Capítulo 4

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Luiza narrando

Ódio daquele merda do Lucas.
Pelo celular de Maria passei dia todo tentando ligar para Mateus, ela mesmo já desistiu de ligar.

Deitada na cama com Maria, e alguém bate na porta, ela se assusta.
Me levanto e vou até a porta.
A abro e vejo Lucas.
Ele entra e fecho a porta.

- Que foi em? - falo sem saco para ele.

- Vai fazer um corre comigo hoje... Te pago aqui as dez - ele fala passando por mim e indo em direção a porta.

- Não vou - falo e ele se vira me olhando, passa uma das mãos no maxilar e sorrir de lado.

- Tu não tem escolha... Me devem uma grana... Melhor um milhão e conta mais uns cem mil que já gastei para procurar aquele desgraçado - ele fala apontando para trás de mim e vejo Maria.
- E pensando melhor vão as duas hoje... Vão trabalhar para mim...
- Vão vestida direito... Melhor vou mandar trazerem a roupa aqui - ele fala abrindo a porta e a bate com força ao sair.

- Filho da puta... Que ódio - digo. 

- Como vamos pagar esse dinheiro? Tenho nem cem reais - Maria fala desesperada.

- Acho que ele quer que trabalhamos para ele - falo me jogando no sofá.
- Não temos escolha... Melhor irmos - digo e meus se enchem de lágrimas.

Mas tarde um moça vem entregar uns vestidos e sandálias que Lucas mandou. Uns vestidos bem ousados, decotados e curtos, sandálias de saltos finos e altos.

- Que trabalho é esse que tem que vestir isso? - Maria fala nervosa.

- Ei não vamos...

Ficamos deitadas por horas sem ter assunto.

Cada minuto que passava olhava para o celular de Maria olhando as horas.

 - Vinte e duas horas - assim que digo batem na porta.
Pontual ...

Maria pula do sofá.

- Não provoca ele... por favor Luiza...

Vou até a porta a abrindo.
Ele estava lindo todo de preto, com as mãos no bolso e cordão de prata enorme.

- Que porra é essa que vocês não tão pronta? - ele fala entrando.

- Nós não vamos Lucas... Pelo menos não sem saber onde - falo e ele passa a mão pelo rosto.

- Caraí Luiza... Vai vestir a porra da roupa - ele fala me encarando.

- Não -  ele vem em minha direção e pega meus cabelos.
- Vai covarde - quando digo ele me solta.

- Vai se vestir Luiza...

- Sem saber onde, não vamos - Maria fala olhado para baixo com medo.

- Vão fazer uma entrega comigo... É só uma entrega...
- Última vez que mando... Vão vestir a porra da roupa - ele fala bravo.

- Eu vou sozinha com você - olho e Maria sacudia a cabeça.

- Não Luiza - ela diz vindo até bem perto de mim.

- Vou Maria...

- ENTÃO ANDA PORRA - ele grita batendo as mãos.

Me arrumo muito rápido.
Escolho um dos vestidos que ele mandou, preto bem justo de alça fina.
Sandália de salto fino, dourada.

Nos braços de um traficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora