Ódio, Amizade, ou Amor? (Romance gay)

O Bilhete

- Você está melhor? - Pergunta Drake me dando um copo de água e um comprimido.

- O que é isso? - Pergunto me referindo ao remédio. Drake havia me levado até a sua casa, tirei minhas roupas por seu pedido e ele as pos para secar, agora eu estava deitado em sua cama com suas roupas.

- Um calmante - Ele me responde enquanto o tomo.

- Obrigado - Agradeço lhe devolvendo o copo, ele o põem no criado-mudo.

- Vai me contar o que aconteceu agora? - Ele me pergunta passando a mão pela minha perna coberta pelo edredom.

- Não quero falar sobre isso agora - Eu digo, só de lembrar as lágrimas já começam a cair.

- Ei, Ei, não chora - Ele pede sentando ao meu lado e encostando minha cabeça em seu peito. Ele começa a me balançar devagar e em poucos minutos caio no sono.

[......]

(Drake)

Quando Jay adormece seus rosto fica calmo, limpo algumas lágrimas secas em seu rosto e o abraço mais. Até escutar uma batida na porta.

- Como ele está? - Pergunta Lana entrando no quarto e se sentando na beirada da cama.

- Ele dormiu - Eu respondo - Não deve acordar tão cedo.

- Já sabe o que ouve? - Ela me pergunta.

- Por que sinto que você está mais preocupada do que deveria?

Ela suspira.

- Eu não sei...É só que...Ele me parece tão ingênuo, tão inofensivo. Da vontade de protege-lo.

- Não posso discordar - Digo pegando uma de suas pequenas mãos na minha. - Ele pegou seu namorado, você deveria odia-lo.

- Mas não consigo - Ela deu de ombros - Talvez a gente tenha sido melhores amigos em vidas passadas.

- Sério isso? - Nós rimos.

- Quando você vai contar pra ele - Ela pergunta

- Contar sobre o que?

- Sobre o acidente de vocês. A sabotagem no carro.

- Eu não quero incomoda-lo agora - Eu digo - Eu primeiro quero ter certeza de quem fez isso, não quero ser precipitado e magoa-lo.

- Você ainda está com essa idéia absurda de que foi o Gustavo?! - Ela me pergunta - Pelo amor de Deus, ele não faria mal há uma barata.

- Os santinhos são os piores - Respondo. Ela bufa.

- Eu posso garantir a você que não foi ele, e se você não acredita pelo menos não o acuse sem ter provas.

- Ele estava lá okay? Eu vi!

- Não significa que tenha sido ele! - Ela o defende - Talvez ele nem tenha visto vocês lá.

A campainha começou a tocar.

- Eu atendo - Digo me afastando de Jay que se remexeu e descendo até a sala.

Quando a abro há uma garoto lá, ao me ver ele me estende um pedaço de papel que segurava.

- Mandaram entregar pra você moço - Disse o garoto assim que pego o papel.

- Quem mandou você entregar? - Eu pergunto mas o garoto não responde, ele sai correndo até que eu não consiga mais o ver.

Fecho a porta dando uma última espiada e abro o papel.

" Para quem sofreu uma tentativa de assassinato você está muito calmo, não acha? Se afaste do garoto, caso contrário, não posso garantir que vocês continuaram vivos."

- Mas que porra?!

[.......]

XXX: Entregou a ele?

Garoto: Sim, e fiz o que você mandou, entreguei e sai correndo.

XXX: Ótimo, toma aqui o dinheiro prometido. Agora preciso que você me faça outro favor, quero que você o siga, pra onde ele vá, qualquer lugar, e depois me conte cada detalhe.

Garoto: Eu não posso fazer isso. Não quero me meter em problemas.

XXX: Você não vai. Confie em mim. E olhe o seu tamanho, você vai passar e as pessoas nem vão te notar.

Garoto: Eu não.....

XXX: Há muito mais de onde isso dai veio garoto. Você topa?

O garoto acente relutante.

XXX: Ótimo. Agora vaza, e não desgrude deles um segundo se quer.

XXX se afastou do garoto, o deixando pensativo se aceitava ou não. Ele não queria fazer mal a ninguém, mas acontece que a vida na rua as vezes obrigava as pessoas há fazer coisas que não queriam para sobreviver. Aquela seria a única forma de ganhar dinheiro de forma "justa", afinal, ninguém daria trabalho para um garoto de rua de apenas dez anos que nem nome tinha. O garoto suspirou tristemente, infelizmente era isso, ou morreria de fome.

ZZZ: O garoto aceitou?

XXX: O que você acha? Aquele negrinho não tem onde cair morto, é óbvio que aceitou.

ZZZ: Também não precisa falar assim dele.

XXX: Pra quem começou com toda essa história você parece estar muito "derretido" pro meu gosto.

ZZZ: Eu apenas não sou racista como você, e aliás, não fui eu quem tive a "brilhante" idéia de sabotar o carro deles.

XXX: Mas foi você quem fez, então acho bom parar de reclamar porque você está tão envolvido nessa história quanto eu!

ZZZ: Tudo bem, vou calar a boca, mas será que você poderia me dizer o nosso próximo passo ou vai começar com o PT?

XXX: Acho melhor você escolher sua melhor roupa. Está na hora de fazermos a nossa entrada triunfal.