07. Fellipe

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Como combinado aqui está mais um capítulo, já que vocês bateram a meta de comentários.

Boa Leitura.
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Priscila P.O.V

Minha colega de apartamento era incrível, além de linda, é claro. Estávamos nos dando muito bem, tínhamos gostos semelhantes para várias coisas como músicas, filmes, livros... Nossa única ou principal diferença que consegui notar era o comportamento ou jeito de agir. Apesar de ela ser uma pessoa nem espontânea, ela pensa antes de falar, escolhe as palavras, já eu, me ferro algumas vezes justamente por não escolher as palavras e falar a primeira coisa que me vem à cabeça.

Graças a esse meu jeito impulsivo, digamos assim, as pessoas acabam interpretando o que eu falo de um jeito, quando na verdade quero dizer outra coisa. Porém, a culpa disso é exclusivamente minha que não paro para escolher as palavras, mas quem sabe esse convívio diário com Carolyna não me ajude a reparar esse meu defeito.

Já passaram-se quase uma semana desde que mudei-me para o apartamento dela; além de irmos à faculdade juntas todos os dias, sempre a deixo no trabalho. Infelizmente não posso buscá-la, pois saio do escritório um pouquinho mais tarde do que ela sai da escola.

Eu trabalho como secretária/assistente da Dra. Roberta Andrade, uma excelente advogada aqui da região, já Carolyna trabalha em uma escola, ela é professora de língua portuguesa e literatura, área da qual se formou em sua primeira faculdade. No meu tempo as professoras não eram tão novas e lindas assim, muito menos tinham o corpo escultural como o de Carolyna.

Eu sei que ela não é garota para mim, não enquanto eu estiver nesse meu mundo de perdição, e eu realmente estou me comportando com ela. Fora que a Lyna é confuda eu com seus possíveis desejos por mulheres e eu não ter uma parcela dupla em sua decisão, caso ela realmente goste de meninas, principalmente pelo fato de que ela tem medo que isso magoe a família. Ela é uma menina especial que merece alguém legal e eu não consigo me prender a ninguém a muito tempo, muito menos quero estragar a relação dela com a família.

Hoje é sábado e pedi que ela me deixasse levá-la em uma boate, inclusive pedi que ela chamasse o tal Fellipe para que nos conhecêssemos e ela concordou. Não era uma boate LGBT, só levaria ela num lugar desses se ela me pedisse.

- Ele vai passar aqui ou nos encontramos lá?

- Pensei em nos encontramos lá, mas acabei pedindo pra ele passar aqui, tudo bem?

Sorri e balancei a cabeça concordando. Logo em seguida fui tomar meu banho, indo em direção ao banheiro que ficava na cozinha, que concordamos ser o meu banheiro, nada mais justo já que Carolyna tinha o dela em seu quarto (por mais que tivesse uma porta na sala/cozinha que desse acesso a ele).

Ao terminar meu banho, enrolei-me na toalha e fui secar meu cabelo, somente após isso iria me vestir. Eu não queria usar vestido naquela noite, então escolhi uma calça jeans preta, uma blusa branca que deixava meu ombro direito à mostra e maquiagem não muito pesada, apenas meu inseparável batom vermelho nós lábios e nos olhos delineador, lápis e rímel, com intuito de destacar a cor dos meus olhos. Nós pés, meus já conhecidos coturnos.

Saí do meu quarto e Carolyna já estava pronta, sentada no sofá assistindo TV.

- Uau! Você está linda Lyna, tudo isso é pro carinha aí?- falei admirada com a beleza da moça que usava um vestido não muito colado ao corpo, acima do joelho.

- Que isso, Priscila, você que está linda- ela disse e eu percebi uma certa timidez da parte dela.

- Obrigada. Tá' esperando ele?- ela assentiu com a cabeça.

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