capítulo 39

70 1 0
                                    

LUCAS NARRANDO

Tomamos banho, vestimos roupa.
Luiza pega uma dela que trouxe, camisa e short jeans, que ficou um pouco largo.
Ela emagreceu bastante.
Deitamos um pouco e ficamos abraçados.

- Vida? - ela me olha.
- vão poder voltar para o morro... Amanhã mesmo - digo e ela sorrir.

- Mas assim? - pergunta desconfiada.

- Fiz um trato com ..... e vou ser sincero com você - ela se senta na cama e me encara desconfiada, fecha os olhos por alguns segundos e respira fundo.
Me sento também, ficando de frente para ela.
- Vou trabalhar para ele... Eu e alguns caras - sua expressão facial muda muito rápido.
E ela se levanta.
- Três trabalhos apenas e tamo livres...

- E que trabalhos são esses Lucas? - pergunta me encarando.

Demoro alguns segundos até responder.

- É... Assalto... Caixa eletrônico - ela fecha os olhos e respira fundo.
- Eles tem tudo no jeito... Só vamos de guarda mesmo... Eles tem tudo, quem estoura os caixas, quem carrega o dinheiro... só precisamos garantir a segurança deles - explico.
- Vou ficar um mês fora... Você volta para o morro... Mateus vai tomar conta de tudo por lá... É só isso amor - me levanto indo até ela.

- isso Lucas? Isso é pouco? - pergunta. 

- Não é amor... Mas é o jeito - falo, a abraço e beijo o topo da sua cabeça.
- Vem aqui - a puxo.
Me sento a beira da cama e a colocando em pé entre minhas pernas.
Não sei se é o melhor momento, mas vamos lá. Melhor momento de falar, porque para casar com ela, todo é bom.
Tiro do bolso uma caixa preta de veludo, com uma aliança dentro.
Ela abre um sorriso quando vê.
- Casa comigo? - pergunto e abro a caixa.
Mostrando aquela aliança grossa e brilhante.
Luiza passa os braços por cima do meu ombro e me abraça.
Desfaz o abraço e me olha nós olhos.

- Te amo - ela fala e me beija.
Beijo longo e gostoso.

Coloco a aliança em seu dedo e ela fica encarando sua mão sorrindo.

Após nos abraçamos e beijarmos uma dez vezes, descemos para a sala.
Yara e Yuri não estavam por lá, devem estar em um dos quartos.
Maria deitada em um sofá e Geovane no outro, que ao nós vê se senta.

- Quero falar com você - falo com ele que se levanta.
Fomos em direção a cozinha.

- Na madrugada voltamos todos para o morro... Vou ficar um mês fora e quero que enquanto isso vigia Luiza, deixo em suas mãos e tu tem qualquer um de sua confiança no morro para te ajudar com isso - ordeno.

- Deixa comigo chefe - ele diz.

Ele vira, se abaixa pegando a mala de dinheiro e a joga a mesa.
Abro e vejo bastante notas.

- Quarenta mil aí chefe - ele fala do restante do dinheiro que deixei com eles.

- Fica contigo, esse dinheiro é seu... Ainda te devo muito  - falo a ele que agradece.
Tiro um bolo de notas do bolso e o entrego cinco notas de cinquenta.
- Vê se consegue umas pizzas boa para nós e refrigerante - falo e ele sai.

- Dedo dessa mulher vai cair com o peso desse anel - Maria brinca quando entro na sala.

- Homaiada vê de longe - brinco e sento ao lado de Luzia.

- Vou tomar banho e vestir minha roupas - Maria fala contente.

- Ei? - a chamo que já ia subindo a escada.
- Arruma tuas coisas que vamos voltar para o morro de madrugada - falo e ela quase que tem um infarto.

Luiza sorri da felicidade da amiga e me dá um selinho.

Ela se deita no sofá e apoia sua cabeça em minhas pernas.
Ali nos distraímos com um filme que passava na tv.

Comemos pizza e deitamos para descansar, jaja íamos pegar estrada.

- Amor? Amor? - a chamo.
- Vamos? - ela levanta assustada, a abraço para a acalmar.
- Levou susto? - pergunto.

- Demais... Credo - resmunga.

- Chama as meninas lá? - a peço e ela se levanta, indo para o outro quarto.

Não demora e volta, entra no banheiro, escova os dentes e lava o rosto.

- Não acredito que estou indo embora - fala alegre, mas logo já muda a cara.

- Vem cá vem - a chamo e ela deita ao meu lado.
- Vai dar tudo certo - a abraço e beijo no topo da sua cabeça.

Seguimos viagem, Geovane foi dirigindo e Jonas de guarda, eu e Luiza no banco de trás.
Resto foram em outro carro.
Não demora muito para Luiza tampar no olho.
A puxo para deitar em meu colo e levantar suas pernas no banco.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora