"Você e sua família viajando e você apresentando o seu namorado" Seu nome: Malu.
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Maria Luiza.
Olho para o céu que estava meio alaranjado e refletia no mar. Eu sempre amei a praia. Eu e meus pais sempre costumamos vir para a praia nas férias e eu aprendi a amar o lugar. Dessa vez, viemos para Maresias com a família do Tio Fagner.
Eu e Henrique nos conhecemos desde pequenos. Afinal, ele vivia no CT do Corinthians e eu também, por causa dos nossos pais. Acabamos ficando próximos e a dois meses, começamos a ficar. Tem 1 mês que ele me pediu em namoro, eu aceitei, mas não contei para ninguém ainda.
Viemos passear de lancha e estamos aqui a horas. A vista está incrível. Eu estou usando um biquíni azul simples e meus cabelos estão soltos. A cor do biquíni se destaca em minha pele.
Vejo o meu namorado vir até mim com aquele sorrisinho em seu rosto. Henrique está com o cabelo recém cortado molhado, usando apenas um short preto da Nike e sua correntinha prata inseparável. Ele está lindo.
— Onde você estava? Eu estava te esperando. — Falo, assim que ele senta do meu lado e me puxa para perto de si.
— No mar, amor. — Beijou a minha bochecha. — E o que foi? 'Ta na hora? — Ele abriu um sorriso grande ansioso.
Com o clima agradável, eu e Henrique decidimos contar a nossa família que estamos juntos. Já estamos enrolando a um mês e se fosse por ele, já teríamos contado a tempo.
— Sim. Eu estou ansiosa. Acha que vai dar certo? — O olho com medo. Eu não sei o porque, mas estou ansiosa e com medo.
— Claro que vai, princesa. Seu pai me ama e meu pai te ama, porque daria errado? Ta tudo certo! — Ele sorriu e se levantou.
Henrique me puxou para se levantar e segurou em minha cintura, me dando um selinho demorado. Eu sorri e segurei em sua mão. Saímos da parte da frente da lancha e fomos para onde todos estavam.
Meu pai e Fagner conversavam animados sobre algo em uma ponta e minha mãe estava com tia Bárbara em outro canto, enquanto Isis e Lucca brincavam. Eu respirei fundo e nos aproximamos.
— Ai, pessoal. Chega aí. — Henrique chamou todos e a atenção veio para nós.
Senti a vergonha me inundar e apertei a mão do garoto ao meu lado. Ele me olhou e falou um "fica tranquila" sem som e sorriu. Eu sorri também e quando todos estavam nos olhando e resolvi falar, finalmente.
— A gente só queria falar que... — O meu olhar se encontrou com o do meu pai e depois vi minha mãe e tia Bárbara trocando sorrisos.
— A gente tá namorando, rapaziada. — Henrique disse de uma vez e eu o olhei com os olhos arregalados.
— É... isso. — Sorri de lado.
Todos ficaram por um minuto em silêncio, mas foi cortado com as palmas da minha mãe e da tia Bárbara.
— Eu sempre soube! Tão lindos. — Minha sogra falou sorridente.
— Eu também já desconfiava, mas deixei vocês dizerem no tempo de vocês. — Mamãe falou sorrindo e eu a olhei surpresa.
— Puta que pariu. Namorando? — Tio Fagner nos olhou indignado. — Vocês dois estão namorando? Meu Deus. — Ele sorriu.
— Maria Luiza. — Meu pai me chamou e eu o olhei. — Você está namorando? Namorando e... não me disse? — Ele falava sério.
— Papai... só quis esperar um pouco. — Falo simples e ele continuou apenas me olhando.
Meu pai sempre foi muito ciumento. Por isso, eu nunca falei sobre garotos com ele, apenas com a minha mãe. Sempre que ele ouvia eu falando algo, ele me olhava sério e ficava emburrado como sempre.
Mas o que me deixou mais confusa foi ele sorrir e eu pude notar uma lágrima descer em seu rosto. Meu pai se aproximou e me pegou em seu colo, me apertando em seus braços. Senti um beijo ser deixado em minha bochecha.
— Eu te amo, minha pequena. Sempre vou te apoiar, mesmo o motivo sendo um menino. — Ele falou, se afastando um pouco para me olhar. — Para sempre a gente. — Eu sorri com a sua frase.
A frase que ele sempre dizia para mim.
— Obrigada, papai. Eu amo você. — Beijo a sua bochecha e o abraço. — Sempre.
Nos afastamos e eu olhei para Henrique, ele me olhava sorrindo e fui até ele, o abraçando.
— Deixa eu tirar uma foto de vocês agora? — Tia Bárbara perguntou.
— Maluzinha é minha nora! — Tio Fagner disse todo alegre.
Eu e Henrique rimos juntos. Eu o abracei, me sentindo aliviada.
