09. Revelations

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Escutem Alive da Sia quando for solicitado, e depois escolham uma música bem da bad pra quando eu avisar, sugiro Cecília, música do Anavitória.

É isso, aproveitem e comentem muito. E boa leitura!

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Carolyna P.O.V

A casa da família da Priscila era linda, um sonho. Adriana, como sempre, foi um amor e essa noite tive a oportunidade de interagir mais com Amanda e Pedro, que também são muito legais e divertidos, jogamos video game e tudo mais. Aliás, uma ótima forma de fazer amizade comigo é me convidar para jogar algo, qualquer coisa, seja esporte ou game. Sou apaixonada por ambos.

Enquanto jogávamos, os irmãos de Priscila levantaram-se e logo depois chamaram-na para um canto, ela acabou me levando junto, sei lá porquê. Eles entregaram a ela um convite de uma tal Dara, provavelmente a mesma que ela chamou de Satanás segunda feira, considerando sua reação em ambas as situações. Eu estava meio perdida e resolvi perguntar se alguém poderia me explicar o que estava acontecendo. Ninguém me respondeu, porém, Priscila me levou até seu quarto e aqui estamos, sentadas uma de frente para a outra em sua cama. O quarto dela era imenso. Não deve ter sido uma decisão fácil escolher sair daqui.

PLAY EM ALIVE

- Eu quero te contar umas coisas... Você agora faz parte do meu grupo de amigas e vez ou outra vai ouvir falar de algumas pessoas ou coisas que você não vai saber do que se trata, então vou logo falar as mais importantes... E difíceis.

Difíceis? Por que?

- Olha, por mais que eu seja curiosa, não precisa me contar "seus segredos" - fiz aspas com as mãos - se não se sentir à vontade pra isso... Na verdade, só tô curiosa mesmo nessa tal Elana que já ouvi falar dela duas vezes essa semana.

- É que tudo está interligado, sabe?

- Ah, tudo bem então. Se você achar que pode confiar em mim, ent...

- Eu confio! - disse firme ao mesmo tempo em que segurou minhas mãos (por milagre não tremi desta vez) e acabei sorrindo com sua declaração.

- Sou todo ouvidos... - falei simpática.

- Então... - pausa respirando fundo. - Elana fazia parte do meu grupo de melhores amigas, éramos um quinteto e não um quarteto, como somos hoje. Ela sempre me colocava pra cima quando eu estava triste, me enchia de elogios, super bajuladora, estava quase todo dia na minha casa. O que eu nunca havia percebido era que ela era o câncer do grupo. Ela pisava nas pessoas, humilhava... Eu particularmente nunca via ela fazendo isso na minha frente, mas só ouvia maus comentários a respeito dela na escola. E eu, otária, a defendia com unhas e dentes. Até que um dia, de um minuto para outro, eu descobri que ela não valia nada. Ela me roubou uma das coisas mais valiosas que eu tinha...

- O que ela te roubou? - perguntei curiosa.

- Calma, vou fazer um suspense... Agora vou falar da Mariana. Nós começamos a namorar uns quatro ou cinco meses depois que eu e Mike terminamos. Estávamos no último ano do ensino médio quando nos apaixonamos. - Priscila parecia nostálgica, e seus olhos começaram a brilhar, lágrimas se formavam ali. - Fomos o primeiro grande amor gay uma da outra. Preciso dizer que tivemos nossa primeira vez com uma mulher uma com a outra também?

- Acho que não. - rimos.

- Quando fomos nos assumir para nossas famílias, eu fui com ela até seus pais e ela foi comigo até minha mãe e irmãos. Se eles reagissem mal, iríamos precisar do apoio uma da outra. Primeiro contamos para minha família, minha mãe chorou, meu irmão apenas me lançou um sorriso sem muita graça. Quando as lágrimas de minha mãe cessaram, ela veio até nós, disse que não importava quem eu namorasse, eu continuaria sendo um dos seus maiores orgulhos e que seu amor por mim continuaria crescendo a cada dia. Eu mal podia acreditar que tinha a compreensão dos meus pais. Ela me abraçou e logo depois abraçou Mariana, minha mãe sabia que minha namorada era uma boa pessoa, ela já frequentava minha casa a um tempo como minha amiga, foi uma maneira de eu preparar o terreno...

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