The Few Things - Capri

danilufca

Priscila POV

Após receber a ligação do meu tio avisando
que Carolyna havia aceitado o casamento,
resolvi ir até a sua casa para termos uma
conversa definitiva. Posso dizer, ao sair da sua casa, que o saldo da conversa foi bem positivo. É óbvio que ela continua me odiando, mas pelo menos aceitou ter uma convivência pacífica, o que já é um começo. Claro, bem distante do que eu realmente quero, mas um começo. Estaciono o carro em frente ao prédio de Dani e Rafa. Combinei um jantar com meus melhores amigos para contar a novidade e também uma coisa que eu já deveria ter contado a muito tempo. Paro na porta do apartamento delas e logo escuto a voz de Rafa dentro do lugar:

- Já abro, ruiva. - Não demora
muito e meu amigo aparece na porta.

- E aí, como está?

- Melhor impossível - digo entrando e o
abraçando.

- Nossa, as notícias devem ser boas mesmo.
Dava para perceber sua felicidade pelo
telefone.

- É a melhor notícia que eu tenho em tempos.

- Entramos na cozinha e eu abracei a Dani que colocava a mesa. - Oi, Dani.

- Oi Pri. O jantar já está pronto. Sentem.

Nos sentamos à mesa e nos servimos. Os dois me olharam e eu sorri:

- Eu vou casar com a Carolyna.

Soltei a bomba toda de uma vez e observei
suas reações. Dani parou com o garfo no ar a meio caminho da boca, enquanto Rafa deixou o seu cair no prato com um barulho alto.

- Isso é sério? - Dani perguntou e eu concordei com a cabeça. – Explica isso direito que minha cabeça está dando um nó.

- Em resumo é um acordo para que nós não
percamos o controle da Luxury quando
Eduardo se aposentar. Me casando com
Carolyna suas ações seriam transferidas para mim.

- E você fala isso com esse sorriso? - Disse Rafa. - Vocês se odeiam, lembra? Sua vida vai se tornar um inferno.

- Eu nunca odiei a Carolyna, Rafa. Muito pelo contrário.

Elas me olharam espantadas.

- Calma, Priscila. É muita informação de uma vez. - Dani falou. - Se você sente o contrário de ódio pela Carol, então quer dizer que você...

- Eu a amo - falei finalmente. - Sempre amei.

- Então aquela implicância toda era amor
enrustido? - Rafa perguntou.

- No começo não. Eu não sabia o que sentia e gostava de implicar com a Carolyna por causa do jeito de patricinha dela e quando percebi o que sinto já era tarde para simplesmente parar e tentar ficar com ela - desabafei. - Mas agora com o casamento eu tenho a minha chance de conquistá-la.

- Boa sorte. Você vai precisar – Rafa debochou.

- Eu sei que vou. A Carol pensa que nosso
casamento vai durar apenas um ano até que as ações sejam transferidas, mas eu vou fazer de tudo para que ela mude de ideia.

[...]

Dois dias após o anúncio do casamento,
minha tarde tranquila em minha sala, a
primeira em muitos dias, é interrompida
quando Dona Alice bate na minha porta:

- Dona Priscila?

- Sim.

- A senhorita Maria Luísa está no saguão e
gostaria de falar com a senhorita.

Não sei o que Malu pode ter a falar comigo,
mas deixei-a entrar. Não demorou para ela
entrar fechando a porta atrás de si.

Eu saí detrás da minha mesa: