capítulo 36

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Luiza narrando

Após um tempo no helicóptero, pousamos em um campo de futebol, onde não havia nada em volta a não ser mato.
Não tenho idéia de onde estamos.
Havia dois carros e dois homens.
Um homem moreno que apresenta ter uns cinquenta para sessenta anos, encostado no carro fumando cigarro e um outro branco cheio de tatuagem com fuzil na mão.

- Daqui vamos seguir de carro - Geovane um dos guardas de Lucas que está com nós fala.

Fomos em direção ao carro e o homem mais velho abre a porta para entramos.
Sento no meio das duas e demos as mãos.
Geovane entra e senta no banco do carona, ao lado do senhor. O outro guarda entra no carro atrás, com o cara do fuzil.

- Você deve ser a Luiza - O senhor fala, olhando pelo espelho do parabrisa.

- Sim - digo.

- Sou Luiz - ele se apresenta.

Ele olha para trás e encara Yara ao meu lado.

- Você então é a namorada do meu filho - ele fala e olha para a estrada.

Yara me encara não entendo nada.

- Seu filho? - ela pergunta curiosa.

- Yuri - ele responde.
- Maria lembro de novinha - fala olhando pelo espelho.

Gente do céu, como assim? Pai de Yuri.
Ele disse que seu pai havia morrido.

- É...pelas suas caras... Yuri não disse muito sobre mim - ele fala emotivo.

- Não - Yara diz seca.
Para Yuri não falar nada, algo bom esse homem não aprontou.

- Onde estamos? - pergunto.

- Cambuci... Vamos para Barra do Jucu - ele responde.

- Desculpa um pouco da grosseria, é que estamos com um pouco de medo - falo.

- Tudo bem... Se quiserem descansar um pouco temos quatro horas de viajem ainda... Essas águas são para vocês - ele diz.

Não sei por quanto tempo dormi, acordo com Maria me chamando.
Olho para a janela, está muito escuro, a pouca luz que se via era do farol do carro.
Estávamos parado no acostamento.

- Vamos fazer xixi... Não quer? - Maria pergunta já descendo do carro.
Vou atrás.

Após nós três acabar, entramos no carro.

- Falta pouco - Luiz diz.

- Amiga come um pouco - Yara me dá um pote de batata pringles que estava na sua mão.

Como umas cinco batatas e não desce mais.
Bebo quase que uma garrafa toda de água.

Não demora muito até Luiz falar que chegamos.
Olho em volta e vejo o mar.
Ele para em frente a uma casa rosa de dois andares.
Desço do carro e vejo que em volta não havia muitas casas.
- Vocês vão ficar nessa e a minha é aquela - ele diz.
Ele mostra a casa amarela, a uns 500 metros.

Telefone dele toca e ele atende.
Pelo jeito está falando com Lucas.

- Lucas tá te mandando um beijo - ele me arranca um sorriso.
- Manda outro para ele - Luiz diz apontando para a câmera de segurança em cima de mim.
Olho e sorrir, um sorriso mostrando quase que todos os meus dentes para não me mostrar triste.

Entramos na casa e Luiz mostra todas as câmeras e diz não ter no quarto que vamos ficar e banheiros.
Na sala havia uma tv enorme, mostrando todas as imagens das câmeras.

Nós três vamos ficar em uma suíte juntas, o quarto ao lado para os guardas que vão revezar.
Os dois quartos dão saída a uma sacada onde dá visão para o mar, na sacada também a câmera.
Luiz diz que sua mulher havia feito um jantar e que iria buscar.

Aproveitamos para tomar banho enquanto isso.
Após as três acabarem descemos para jantar, estávamos com muita fome.
Algumas panelas sobre o fogão e cheira bom.
Destampo a panela e vejo carne de boi cozida com batata e cenoura, na outras arroz e uma de feijão carioquinha.
Coloco bastante em um prato e me sento.
A mesa havia um pote, abro e vejo salada de alface, tomate e cebola.
Encho meu prato de salada.

- Tem suco na geladeira - Geovane diz da sala.

- Obrigada - Maria agradece.

Me levanto indo até a geladeira vendo duas jarras de suco pego uma, que parece ser de maracujá.
Adoro suco natural.
A tempos que não não comia uma comida tão gostosa.

Após comermos e lavarmos os pratos subimos para o quarto.
Ficamos por um tempo conversando e peguei no sono.

Acordo, já está claro.
Me levanto e vou em direção a sacada para vê o mar. Sento em uma das cadeiras que está lá e viajo vendo aquelas ondas.

Vejo Luiz saindo de sua junto com uma mulher linda, morena, cabelos cacheados, corpo magro e apresentava ter uns quarenta anos.

- Bom dia Luiza - ele me cumprimenta e levanto indo ao para peito.

- Bom dia...

- Essa é minha esposa... Mariely - ele me apresenta e nos cumprimentamos.
Em suas mãos haviam algumas coisas, duas garrafas de café e algumas sacolas.

Me assusto com Maria chegando atrás de mim.

- Piranha - a xingo por conta do susto.

Ela fica ao meu lado observando o mar.

- Tem café na mesa - Mariely diz para nós ao sair da casa.
Agrademos e ela foi em direção a sua casa.

- Que linda - Maria diz olhando Mariely.

- Mulher do Luiz - digo e ela fica de boca aberta.

Esperamos Yara acordar para descer para tomar café.

Luiz me entrega um caderno e pode para anotar tudo que precisamos, que podemos pedir qualquer coisa que Lucas está pagando.
E não preocupar com comida e café que ele e Mariely vão ficar por conta.

Após o café, começamos as lista.
Pedimos vários coisas e jogos para não ficarmos entediadas.
Tipo livros de colorir, baralho, dominó e alguns jogos de tabuleiro que ele achar.
Para comer balas fini, chocolate e Chips.
E ele disse que vai chegar uma tv para o quarto.

Subimos para o quarto e ficamos conversando sobre tudo que vinha na cabeça.

- Quero um cházinho - Yara fala de maconha.

- Acho que ia me relaxar um pouco - digo.

- Vou perguntar, se eles tem - fala saíndo do quarto para perguntar os guardas lá embaixo.

Após um tempo volta, com dois já bolados na mão.

Pega em sua bolsa um isqueiro e acende.

- Acredita que Geovane, ligou para Davi? Para saber se podia dá para fumarmos...




Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora