treze - liberdade

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Eu acho que fiz isso de novo
Fiz você acreditar que somos mais do que apenas amigos
Oh, querido, pode até parecer uma quedinha
Mas isso não significa que eu esteja falando sério
Opa! Fiz isso de novo
Brinquei com o seu coração
Opa, você achou que eu estava apaixonada
Que eu fui enviada pelos céus
Eu não sou tão inocente
Oops!...I Did It Again by Britney Spears

May estava em um plantão no hospital e eu ainda tentava me recuperar de nosso breve momento, quando acabei sendo convidada por Júlia, minha instrumentadora, a ir até uma festa que ia rolar em uma boate foda.

Eu usava um vestido curto, preto, havia um pequeno decote na frente e as costas completamente nuas. Fiz uma maquiagem leve, apesar do batom vermelho e calcei minhas sandálias de salto também pretas.

Tirei uma foto em frente ao espelho e em seguida pedi um carro por aplicativo. Não passava das oito da noite e eu estava animada. Havia muito tempo que não ia à uma festa, acho que desde os tempos da faculdade.

Eu queria beber, dançar e até mesmo encontrar alguém para beijar, sem me preocupar com qual o nome dessa pessoa ou qualquer outra coisa relacionada.

Em 20 minutos eu estava lá. Havia uma fila fora da boate. Mas Júlia havia me dado um Passe VIP, quando me convidou para vir e me encontrar com ela e alguns amigos seus.

Mostrei o cartão dourado com o nome da boate e o qr code ao segurança e em seguida ele me deu um aceno e um pequeno sorriso, abrindo a grande porta preta para mim.

Eu nunca havia ido naquela boate em particular. Adentrei um corredor escuro e caminhei por alguns metros, mas a escuridão permanecia, apesar de eu ouvir uma música de funk eletrônica animada tocar ao longe. Virei a direita junto do corredor que cabia apenas uma pessoa e encontrei uma mulher, baixinha, com um vestido de paitês pretos e curto e um crachá rosa neon.

— Boa noite! É sua primeira vez aqui? — perguntou com sua voz educada.

— É sim.

— Seu nome e documento por favor. — pediu e eu abri minha bolsa, tirando meu RG.

— Shivani Paliwal. — eu disse e a entreguei.

— Muito bem. Preciso que me entregue seu celular. É proibida utilização de aparelhos eletrônicos no interior do entretenimento. Na saída você o pegará comigo. — avisou e eu assenti, entregando meu celular em seguida — Se divirta, o seu passe VIP te dá direito à Open Bar Ilimitado e camarote fechado no segundo andar.

— Bem, muito obrigada. — eu sorri e segui o corredor.

Havia uma pequena porta no final do corredor e a empurrei, encontrando um ambiente enorme, lotado por pessoas e com uma música extremamente alta.

De primeira, encontrei dois bares e visualizei um DJ no palco, tocando músicas. Andei até o bar à esquerda, que possuía apenas algumas poucas pessoas e pedi um drink com vodka para o barman loiro que tinha um sorriso amigável e pediu meu cartão VIP para passar a bebida no qr code e em seguida fui em busca do tal camarote. Queria encontrar Júlia e agradecê-la por isso.

Antes que eu pudesse seguir meu caminho, uma música do Kevin O Chris, até um pouco antiga, remixada em uma versão mais rápida começou a tocar e eu me envolvi na onda de corpos suados e comecei a dançar. Eu adorava dançar funk, mas a vibe dessa boate era muito diferente dos bailes funks, então eu preferi não rebolar tanto quanto de costume e dancei mais comedida.

Eu dançava com meu copo na mão e cantava a música a plenos pulmões e foi assim até o fim. Respirei fundo e saí um pouco do meio das pessoas dançando e fui até o barman pedir mais um drink.

Doutora Tentação (Shivley Maliwal)Onde histórias criam vida. Descubra agora