capítulo 38

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LUCAS NARRANDO

- MERDA... CARAÍ... TOMAR NO CÚ - vejo pelas câmeras, os guardas no chão e Luiz no chão mortos, e cinco homens andando pela casa armados.

- Eles não queriam invadir o morro, era despistar aqui para invadir a casa lá - Yuri fala.

Luiza atende meu coração tranquiliza um pouco.
Mando uma localização de uma casa em uma cidade que eles iam mudar amanhã, mas não deu tempo.

Vejo que os homens deixam a casa ao vê que Luiza não tá lá.
Pelo tempo que Luiza me ligou já fazem quatro minutos e a chance deles acharem para que lado Geovane saiu com as meninas é mínima.
Vejo polícias chegando na casa e vasculhando tudo.
A mulher de Luiz chega na casa gritando e não deixam ela entrar, não demora e o SAMU chega e começa a mexer em Luiz.

- Desgraçado não morreu - Yuri fala.

- Desgraçado ajudou muito... E devemos a ele - falo.

- Ele tava fazendo isso por conta de você irmão - Mateus diz a Yuri.

- Fez? Lucas molhou a mão dele e molhou muito - Yuri se irrita.

Ficamos um tempo observando, e vimos Luiz ser socorrido e levado de ambulância.
Mando chamar Pivete para desconectar as câmeras da casa e conectar no monitor as câmeras da casa para onde tão indo.

- Não posso ficar aqui de braços cruzados esperando ele atacar mais uma vez... Preciso de solução e vocês tem que me ajudar - digo a Yuri e Mateus.
- Alguém vazou de onde elas tava...

Vou para casa um pouco descansar, hoje o dia foi puxado.
Toma um banho, deito na cama e acendo um baseado.
Mil coisas passa na minha cabeça e nem uma solução.

- PORRA... CARALHO - jogo o isqueiro que tá na minha mão longe.
Não sei o que fazer, eu preciso livrar Luiza dessa.

Meu sono pesa, mas não vou dormir enquanto não tiver notícia dela que ela tá segura.

Algumas horas se passaram até meu celular apitar, o sensor do esconderijo.
Abro as imagens da câmera e os vejo.

LUIZA NARRANDO

Isso tudo é culpa minha.
Meu corpo está estranho, cansado.
Meu coração parecendo que vai sair pela boca.

- Não tô bem - falo com as meninas.

Começo a ficar sem ar, sensação que alguém me enforcava.
Suava frio.
Escuto as vozes das meninas e Geovane, bem longe.
Não tenho idéia direito do que está acontecendo.

Volto a normal as poucos e vejo que estamos parado no acostamento e Yara me abanava.

- Água - Maria me entrega uma garrafa e bebo tudo de uma vez, boca seca.

- Tudo bem Luiza? Não podemos ficar parados aqui - Geovane pergunta.

- Não entendi que aconteceu... Mas eu estou com muito medo - falo.

- Acalma miga... Acho que você teve uma crise de ansiedade - Yara diz.

- Tô com uma sensação horrível - digo.

- Precisa descansar um pouco - fala Maria.

Andamos por um tempo até chegar à cidade.

Abaixem a cabeça... Fingem tá dormindo - Geovane diz.
Vou parar para pedir informação...

Andamos mais um pouco até ele parar e sair do carro, o vejo indo até um grupo de pessoas.
Após um tempo volta e da partida no carro.

- Não tamo longe do bairro - ele fala.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora