Quando abro os olhos a primeira coisa que noto é que não estou em minha casa, em seguida lembro-me de tudo o que ocorreu. Drake está deitado do meu lado, olhando-me como se eu fosse a mais bela das criaturas.
"Bom dia" ele sorri "Eu trouxe o café da manhã pra você, não sabia se você ia querer descer então....
"Obrigado" sussurro, olho por cima do seu ombro e vejo a bandeja em cima do criado-mudo.
Drake levanta da cama e trás a comida até mim, como tudo e quando termino ele ainda está me olhando.
"Vai ficar me olhando ou me ajudar?" pergunto rindo me referindo ao fato deu ainda precisar tomar banho.
"Desculpa" ele pedi "Tem toalhas secas na primeira gaveta a direita e pode usar minha escova de dentes se quiser, é que eu não tenho outra"
"Obrigado" agradeço, Drake desce levando a bandeja consigo, pego a toalha e entro em baixo do chuveiro. A água está fria mas não me importo, respiro fundo e tento por os pensamentos no lugar.
Primeiro, saio correndo de casa igual um maluco, depois, vou parar na casa do meu ex-namorado que por acaso também é a casa da atual namorada do Gustavo que não sei a mínima idéia do que somos. Pensando agora, estou me sentindo um verdadeiro puto. Pego a toalha e então noto uma muda de roupa em cima da pia, em que momento Drake entrou no banheiro? Pego as roupas e a visto, em seguida pego a sua escova de dentes e a uso. Quando saio não há ninguém no quarto, pego minhas antigas roupas e as arrumo no meu braço, desço as escadas devagar e observo a sala de jantar, Lana está deitada no sofá em frente a TV e Drake sentado na poltrona em frente a escada. Ele logo me vê.
"Serviram?" ele pergunta se referindo as suas roupas, balanço a cabeça.
"Só ficaram um pouco folgadas porque você é mais alto"
Drake pega algo em seu bolso e me entrega, meu celular.
"Você estava dormindo e ele não parava de tocar" ele explica "Eu vi várias chamadas de seu pai e achei melhor atender e avisei que você estava aqui pra eles não se preocuparem, fiz mal?"
"Não" respondo, até porque só agora notei o quanto fui infantil sai correndo sem dar a eles a chance de se explicarem "Ele contou a você?" ele balança a cabeça "Então você já sabe"
O vi respirar fundo como se lamentasse o fato de não ter sido eu ao o contar, ele chega mais perto de mim e me abraça meio atrapalhado pelo fato de eu estar abraçado as minhas roupas, coloco meu rosto na curva de seu pescoço sentindo seu cheiro, fecho os olhos e respiro mais fundo, sinto seu corpo estremecer. Ele se afasta.
"Desculpa" eu peço, ele sorri, em seguida a campainha toca e o olho confuso. "Quem é?"
"Bem, espero que você não fique com raiva de mim" ele começa pegando as roupas em meus braços e deixando-as em cima do sofá indo em direção a porta onde põem a mão para abri-la mas não o faz "Mas eu tomei a liberdade de mexer no seu telefone celular e mandei uma mensagem para Sarah e Leo" Ele diz e então abre a porta revelando ambos com uma mistura de preocupação e conforto no olhar "Fiz mal?"
"É claro que não" suspiro aliviado aos vê-los, desço os último degraus da escada que faltavam e os abraço no meio do caminho, meus amigos era tudo que eu mais precisava agora.
"Ficamos sabendo do que aconteceu" diz Sarah se afastando de mim "Que idéia maluca foi essa de sair correndo no meio de uma tempestade? Você sabe como sua família ficou? Seu pai e seu irmão não pararam de ligar para gente nenhum minuto sequer, seu pai só não pos a polícia toda atrás de você porque a gente não deixou"
"Eu estava bem"
"Mas na hora ninguém sabia disso né cabeção" diz Leó me dando aquele abraço de urso que só ele sabe dar.
"Me desculpem, na hora eu...eu apenas...precisava espairecer um pouco, eu acho"
"Você sabe que não pode fugir disso a sua vida toda, não é? Eles são sua família Jay" pergunta-me Sarah passando sua mão pelo meu cabelo, as vezes Sarah parecia mais velha que eu.
"Eu sei" respondo.
"Seu pai pediu que quando encontrassemos você, pra gente levar você pra casa" diz Leó "Mas não vamos força você a nada, se você quiser ir pra minha casa ou de Sarah acho que ele vai entender"
"Você pode continuar aqui se quiser" Oferece Drake pondo-se ao meu lado.
"Não" eu digo "Eu vou voltar, eu quero ouvir o que eles têm a me dizer"
"Se você quer assim" diz Drake mas consigo ver um mistura de decepção e orgulho em seu olhar "Se vocês quiserem posso dar uma carona"
Leó estava a ponto de recusar quando Sarah foi mais rápida.
"A gente adoraria, o carro desse idiota deu de quebrar logo hoje e viemos de ônibus" ela se aproxima mais de mim e sussurra "Ônibus não pode ser coisa de Deus gente"
Acabo soltando uma risada baixinha.
"Então vamos" diz Drake passando sua mão pelo seu corpo e então fazendo uma cara estranha "Vou só pegar a chave, um momento"
Quando Drake volta minutos depois, pego minhas coisas e vou até a porta, dou uma virada discreta e encaro Lana, ela está me olhando, eu sorriu para ela e ela retribui com uma piscada. Ah se eles soubessem o motivo de eu ter mudado de idéia.
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No próximo cap. Teremos uma lembrança do Jay do que rolou na noite anterior depois que Drake recebeu o bilhete.Ai galerinha, quem quiser pode me seguir no Twitter.
@argentbansheelm
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Ódio, Amizade, ou Amor? (Romance gay)
Teen Fiction"- Você acha mesmo que eu vou aceitar isso? - Perguntei - É claro que vai - Respondeu ele como se fosse óbvio, o que me fez revirar os olhos - E sabe por que? Porque no fundo você gosta de mim, só ainda não quer admitir - Dito isso ele me pressionou...