𝗋𝗂𝖼𝗁𝖺𝗋𝖽 𝗋𝗂𝗈𝗌

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Vocês discutindo.
seu nome: Emily.

Emily Martinez Ríos

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Emily Martinez Ríos.


Respiro fundo, tentando manter a paciência e encaro o homem a minha frente. Eu odeio brigar com o meu pai, odeio discutir com ele. Mas as vezes eu não consigo aguentar, parece que ele nunca vai me entender e nunca vai aceitar que eu tenho 14 anos!

— Pai, não é como se eu fosse para alguma festa ilegal. È uma festa de pessoas da minha idade. Não vai acontecer nada demais! — Retruco.

Estamos brigando porque eu simplesmente pedi para ir a uma festa com as meninas da escola. È uma festa apenas para adolescentes entre 14 e 17 anos. Ou seja, uma ocasião que só vai ter pessoas da minha idade, o que deixa ainda melhor.

Eu nunca fui a festas assim. Já saí com amigos, para shopping ou cinema. Mas eu nunca fui para festas do pessoal da minha idade.

— Emily, eu não vou deixar você ir para um lugar onde eu não sei quem organizou, ou sem segurança! — Ele disse em um tom sério, tirando sua camiseta do Palmeiras. — Acha que eu sou louco?! E se alguém fazer alguma coisa com você? Pra quem você vai pedir ajuda? Para as suas amigas? — Debochou.

O olhei sério. Eu estava brava. Brava por ele ter razão e brava por não poder ir onde todo mundo vai. È tão simples. Porque ele tem que complicar tanto?

— Mas pai, vai ter segurança. E todo mundo da escola vai! — Depois de alguns minutos, eu falo.

— Segurança? Acha que esses seguranças são confiáveis?  Eles não vão estar nem aí para vocês lá dentro. Só ligam para dinheiro. — Ele respirou fundo. — Aliás, você não è todo mundo, Emily.

— Você podia ser menos chato e deixar, igual os pais das meninas. Eles confiam nelas e deixaram. O que custa deixar eu ir? — Elevo o tom de voz, ficando ainda mais nervosa.

— Eu não sou o pai delas, Emily. Eu sou o seu pai! — Ele se aproximou bravo. — E o que custa? Custa a minha preocupação. O meu medo e as horas atrás de notícias suas. — O seu olhar era sério e eu sabia que ele estava bravo. — Sem mas. Você não vai e ponto final. — Finalizou.

Os meus olhos já estavam cheia de lágrimas. Eu não estava triste, eu estava nervosa e com raiva. Sem falar mais nada, eu corri para o meu quarto e me joguei em minha cama.

Sempre foi apenas eu e meu pai. Minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos e desde então, somos só eu e ele. Além da relação de pai, temos uma de melhores amigos. Ele me ensinou tudo, mesmo sendo um homem, ele fez o papel de mulher na minha vida também.

Mas as vezes nos desentendemos, como agora.

Fiquei horas ali, apenas deitada e acabei me distraindo em meu celular. Vou tomar um banho e quando termino, saio do banheiro vestindo o meu pijama do Simpsons e a porta do meu quarto se abre.

Olho de relance e vejo meu pai. Deixo a toalha pendurada no banheiro e vou até a minha cama, onde ele já estava sentado e me sento ao seu lado.

— Filha... eu não gosto de brigar com você. — Ele começou e eu o olhei.

— È só você parar de me tratar como criança, pai. — Falo emburrada.

Meu pai solta um riso fraco e me puxa até o seu colo. Me arrumo em suas pernas e suspiro, sentindo o seu cheiro de sempre. Ele colocou algumas mechas do meu cabelo atrás de minha orelha e me olhou.

— Eu só faço isso para a sua segurança, filha. Sou o seu pai, e me preocupo com cada passo seu. — Ele disse calmo. — Essa festa não è muito bem falada, mas talvez você vá a outras. Afinal, essa è só uma das milhares que vão vir... — Ele disse baixo a última parte e eu ri. — Eu te amo e você sempre será uma criança para mim, o meu bebê.

— Eu também não gosto de brigar com você, papai. — Falo e ele me puxa para um abraço.

Meu pai beija o meu rosto inteiro e eu me relaxo em seus braços. Ele deitou em minha cama e eu fiquei esparramada em cima dele, acabamos assistindo filme e dormimos juntos.





𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐅𝐀𝐌𝐎𝐒𝐎𝐒!¡Onde histórias criam vida. Descubra agora