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𝐅𝐢𝐥𝐢𝐩𝐞 𝐑𝐞𝐭 𝐩𝐨𝐯'𝐬
— S/n! Tira a mão disso aí! — digo parado na porta da cozinha olhando para a minha filha que tinha suas mãozinhas em um pote de farinha.
A cozinha tava toda suja, tinha faria pra tudo quanto é lado. A criança tava branca, só dava pra ver os olhos dela.
Ana foi tirar o dia pra ela hoje, se cuidar um pouco, afinal depois que ela teve a s/n, só ficou em casa, dedicando toda a atenção para a bebê.
S/n tem sete meses, mas parece que tem três anos. A menina é esperta pra porra. Não pode ficar sem olhar ela por um minuto, que a criança já tá fazendo bagunça.
Eu fui no banheiro, só isso. Deixei ela brincando na sala com o Theo, foi questão de três minutos no mínimo.
Vejo a menor bater palmas e ri, achando isso engraçado. Passo a mão pelo rosto e me aproximo, pego o pote de farinha e deixo em cima do balcão.
— Não tem graça isso, s/n! É feio! — falo a olhando sério, mas por dentro eu queria rir dessa cena. — Maria! — chamo a mulher que limpa aqui em casa que logo aparece.
— Oi senho... meu Deus! — ela olha a cena chocada, mas logo ri. — Desculpa, senhor Filipe. Eu estava limpando o jardim. — coloca a mão na boca, tentando não rir.
— Não tem problema, Maria. A culpa não é sua. Limpa isso aqui, por favor? Eu vou dar um jeito nessa coisinha. — falo e ela concorda.
— Pode deixar.
Pego a bebê, deixando minhas mãos de baixo dos bracinhos dela. Mantendo ela longe de mim e de uma forma que ela não toque em nada.
Subo as escadas com cuidado e entro no banheiro do quarto dela, ligo o chuveiro e deixo a água cair dentro da banheira, quando já tinha uma quantidade boa, eu coloquei a criança sentada lá dentro, mas segurando ela ainda.
Ela estava só de fralda, então isso facilitou muito.
— Você nem anda ainda e já faz uma bagunça dessas, imagina quando andar. — falo pegando um pouco do shampoo.
— papa. — ela ri e bate a mão na água.
— Tá feliz né? Quero ver quando sua mãe souber disso. — tiro o shampoo da cabeça dela.
Lavo o corpo dela com o sabão de bebê e tiro toda aquela farinha, tinha farinha até no cabelo. Lavei tudo, levei uns minuto bom pra isso.
Enrolei a minha menor na toalha e fui até o guarda-roupa, peguei um body cheio de bolinhas coloridas e uma fralda, tava muito calor.
Deito ela na cama e seco, a menina já tava coçando o olho de sono. Coloco a fralda e a roupa, depois penteio o pouco de cabelo que ela tem.
— Pronto minha princesa, tá cheirosa! — falo cheirando seu pescoço e ela ri.
Desço as escadas e vou pra sala, vendo o Theo deitado no sofá.
— Eai, filho. — sentei do lado dele e coloquei s/n no meu colo com sua chupeta na boca.
— Papai, tô com fome. — meu muleque disse.
— Vou pegar alguma coisa pra tu. — disse, mas quando eu ia levantar, ouvi a voz da minha mulher.
— Minhas vidinhas. — olho na direção dela e vejo ela toda bonitona vindo na nossa direção. — oi meu bebê. — beijou a testa do Theo e sentou no nosso meio.
— Oi minha gata. — beijei sua boca. — Sua filha fez bagunça hoje. — falo quando Ana pegou s/n no colo.
— O que ela fez? — perguntou enquanto já começava dar de mama pra nossa bebê.
— Encheu a cozinha de farinha. — falo e abri a foto que eu tinha tirado, mostrei pra ela.
— S/n do céu. — Ana gargalha e eu acabo rindo também.
— Três minutos. Eu fui no banheiro por três minutos e esse pingo de gente fez isso tudo. — falo e ela ri mais ainda.
— Sua filha é uma peça. — disse entre risadas.
— Nossa filha. — a corrijo e me levanto.
— Vai onde?
— Buscar alguma coisa pro Theo comer. Essa aí já tá roncando. — me refiro a bebê que tava dormindo enquanto mamava.
— Incrível como ela é a sua cópia. — fala desacreditada e eu sorrio me achando.
Theo é a cara da Ana, obviamente que a minha princesa seria a minha cara, né.
— Eu sei, eu sei. — vou pra cozinha me gabando e ouço sua risada.
