08. A volta de um pedaço do passado

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Vocês bateram a meta e aqui está mais um capítulo. Boa leitura!

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Priscila P.O.V

Noite passada foi até bem legal, mesmo eu não passando muito tempo com o jovem casal. Eu fiquei com duas garotas e quase ia para a casa de uma delas. Enquanto eu estava com elas percebi algo que me deixou intrigada: Carolyna não parava de olhar para mim.

Será que ela estava achando que eu levaria uma delas para a casa dela? Ou seria nossa casa? Bom, eu não costumo levar homens para casa, no entanto, não garanto nada quanto a mulheres. É claro que eu não faria isso agora, só estou morando com ela a uma semana, seria abuso demais da minha parte.

Eu não bebi tanto noite passada, ainda tinha controle sobre mim quando decidimos ir embora. Fellipe nos deixou em casa e Carolyna perguntou se ele gostaria de dormir no apartamento, já que ela achava tarde para ele ir para casa sozinho. Quantos anos ela acha que ele tem? Ele acabou aceitando a proposta e para minha surpresa, ele dormiu no sofá. E eu que pensava que não conseguiria dormir por conta de "barulhos" no quarto ao lado. Fiquei curiosa a respeito disso, no entanto, acabei deixando de lado, não tenho nada a ver com a relação deles. Mas que é estranho, é.

Levantei-me às 11h33. Saí do meu quarto e os dois já estavam de pé, preparando algo para comer na cozinha. Carolyna usava um baby doll que a deixava uma delíc... Opa. Hormônios, aquietem-se! Eu não sou mais uma adolescente no auge da puberdade, por favor. Mas que ela estava sexy, isso era inegável.

Desejei bom dia para ambos, dando um beijo no rosto de Carolyna. Acho que ela se assustou, senti ela tremer, acabei rindo com isso, mas logo fui ao meu banheiro fazer minha higiene matinal. Cerca de 7 minutos depois saí do banheiro.

- Estão preparando o almoço? - perguntei.

- Estamos sim, Priscila. - Fellipe respondeu simpático e Carolyna apenas balançou a cabeça positivamente.

- Posso ajudar com algo?

- Pode, claro, mas coma algo antes. Fellipe comprou algumas coisas na padaria, está aí na mesa.

Eu realmente estava com muita fome e eu sei que mesmo sem eu dizer ela sabia disso, até porque, durante essa semana ela teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o meu apetite, e cá entre nós, ela também não fica para trás nesse quesito. Iremos enriquecer muitos supermercados durante as compras do mês, não tenho dúvidas. Falando nisso, ainda não fizemos compras.

Almoçamos os três juntos e logo após, Fellipe foi embora. Deixando apenas eu e Carolyna, sozinhas, novamente.

- Quer jogar? - ela me perguntou pegando o controle do Play Station 3.

- Quero sim, mas com uma condição...

- Humm, já está querendo exigir as coisas... - disse divertida e sorriu. - Que condição?

Eu havia dito que não forçaria as coisas com relação a sexualidade dela, no entanto, me deu uma curiosidade enorme em saber como ela agiria numa boate gay, longe de pessoas que ela conhece.

- Deixa eu te levar numa boate LGBT nesse sábado? Por favor?

- Nossa, Priscila. Acabou de fazer uma semana que você se mudou para cá e já está querendo me levar para o mal caminho? Que vergonha. - disse-me cinicamente, negando com a cabeça.

- Deixa, vai!? Essa quem escolheu foi você, tenho direito de escolher a próxima.

- Garota, você vai me fazer ir pra night dois finais de semanas seguidos? - balancei a cabeça positivamente. - Ninguém nunca fez isso, fique ciente. Se a Neves estivesse aqui, ela assemelharia essa situação com aquela passagem da Bíblia, onde Satanás atenta Jesus. No caso, eu seria Jesus.

Colega de Apartamento •Capri•Onde histórias criam vida. Descubra agora