Capítulo 7

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Luiza narrando

Acordo no outro dia, com um barulho de aspirador vindo do quarto de Lucas.
Levanto, vou ao banheiro e faço as coisas de sempre.
Saindo do quarto vejo Ana, lembro dela de anos atrás quando me ajudava nas coisas de casa quando meus pais morreram. Mateus a pagava porque dizia eu tinha que estudar.
Vou até ela e a abraço.

- Menina do céu o que tá fazendo aqui? - ela pergunta e dou uma resumida.
Ela fica espantada e diz que acredita muito que Mateus nunca faria isso.

Chego na cozinha e o cheiro de café me deixa louquinha, amo.
Pego uma xícara e encho.
Na mesa havia queijo, pão francês e pão de queijo.
Pego um pedaço de queijo e um pão de queijo e vou para a sala, me jogo no sofá e fico ali por um tempo sossegada.

Subo para o quarto, ajudo Ana no que posso.
Ela não queria deixar né, mas era uma formar de passa meu tempo.

- Você sabe por quanto tempo vai ficar? - ela pergunta.

- Não tenho ideia... Tomara que não muito.

- Que Lucas pediu para vim todos os dias enquanto você estivesse aqui - não vejo graça em sua fala, então ele não tinha mesmo a intenção de me deixar ir.

...
Já tem três dias que estou pedindo para Lucas deixar eu buscar minhas coisas.
Desço com algumas peças de roupa para lavar a jogo na máquina.
A lavanderia ficava atrás da casa e tinha acesso para a piscina.
Então fui por ela e sentei em uma das espreguiçadeira.
Era cedo então o sol está quentinho e gostoso.
De boas lá, escuto alguém tossir e olho. Lucas estava sentado na sacada do quarto fumando e havia engasgado com a fumaça da sua maconha. Podia morrer com esse engasgo.
Finjo não ter visto a fico ali sentada.

Levo um susto com um sombra chegando perto de mim e é ele.
Senta na espreguiçadeira ao lado.

- Teu rosto tá bem melhor já - ele fala.

Sim...

- Minha mãe quer que tu vai almoçar lá hoje - ele fala e não respondo.
- Venho te pegar meio dia e avisa Ana que não precisa fazer o rango - se levanta e sai em direção a garagem.

Aviso Ana que estava na cozinha.
Tomo meu café e me deito no sofá, vendo um programa de culinária que passava.
Emendei um programa no outro e nem vejo a hora passar.

- Tô indo - Ana fala.

- Sabe que horas são? - pergunto e ela diz ser quase meio dia.
Me levanto correndo, vou ao quarto, tomo banho rápido e visto um cropped camisa branca, short jeans e calço a papete preta com alguns stras, único que trouxe e já estou com ela a semana toda.

Desço as escadas e vejo Lucas sem camisa, sentado de qualquer jeito no sofá, mexendo no celular.

- Porra que demora - ele fala se levantando e colocando o celular na cintura.
Nossa que abdômen, se vê alguns gominhos marcados levementes. Lucas abre um sorriso e olha também para seu abdômen.
Engulo seco e tento disfarçar, olhando para o sofá ao lado.

- Pode olhar mais - debocha com um sorriso no rosto.
E eu otária, olho mesmo e fito meu olhar em seu caminho da felicidade bem marcada.
- Vamos? Ou quer tirar uma foto? - Lucas continua debochando.

- Se eu tivesse um celular para isso - falo e lhe dou as costas para sair da casa.

Espero ele montar na moto, e seguro em seu braço para poder conseguir subir na sua garupa.
Fiquei o mais longe dele possível, mesmo assim sentia seu perfume.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora