Capítulo 19

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LÍVIA NARRANDO

- Você trouxe? - falo assim que abro a porta para Yuri.

- Não Luiza - ele responde e fico irritada.
- Você tem que parar com isso, tá bom? Sério Luiza... Você não pode ficar se drogando assim - ele se joga no sofá.
Vou até ele e sento em seu colo o beijando, que me empurra, mas luto para beija-lo.
Toca interfone, me levanto e vou atender.

- Oi amiga... - olho para Yuri que me olha preocupado.
Aperto o interfone para Yara subir.

- Me dá aí Yuri... se não eu conto - ele me olha sério.
- Eu sei que você tem caralho - falo e ele enfia a mão no bolso tirando dois pinos.

- Só tenho isso - escuto o elevador então escondo no meu bolso.
Abro a porta e Yara me abraça.

- Que cara é essa amiga? Não tem dormido? - ela pergunta e da um beijo em Yuri que me encara.

- Não muito... Mas vou tomar um remédio agora que me ajuda e um banho - falo indo em direção ao quarto.
- Não façam nada no meu sofá...

Jogo no lavatório do banheiro a cocaína e puxo com uma nota enrolada.
Pego meu celular e tiro uma foto, mando para o número do Lucas com quem falo sozinha deis do acontecido.
Acho que fico tão louca com esse trem que acho que ele vai me responder.

Acho que fico tão louca com esse trem que acho que ele vai me responder

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Tomo banho e puxo outra carreira.
Enrolo na tolha e saiu do banheiro, dou de cara com Yara. Ela entra no banheiro, pega os pinos e joga no vaso.

- Yuri me contou...

- Contou? 

- Você beijou ele e chantageou para ele te dar essa merda aqui...

- Vou te falar quem me apresentou essa merda - falo lhe dando as costas e entrando no closet.

- Uma coisa é a gente estar em festa e usar a outra é você chantagear o Yuri para conseguir essa porra - ela fala brava.
Começo a chorar, senti a culpa bater, o arrependimento. O que eu fiz? Eu nunca fui assim.

- Desculpa amiga... Não sei o que tá acontecendo comigo - falo e vou para lhe abraçar.

- Sei pelo que tá passando... Mas pensa que você não é desse jeito e não é por causa do que já passou que você vai ficar assim - ela fala e me abraça bem forte.

- Você sabe tudo que passei nesse tempo todo - ela me puxa pra deitar na cama.

Ficamos por um tempo deitadas e abraçadas.

Minhas pálpebras pesam de sono, meu corpo pesa, pisco algumas vezes para afastar o sono. Mas adormeço.
Acordo de madrugada e ela não estava ali mais. Senti um vazio, precisava de alguém comigo.

Pego meu celular e mando mensagem para ela e também para Yuri. Precisava pedir desculpas.

Não consigo mais dormi, resolvi arrumar casa de madrugada

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Não consigo mais dormi, resolvi arrumar casa de madrugada. Tem dias que ao menos se quer lavo um copo. Os vizinhos debaixo deve estar querendo me matar.

Mas para compensar dormi a tarde toda. Acordei com a campainha tocando e já estava a noite.

- Falei que tu ia pagar... mas vou fazer esse favor a ti - Yuri fala com a pizza em uma mão e na outra uma coca.

- Eita... Que tu tá todo arrumado assim? 

- Vamos sair... Eu, tu e a Yara... Ela tá vindo aí, vamos num boate aí que Yara disse que tu gosta.

- Sério? - pergunto desanimada.

- Vai dar um jeito de arrumar vai - ele diz apontando para o quarto.
Que desânimo.
Vou mas para agradar meus amigos.

Tomo banho rápido e lavo cabeça.
Visto a roupa de uma vez e penteio o cabelo.

Vou para sala e Yara já estava lá.
Lhe abraço.

- Bora comer aquele trem... Numa larica só - Yuri fala se levantando do sofá.
Pego uma fatia de pizza e coloco no prato, e um copo de coca.
Não como nem meia fatia, estava sem fome nem uma.

- Vou acabar de me arrumar - falo após lavar meu prato.
Vou para o quarto, escovo os dentes e começo fazer minha make.

- Tampando a cara de derrotada - falo com Yara que entra no quarto.

- Aí ai - ela se joga na cama.

Chegamos na boate encontramos uns amigos nosso que Yara havia marcado de encontrar. Tudo aquilo ali me lembra Rui, os nossos amigos aquele lugar. Dois caras por quem apaixonei na vida me abandonaram.
Já tomei uns cinco copos de vodka com energético.
Preciso de cocaína, bebida não tava me deixando louca do jeito que precisava ficar.
Não ando muito até vê um homem vendendo. Compro um pino e vou para o banheiro.
Puxo toda aquela cocaína de uma vez.

Vou para perto do pessoal e bebo mais dois copos de vodka com energético.

- Ei? Vou embora - falo com Yara.

- Vamos levar você - ela fala e não aceito.

- Vou pegar um táxi ali fora...

Em casa não tive tempo nem de trocar de roupa.
Acordo querendo vomitar e corro para o banheiro, sai até minhas tripas.
Fico dia todo deitada vendo filme, passando muito mal.

Meu celular toca, número desconhecido.
Atendo, escuto a voz do Mateus e desligo.

- Encher o saco de outra - falo comigo mesma.

Vou para procurar algo para comer e vejo a pizza de ontem, tanta fome que devorei ela fria mesmo.

Pela foto que Maria postou vejo que era na casa de Lucas. Não acredito que Mateus está morando lá.
Fico puta e com muito ódio,
Mando mensagem para Yuri e ele me confirma. Fico puta demais e ele diz estar vindo aqui.
Após um tempo a campainha toca, com certeza e Yuri pois o porteiro não avisou.
Mas quando abro a porta vejo aquele homem parado a minha frente, tento fechar a porta mas ele a segura, os dois homens que estava com ele ajuda a empurrar, me jogando no chão.
É o pai de Rui.
Me levanto correndo em direção ao quarto mas um deles me alcança me arrastando de volta para a sala e me jogando com tudo no sofá.

- Só quero que teu irmão saiba que te fiz uma visita - fala vindo até mim e me agarra pelo cabelo me fazendo levantar. Ele passa uma de suas mãos em meu rosto, a descendo pelo meu corpo todo e agarrando minha coxa. Me debato para ele me soltar, mas puxava ainda mais meu cabelo.
Com muito custo me solta, mas me joga no chão e chuta meu corpo todo umas cinco vezes.
Olho ao redor com dificuldade e vejo Yuri entrando com as mãos para cima e eles saindo do meu apartamento.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora