Capítulo 5

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Lucas narrando

Meu pai tá pegando no meu pé para resolver essa parada do Mateus. Se fosse por ele já teria matado Luiza para se vingar.
Mas quero é que ele apareça, se fizer isso aí que ele some mermo.
Fiquei sabendo que ele tá na rocinha e como que invado aquilo, maior rolo.

Resolvo trazer ela aqui para casa, pois quero que o otário do Mateus fique sabendo.
Karla que é meu rolo fiel, não gostou nada. Custei para acalmar ela.
Karla sabe bem dos meus rolos e não liga muito, porque se encrencar e pior para ela.

Vou deixar ela ligar para seu namoradinho para ele parar de encher o saco.
Fiquei ouvindo aquelas baboseiras.
Até falar que ama falou, trouxa demais.

- Me dá? - falo pedindo o celular.

- Deixa ficar com ele um pouco? - nego.
- Enfia no cú então - ela fala e me sobe um ódio.
Me jogo em cima dela na cama.

- Tu tá maluca? - pergunto e ela vira a cara.
Com uma das mãos pego em seu queixo e o viro a forçando me olhar.
-Tu tá me tirando do sério... Você tem ideia do que faço contigo?  - falo e seus olhos enchem de lágrimas.
Me levanto.
- Se tu quiser comer a cozinha fica lá embaixo - falo e saio batendo a porta.

Acordo de madrugada e vou a cozinha beber água.
Luz acesa, vou devagarinho e vejo Luiza. Sentada na cadeira comendo biscoito.
Entro com tudo e ela leva susto.

- Assustando atoa - falo e ela tira os olhos de mim, me secou inteiro.

Ela se levanta passando por mim e a seco também, estava com um trem de dormi minúsculo e marcava sua calcinha.

*****
Se passaram uns dias e hoje é dia de baile.
Falo com Luiza se aprontar.

- Não tô afim - ela fala subindo alguns degraus da escada.
A pego pelo cabelo.

- Perguntei se tu tá afim não porra - falo puxando seu cabelo, fazendo ela se contorcer e seus olhos encher de lágrimas.
Ela ri e puxo seu cabelo trazendo teu corpo bem perto do meu, fazendo nossos rostos se colarem.

- Me solta Lucas? - ela me empurra, quase cai da escada, no impulso dou nela um soco no rosto cai no degrau da escada.
- Quero tu na quadra... Deixei a roupa no quarto.
   Saio de casa puto na minha xt,  deixando ela caída chorando.
Quero que ela vá para quadra comigo e que todos veem para chegar até Mateus.

Fui para a boca e de lá para a quadra.

- Viu Luiza? - pergunto a Yuri e ele nega.
Vai lá buscar ela...

Não demora a vejo com Yuri vindo com ela em direção ao camarote.
Estava linda, vestido rosa coladinho e sandália de salto branca, a que tinha deixado para ela era preta. 

Quando ela chega perto vejo sua boca inchada por conta do soco e a maquiagem não tampava os olhos inchados de chorar.
  Chego perto de seu ouvido para falar algo e sinto seu perfume, que me tirou de mim e me arrepiei todo.

- Não foi essa a sandália que deixei...

- Não combinou muito com esse vestido - Olho novamente seu corpo o vestido ficou perfeito nela.

- Tá para chegar uns parceiros aí e quero que fique do meu lado... Para eles vê que você tá comigo - falo, ela me olha não satisfeita, vira as costas e da alguns passos.
Pego em seu braço fazendo a virar para mim.
-Tu vai? - pergunto.

- Pegar bebida - sinto tristeza em sua voz.

Uns parceiros meu da Penha chega.

Faço sinal para Luiza, que me encarava com ódio.

- Fica do meu lado - falo em seu ouvido.
Vejo que eles a secam.
- Pega uma cerveja para mim - falo tirando seu cabelo da frente do ouvido.
Me olha com o ódio, mas vai.

Ela começou a conversar com a mina do meu parceiro da Penha, Marcelo.
E até começaram a dançar.
Luiza rebola muito e não consegui tirar os olhos, seu vestido curto quase que mostrar a bunda, ela me olha e me pega no pulo. Mesmo assim continuo olhando a sou interrompido alguém me puxando.

- PARA QUEM NÃO QUER NADA COM A PIRANHA NÃO TIRA O OLHO - Karla grita, olho para Luiza que não vê a cena.

Mando uns dos meninos tirar ela de lá, que sai se debatendo e gritando.
Vai dar show em outro lugar.

- Vou no banheiro - Luiza fala passando por mim e agarro em teu braço.
Aponto para Nego ir com ela.
Após um tempo vejo um tumulto e reparando bem vejo Yuri levantando Luiza, que tava no chão e Nego segurando Karla.
Vou encontrar com Luiza e vejo seu rosto todo arranhado e sangrando.
Ela chorava.

- Karla pegou ela de judaria... Juntou umas três em cima dela - ele fala.

- Leva ela para casa e depois resolvo isso...
Precisa dar atenção a Marcelo e os caras da Penha.

- Não deixa Karla subir - falo com um dos guardas.

Sabia que ela ia tentar, e não deu outra.
Karla gritava algo e não escutava por causa da música alta  Mas só de olha, ela já sabe que eu tô puto e saiu bufando.

Já em casa, vou até o quarto onde Luiza tá e ela dormia, com a luz acesa.
Fui andando até a cama devagar e vejo seu rosto todo arranhado, olhos inchados e a boca mais inchada do que tava depois do soco. Ela respira com dificuldade.

Não consigo dormi então vou resolver umas paradas na boca, fico o dia todo lá e volto tava quase que anoitecendo.
Faço um pão com queijo, sento no sofá e coloco um filme.
Ali fiquei por umas quatro horas e nem vejo sinal de Luiza.
Ela não saiu porque os guardas não iriam deixar.
Mesmo assim vou lá conferir.

Abro a porta do quarto, mas não a vejo. A porta do banheiro tá fechada e vem barulho lá de dentro.
Pouco depois ela abre saindo de lá com toalha na cabeça.
Seu rosto tá feio.
Ela me olha e não diz nada, senta na cama e tira a toalha fazendo seus cabelos caírem sobre seu ombro.

- Ei?  Que pegou ontem? - pergunto.

- Pergunta tua namorada - ela fala se levantando da cama e indo em direção a mala.
A pego pelo pulso.

- Responde? Perguntei para você...

-Estava passando e do nada ela veio para cima de mim... Juntou mais umas quatro e depois vi mais nada - responde e puxa seu braço.
Sei que aquele cheiro dela me atraiu e me fez puxar ela novamente.
Juntando nossos corpos.

- Aí... Tô toda doendo... Por for não me machuca mais - seus olhos enchem de lágrimas.
Sinto um aperto no coração.

- Tomou remédio?

Não... Não tenho - fala e sinto pena.
Ela dá alguns passos para trás.

- Vou buscar remédio e algo para tu comer... Ou comeu alguma coisa? - pergunto e nega dizendo não ter comido nada.

Vou até a cozinha, faço um miojo de galinha e pego remédio para dor.
Caraí mano, sei lá porque to fazendo isso.
Entro no quarto e ela tá deitada.

- Fiz miojo - falo e ela se senta pegando o prato.
Deixo o remédio do seu lado e saio.
Desço novamente para cozinha para fazer um miojo para mim.
Após comer, fico sentado na cadeira mexendo no celular. Sinto seu cheiro chegando antes dela.
Vai até a pia e lava teu prato.

- Obrigada - ela com uma cara triste e sai.
Me levanto correndo e a puxo pelo braço.

- Foi mal aí... Pelo soco ontem - falo e ela não diz nada. Puxa seu braço e sai.
- Porra ... porra. .. porra - falo para mim mesmo passando a mão na cabeça.
Essa mina tá mexendo comigo.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora