47. Quem acredita sempre alcança

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5 anos depois...

Priscila Bruno Caliari Borges P.O.V

Viagens a trabalho são extremamente horríveis. Fico longe de tudo que é mais importante para mim, bom, pelo menos minha irmã estava comigo dessa vez e ela é importante pra mim, além de que faz uma massagem maravilhosa ajudando a aliviar meu estresse. Não via a hora de encontrar meus bebês, o carro parecia não sair do lugar. Afinal, as viagens tinham seu lado bom, sempre que chego delas e vou ver meus filhos, os mesmos largam tudo e vem até mim correndo com aquela felicidade e brilho no olhar que é capaz de me arrancar lágrimas. O abraço apertado daqueles pequenos bracinhos transmitem um amor tão puro e verdadeiro. Também tinha ELA, é claro. Essa dispensa comentários. Olho para a aliança em meu dedo anelar esquerdo e várias lembranças invadem minha mente.

Sou desperta de meus devaneios por Amanda que me sacudiu avisando que o uber já havia parado. Até que enfim. Saio do mesmo com pressa, deixando minha irmã para trás. Assim que adentro a casa, vejo meu príncipe brincando com peças de lego gigantes juntamente a minha mãe no chão da sala.

- Ooh! - dona Adriana demonstra surpresa. - Olha quem chegou, George.

Na mesma hora o pequeno George virou o rosto e eu pude ver o mesmo se iluminar quando seu olhar encontrou o meu.

- MAMÃE! - ele grita animado daquele jeitinho habitual e vem correndo até mim meio descoordenado.

Agachei-me abrindo os braços para recebê-lo. Seu cabelo parecia estar bem maior e eu só passei uma semana fora. Abracei-o o mais forte que pude sem machucá-lo, ele enterrou o rosto no meu pescoço e me rodeou do jeito que pode com seus bracinhos.

- Que saudades. - digo enchendo-lhe de beijos para logo afrouxar o abraço para vê-lo melhor.

- Mostra pra sua mamãe quantos anos você vai fazer. - pede a avó babona.

O pequeno olhou para os dedinhos e assim que ajeitou-os mostrou a mim o indicador e médio levantados orgulhosamente. Que lindinho. Em algumas semanas meu caçula faria dois aninhos.

- Muito bonito, dona Priscila. Me deixou sozinha para trazer as malas. - Amanda já entra reclamando.

- TIAAA! - o pequeno diz maravilhado.

Amanda até esquece que estava me dando sermão e vem ao encontro de George, sufocando-o de amor.

- Curtindo a aposentadoria com o neto, dona Adriana?

- Faço questão de ficar com eles quando vocês não podem. Não há necessidade de contratar uma babá. Sem ofensas. - ela diz direcionando o olhar para a babá que contratei. - E eu estou longe de me aposentar, mas pra eles eu sempre abro uma exceção. - ela sorri vindo ao meu encontro para um abraço, Amanda logo se junta a nós recebendo o mesmo carinho. - Como vocês estão e como foi lá?

Contamos tudo resumidamente. Nossa mãe ainda mandava em tudo e eu nem fazia questão de mudar isso, até porque eu não assumiria, nunca quis e deixava isso claro, a minha parte sempre foi a criativa. No entanto, as viagens sempre cabiam a Amanda, Pedro e eu.

- Onde está Cecília? - Amanda pergunta. (N/A: deixem a autora ser fã de Anavitória e não julguem o nome)

- Deve estar na escola. - respondo com um sorriso tímido lembrando da minha primogênita.

- Já está no horário de eu ir buscá-la. - lembrou a babá.

- Pode deixar que eu faço isso. - me viro ao pequeno príncipe ali, falando diretamente com ele. - A gente pode ir buscar sua irmã e daí passamos pra fazer uma surpresa pra sua mãe, o que acha?

Colega de Apartamento •Capri•Onde histórias criam vida. Descubra agora