Temos duas músicas nesse capítulo: Tove Lo - Crave e Sia - Dressed in Black (essa é muito, muito, muito importante), vou avisar quando for pra dar play.
EU JURO QUE QUASE MORRI ESCREVENDO ESSE CAPÍTULO TÁ? QUERO QUE VOCÊS ME GLORIFIQUEM (Brincadeira).
Boa leitura!
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Priscila P.O.VEu estava cumprindo fielmente o que havia prometido a Carolyna, que seria melhor para ela, mas na verdade eu também estava sendo melhor a mim mesma. Poder expressar meus sentimentos por ela, por mais que ainda fosse com um tanto de receio, meio que me tirava um peso, era como se eu flutuasse, me deixava estonteante e quando eu começava, não conseguia parar. Não me importava onde nós estávamos, com quem estávamos, e pelo visto nem ela.
Eu não me segurava e fluía tão naturalmente. Seja no refeitório com as garotas ou na hora do almoço em algum restaurante antes de deixá-la no trabalho, só me segurava na frente de seus alunos quando ia deixá-la ou buscá-la na escola, até na frente de uma das mulheres que fazem a faxina no apartamento nós chegamos a nos beijar. A cara da moça foi impagável, não sabia se ficava olhando ou se prestava atenção no que fazia, ela tentava prender o riso, mas isso só deixava seu rosto cada vez mais vermelho.
- Algum problema? - pergunto divertida para a moça ao desgrudar meus lábios dos de Carolyna.
Estávamos sentadas no sofá nos beijando há algum tempo, enquanto a moça fazia algo na cozinha. Por causa do falecimento de um funcionário antigo da escola em que Carolyna trabalhava, não houve aula em sua escola naquele dia e por isso passamos a tarde juntinhas. A minha pergunta assustou a menina de uma forma que a mesma deixou alguns talheres caírem ao chão, fazendo um certo barulho.
- N-Não, desculpem essa bagunça, mamãe vai me matar, mas podem descontar do nosso salário.
A garota reveza com a mãe, quando sua mãe não podia vir quem aparecia para realizar o trabalho era ela.
- Tudo bem, não há o que descontar. Agora me responde uma coisa... Você tem algo contra duas mulheres se relacionarem da forma a qual você estava a observar eu e Carolyna? - novamente a moça ficou vermelha.
- Priscila! Pelo amor. - Carolyna repreende desconfortável, mas eu ignoro e lanço um olhar para a garota na cozinha, esperando minha resposta.
- Ah... É... Bom, pra ser sincera e-eu já achava que rolava algo entre vocês faz um tempo, mas é que nunca tinha visto vocês... assim. - na verdade, ela não nos via juntas muitas vezes. Quando vinham pela manhã, já nos pegavam na saída para a facul e pela tarde Carolyna estava no trabalho, condição que também se aplicava a mim semanas atrás. - Eu não tenho nada contra mesmo, se querem saber, até torço por vocês. - dizia nervosa. - Vocês fazem um casal bonito.
Aparentava estar com medo de perder o emprego, mas transparecia sinceridade em suas palavras, não parecia incomodada com o que via. Não sei se a mãe da garota pensaria o mesmo, mas isso descobriríamos em outra ocasião porque nem a própria filha sabia dizer ao certo o que a mãe acharia, porém, eu estava tão feliz por estar sendo mais afetuosa com Carolyna que isso nem importava. Eu gostava tanto de tê-la em meus braços, fazia tanto tempo que eu não ficava com alguém assim e que não me sentia segura para fazer tal coisa. Ficávamos horas deitadas agarradinhas uma na outra, trocando carícias sem nenhuma segunda intenção, aos poucos isso tá deixando de me assustar. Essa filha da mãe conseguiu passar pelas minhas defesas com maestria.
Na quarta, pela tarde recebi uma ligação de Biazin que estava ficando louca com as chatices da ex cunhada e as provocações da ex namorada.
- Não dormiu com ela não, não é?
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Colega de Apartamento •Capri•
RandomAnna Carolyna é uma garota de 25 anos que tem "problemas" quando o assunto são seus sentimentos amorosos. A um ano e cinco meses, mudou-se para a capital para fazer sua faculdade. Ela consegue uma colega de apartamento para dividir as despesas, a li...