𝗏𝖾𝗂𝗀𝖺 𝖾 𝖻𝗋𝗎𝗇𝖺

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Seus pais descobrindo que
você tem ansiedade.
Seu nome: Cecília.

Bruna Santana

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Bruna Santana.

Já devia ser mais de 2h da manhã quando eu acordei para beber água e quando eu estava voltando, passei pelo quarto da Cecília. O corredor era extenso, mas o quarto dela era antes do meu, então eu iria ter que passar por ele de qualquer forma.

Franzi o cenho ao escutar um barulho vindo de dentro. Me aproximei mais e reconheci o som. Era um som de choro. Sem pensar mais, abri a porta e paralisei ao ver a cena.

Cecília estava encolhida na cama, chorando e eu podia notar as suas mãos tremendo. Os seus olhos esverdeados se encontraram com o meu e eu senti uma parte de mim se quebrar.

— O que aconteceu, filha? — Me aproximo rápido, me sentando na cama e passando minhas mãos em seu braço, na tentativa dela parar de tremer.

Eu nunca vi Cecília assim. Eu estava entrando em desespero em ver o estado dela e sem saber o que fazer, o que me trazia mais desespero. Acendi a luz do quarto e voltei para a cama, a puxando para perto de mim.

— Raphael. Amor! — Gritei alto.

Ouvi um latido de Zeca e em alguns segundos, passos rápidos se aproximando. Em questão de segundos, o meu marido apareceu na porta do quarto da nossa filha. Seu olhar cansado nos analisou e ele arregalou os olhos, se aproximando de nós.

— O que aconteceu? — Ele perguntou.

— Eu não sei. Vim beber água e escutei ela chorando, quando entrei ela estava assim. Eu não sei o que fazer! Ela treme e não para de chorar, parece que falta ar também, Raphael! — Falo em desespero.

Raphael ficou por poucos segundos olhando para a nossa filha e eu me sentia angustiada. Ele pegou Cecília em seu colo e a abraçou forte, como se fosse um bebê.

— Respira, princesa. Conta até dez devagar e pensa na praia da casa da vovó. No mar... na lua, o sol... — Raphael dizia em um tom calmo e a cada puxada de ar de Cecília, ele a abraçava mais.

Foram bons minutos assim. Cecília estava de olhos fechados, sua respiração estava voltando ao normal e ela não tremia mais. Rapha secou as lágrimas de seu rosto e arrumou os seus cabelos para trás de seu rosto.

— Está melhor, filha? — Pergunto, vendo ela abrir os seus olhinhos e me olhar.

— S-sim. — Sua voz ainda parecia angustiante. — Me desculpa. Eu não queria acordar vocês, eu só... não conseguia respirar e... — Seus olhos voltaram marejar e Rapha beijou sua testa. Me aproximei mais deles, sorrindo com carinho.

— Você nunca irá nos atrapalhar, filha. — Falo e Raphael concorda com a cabeça. — O que você sentia? Eu nunca te vi assim... — Digo.

— Era uma crise de ansiedade forte. — Raphael disse e Cecília o encarou surpresa. — Eu já tive isso, filha. Sei como a sensação è péssima. — Disse.

— Não sabíamos que você tinha crises assim, Cecília... — Falo, a olhando preocupada.

— E-eu só não quis atrapalhar e dar mais problemas, mas. Me desculpa. — Ela suspirou e se encolheu no colo do pai.

— Você nunca irá atrapalhar ou dar problemas, filha. Nós te amamos muito e sempre que você se sentir assim, ou for ter outra crise, nos chame. Não pense muito, só vai e nos chama. — Raphael disse, fazendo um carinho em suas bochechas.

— Promete de dedinho isso para nós? — Ergo o meu dedinho e ela sorri.

— Prometo. — Ela entrelaça o seu dedinho no meu e eu sorrio.

Eu e Raphael continuamos ali. A cama de Cecília era de casal e nós ficamos com medo de irmos para o nosso quarto e ela ter mais uma crise. Então, dormimos todos juntos na cama.

𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐅𝐀𝐌𝐎𝐒𝐎𝐒!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora