele e os meus no caminho e no final sobrou apenas nós dois no carro. Fomos para casa em um silêncio absoluto.
- Entra - Eu disse seco, quando chegamos em casa. Descemos do carro e entramos. Andrew estava sentado no sofá, outro que eu precisava conversar depois. Subimos até o meu quarto.
- Quando você pretendia me contar? - O questiono assim que entramos.
- Contar sobre o que? - Ele me pergunta. Eu apenas rio.
- Que você contou o que a gente fez pro Guto! - Eu digo meio alterado.
- Ele precisava saber não acha?
- Você preocupado com o Guto? - Eu rio - Por favor inventa outra!
- Você acha mesmo que ia ser diferente? Se fosse você ou fosse eu não importa! De qualquer forma ele nunca vai te perdoar, isso foi algo que você fez! E eu não contei por que quis - Ele diz mais calmo agora - Parece que não foi só a sua memória que resolveu voltar, a dele também, ele estava começando a se lembrar daquela noite e me contestou sobre ela.
- E você resolveu piorar a situação? - Eu pergunto sarcástico me sentando na cama.
- É isso que você acha de mim? - Dessa vez quem ri sem humor é ele - Eu contei a história sim, mas pensando em você eu tentei contar de uma forma que não te prejudicasse tanto. Por mais que seja difícil eu assumir pra mim mesmo eu sei que você gosta dele, sei que vocês tem uma ligação que eu não consigo explicar. Quando você sofreu o acidente ele ia todo dia lá te ver.
Fiquei impressionado com aquilo. Por ninguém me contou isso?
- Ele foi?
- Foi - Ele confirma e senta-se ao meu lado.
- Me desculpa - Eu sussurro, as vezes tenho vontade de me socar por ser tão idiota. - É claro que eu não penso mal de você, eu só tava irritado e acabei falando sem pensar.
- Você sempre parece fazer as coisas sem pensar - Ele me diz triste.
- Você está com raiva de mim? - Eu pergunto com medo da sua resposta.
- Raiva não, chateado sim. - Ele me responde levantando da cama - Acho melhor eu ir pra casa.
- Não! - O seguro - Você não me respondeu se me perdoa.
- Jay, quando você vai entender? Não me importa o que você me diga ou o que você me faça. Eu sempre vou amar você!
Ele me beija, um beijo demorado porém triste. Ele fecha a porta quando se vai, a mesma porta a qual eu bato minha cabeça segundos depois de ser fechada. Quantas vezes mais eu vou ter que errar até aprender a fazer a coisa certa?
[......]
- Você é um idiota - Disse Sarah para mim quando noa encontramos no dia seguinte na faculdade.
- Me conte uma novidade - Eu disse entrando na sala e escolhendo um lugar - O pior é que eu acho que ele nunca mais vai querer olhar na minha cara.
- E com razão - Diz Sarah - Como é que você confia mais em alguém que nem conhece direito do que no seu próprio namorado?
- Tá, tá eu já entendi - Eu digo meio irritado - Eu fui um completo babaca eu já entendi. Será que a gente pode mudar de assunto agora?
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Ódio, Amizade, ou Amor? (Romance gay)
Teen Fiction"- Você acha mesmo que eu vou aceitar isso? - Perguntei - É claro que vai - Respondeu ele como se fosse óbvio, o que me fez revirar os olhos - E sabe por que? Porque no fundo você gosta de mim, só ainda não quer admitir - Dito isso ele me pressionou...