Carolyna POV
O que eu fui fazer? Essa é a única pergunta que passa na minha cabeça nesse momento. Eu nunca devia ter aceitado essa ideia ridícula. Mas agora é tarde demais para voltar atrás, e além do mais, minha família depende disso. Eu fiz isso por eles, e é isso que tenho que ter em mente.
Quando me dei conta já estava gritando com Priscila na mesa do café, e a calma dela com essa situação toda me irritou ainda mais. E quer saber. Eu não me arrependo de nada do que eu disse. Bom. Talvez de tê-la culpado pelo casamento, mas eu não vou me desculpar por isso. Meu orgulho é muito grande. Lavei a louça do café e fui até o meu carro, para terminar de descarregar minhas malas. Não demorei para arrumar tudo dentro do closet do meu quarto, e, como previsto, sobrou um espaço enorme, já que eu não trouxera muita coisa. Com tudo arrumado não me sobrava muita coisa para fazer e já que Priscila não estava em casa resolvi explorar um pouco o local. Afinal, ela mesma disse que eu podia me sentir em casa. Sai do meu quarto e analisei a porta em frente. O quarto de Priscila. Fiquei curiosa para saber como ela tinha decorado o próprio quarto, então abri a porta e espiei para dentro.O quarto de Priscila foi decorado no mesmo
estilo do meu, só que com móveis de tom
amadeirado ao invés de cinza. Um closet do
mesmo tamanho do meu ficava atrás de uma porta corrediça na parede atrás da cama, mas ao invés de um espelho a parte da cabeceira abrigava uma prateleira cheia de livros. Nunca foi segredo que Priscila é uma amante da leitura e seus livros iam para todo lugar atrás dela. Não me demorei observando o quarto e sai fechando a porta, me dirigindo ao cômodo ao lado. Um dos quartos de hospedes. Possuía uma decoração simples, com uma cama de
casal, coberta com lençóis em tom creme, e
em frente uma prateleira com televisão no
mesmo tom dos lençóis. O quarto da frente, também para hospedes, era praticamente idêntico, então logo me dirigi ao cômodo mais próximo da escada no lado direito do corredor. Era um escritório, percebi algumas coisas de Sarah no local.Clara devia ter projetado para ela. Não era
um local grande, havia apenas uma mesa de vidro no centro, e alguns armários na parede contrária à janela. Saindo do escritório me dirigi à última porta
do corredor. E quando eu entrei meu queixo caiu. Era um mini estúdio.
Havia alguns equipamentos para revelação
de fotos, alguns objetos de iluminação, e a
cortina era escura, para quando precisasse
revelar as fotos manualmente. Havia também uma mesa de vidro, parecida com a de Priscila, e alguns armários.- Clara, dessa vez você se superou baixinha.
- Pensei alto. - Quero só ver a cara da Malu
quando ver isso aqui.Andei um pouco pelo estúdio e resolvi ligar
para a Clara para agradecer pelos mimos.
Peguei meu celular e vi algumas ligações
da minha mãe, mas resolvi ignorar. Ela com certeza quer saber se nós estamos vivas, e eu não estou nem um pouco afim de contar que eu e Priscila discutimos e ela saiu dirigindo sei lá para onde.O telefone chamou duas vezes antes da
baixinha atender:- Bom dia Carol, ou quase boa tarde né?
Nem havia percebido que já estava na hora
do almoço.- Bom dia baixinha.
- E aí tudo bem? A Priscila ainda está viva? -
Ela perguntou com um tom preocupado. -
Você não me ligou para te ajudar a esconder o corpo, ligou? Por que vá logo sabendo que eu não sei guardar esse tipo de segredo, eu fico nervosa e acabo deixando escapar para alguém. É melhor você ligar para a Malu.Eu ri e falei:
- Claro que não baixinha, o Projeto de Ruiva ainda está viva.
Ela suspirou aliviada:
- Menos mal.
- Eu liguei para agradecer.
- Carol, você é minha melhor amiga desde
sempre, é óbvio que eu iria no seu casamento, mesmo ele sendo de mentira.

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The Few Things - Capri
FanfictionAs famílias Caliari e Borges são sócias em uma grande rede de hotéis: a Luxury. Seus filhos foram criados juntos e se davam muito bem. Bom... exceto suas filhas mais velhas, que se odiavam. Priscila Caliari e Carolyna Borges são o completo oposto um...