E eu não sou qualquer uma
Tu não é qualquer um
Eu sou bem melhor sozinha, sabe
Mas talvez tem um cantinho e cabe
Um pouco, quase nada
Eu não sou de fazer sala
Então pensa, então tenta
Sei que tu quer me ganhar, meu bem
Sei que eu também não sou de ninguém
Tu só me ganha no olhar, no jeito de amar
melhor sozinha :-)-: by Luísa Sonza & Marília MendonçaDespertei sentindo braços ao meu redor e sorri levemente, o perfume marcante de Paliwal e seus cabelos espalhados entre nós.
Seu rosto estava calmo e sua respiração profunda e eu tentei me desvencilhar de seu abraço para me levantar, mas tudo que consegui foi acordá-la.
— Caralho. — foi a primeira palavra que saiu de sua boca.
— Bom dia! — desejei, sorrindo.
— Bom dia. — disse desanimada, esfregando os olhos.
— Dormiu bem? — perguntei, fazendo um leve carinho no braço dela.
— Pra caralho. — riu e mordeu o lábio — Você é muito cheiroso. — brincou, se aninhando em meu pescoço.
— O seu cheiro também é muito bom. — respondi, passando um braço sobre seu corpo.
— Vamos voltar a ser o que éramos assim que nos levantarmos né?! — perguntou e eu suspirei.
— Como eu disse ontem... Se você quiser. — respondi, tentando não transmitir o que eu sentia.
— Não sei se quero, mas não vou perder o desafio.
— A gente devia mudar esse desafio, então. — retruquei — A gente se beija quando sentir vontade e o desafio vira nosso jogo de provocações, até você ceder.
— Ok, mas eu não vou ceder. — concordou e me surpreendeu — E não é pra ninguém saber.
— Eu também acho. — concordei e antes que pudesse concluir meu pensamento, Paliwal já me agarrava.
Nosso beijo começou devagar e segurei o cabelo de Paliwal, aprofundando o nosso contato. Ela enfiou as mãos na parte de trás da minha camisa e como já estava me acostumando, feriu levemente a minha pele com suas unhas.
— Estou entrando! — ouvimos a voz de Radha e nos separamos rapidamente, a fazendo rir assim que nos viu em uma posição questionável.
A Doutora tinha uma das pernas na minha cintura e uma das minhas mãos estava visivelmente debaixo da blusa dela.
— Ok, podem parar. Transem em outro lugar! — Radha ordenou e eu ri, me deitando do meu lado da cama e ouvindo Paliwal negar baixinho — Se arrumem, o café está pronto!
— A gente já vai, mãe! — Paliwal assentiu, colocando o travesseiro em cima da cabeça, se escondendo, a mãe dela revirou os olhos e saiu, fechando a cortina e ainda rindo — Que saco, queria ficar aqui o dia inteiro.
— Eu também! — puxei Paliwal pela cintura — Mas a gente tem que ir. Amanhã tenho quatro cirurgias e ainda tenho que auxiliar em uma da chefe.
— Nossa, eu tenho uma ressecção de tumor. Pela tomografias, é em um lugar complicado e está fodidamemte grande. A paciente quer que eu tire tudo, mas dependendo da situação posso matá‐la ou fazê-la perder a memória totalmente. Tinha esquecido do quão preocupante essa situação era. — Paliwal me contou, realmente preocupada.
— Não acho que você terá problemas nessa cirurgia, Paliwal. Você é competente e completamente dedicada ao seu trabalho e vai conseguir. E se der errado, você terá feito o seu melhor e pode vir se consolar na minha pi... — ela colocou a mão sobre a minha boca, me impedindo de terminar a palavra e rimos juntos.
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Doutora Tentação (Shivley Maliwal)
FanficUma mulher de origem humilde, mas que nunca deixou as pessoas a rebaixarem por suas raízes. Uma mulher focada e inegável em tudo que faz. Uma mulher desejada por todos que a veem, que nunca usou sua beleza para conseguir o que desejava, conseguindo...