Capítulo 9

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LUIZA NARRANDO

Se passaram três dias e hoje que estou me recuperando.
Ontem fui a médica, me passou um calmante pediu repouso.
Não estou tomando o remédio, pois lembro quando minha mãe tomava e não a fazia bem.
Ela ficava meio droguei, e tudo que não preciso no momento é isso.

Não tenho encontrado com Lucas esses dias, temos evitado um ao outro.
Hoje vou ficar o vigiando, para pedir para me levar em Maria.
Não aguento mais ficar em casa.

Escuto ele vindo no corredor e vou correndo, abro a porta e dou de cara com ele e Karla, os dois me encaram.
Dou alguns passou para trás e fecho a porta.
Puta que pariu Lucas.
Tomo coragem e a abro novamente.
Eles olham para trás me encarando.

- Eu queria ver Maria hoje - falo e ele fica por alguns segundos calado me encarando.

- Te busco mais tarde...
Karla me olha com deboche.

Após algumas horas ele aparece na porta do quarto, me chamando para ir.

Pela cara que as pessoas me olham na rua ou elas me odeiam ou tem dó de mim.

- Toma -  fala quando desço da moto.
Ela me aponta o celular.
Salvei meu número ai, me liga quando quiser ir...

Agradeço e lhe dou as costas.

Bato na porta e Maria abre.

- Sabia que era tu - ela diz alegremente me abraçando.

Ficamos um bom tempo conversando, até me lembrar do celular.
Vou direto nas mensagens, não havia nem uma de Rui e nem nada de Mateus.
Respondo algumas amigas e vou no Instagram, fui no perfil de Rui e vejo que não havia me bloqueado mas apagou todas as nossas fotos.
Pensei em mandar um direct, mas pensei bem e desisti.

Contei tudo a Maria, até o beijão em Lucas e lógico que ela já estava sabendo.

- Estava pensando esses dias, será que não tem nem uma pista que Mateus posso ter deixado aqui - falo e ela fica pensativa.

- Tem um cofre - ela fala se levantando do sofá e indo em direção ao quarto.
Arrastou a cômoda, mostrando o cofre.

Me sentei no chão em frente o cofre e tentei várias senhas e nem uma,  já estava para desistir quando tento a data de morte dos nossos pais e o cofre abre.
Mostrando vários bolos de notas, duas armas pequenas e dois envelopes com meu nome.
Um havia dinheiro e outro fotos de Rui e algumas informações sobre ele. Tipo, nome dos pais, o que eles faziam, essas bobeiras.

- Pelo menos tem dinheiro para um tempo - falo triste em não achar nada, pego algumas notas.
- Para fazer compra - dou a ela.

Precisando geladeira não tem nada - ela fala.
- E para você?

- Tem um pouco na conta ainda... E Também na casa de Lucas não gasto com nada - respondo.

Celular toca e vejo ser Lucas.

Ligação on 📱

- Vai brotar um pessoal lá em casa hoje e quero você lá... Fábio e a mulher dele - ele fala e custo a lembrar que é o dono da boate.

- Ok - falo e desligo.

Não demora e ele buzina.
Despeço de Maria.

Toda vez que olho para ele para ser a primeira vez, de tanto que fico apreensiva.

Subo na moto e ele sobe voado.

- Não demora - ele fala quando eu ia entrando no quarto.
Do quarto escuto barulho e chego da sacada.
Vejo um pessoal arrumando a área da piscina, do nada ele sai do quarto chegando na sacada e também olha para pessoal lá embaixo.

- Fala chefe - Um novinho bonitinho tatuado o cumprimenta.

- Fala meno...

Fiquei olhando para o garoto de tão bonito que ele era, acho que até saiu um sorrisinho da minha boca.
Desvio o olhar para Lucas e ele me encarava. Não disse nada, mas não tava satisfeito.
Viro as costas para ele e entro no meu quarto.
Tomo banho demorado, porque é dia de lavar cabelo.
Enrolo uma toalha na cabeça e outra no corpo.
Sai do banheiro e fui para sacada vê o funk que vinha lá de baixo.
Vejo Lucas lá embaixo conversando com um homem, ele me encara e entra na casa.
Assusto com ele abrindo a porta do quarto e vindo em minha direção, me pega pelo braço e me puxa para dentro do quarto.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora