Quando Simon abriu a porta da mansão Smith, ele olhou para a visita com uma expressão de poucos amigos. Não estava acreditando que depois de tudo, ainda se atrevia a aparecer ali.
— Gostaria de falar com Lizabeth. — Sua voz era branda, mas ele estava desesperado por dentro. Quando Simon pensou em mandar-lhe dar meia volta e ir para casa, uma voz vinda da sala lhe impediu, dizendo:
— Simon, deixe-o entrar. — Era a voz de Lizabeth e ela parecia tão tristonha, aquilo perfurou o coração de Hector de mil formas e ele desejou que isso nunca tivesse acontecido. Principalmente, porque mesmo depois de tudo, ela ainda quis recebê-lo em sua casa, quando ela simplesmente poderia apenas lhe mandar embora.
Então, a contragosto, Simon afastou-se e deixou que Hector passasse. Por fim, quando chegaram a sala, ali estavam Lizabeth e seus pais, ambos o encaravam e os seus olhos eram como adagas e punhais lançados em direção a Hector.
— Hector, pensei que realmente amasse minha Liz... — Disse Leonor, muito desgostosa.
— E amo, amo muito Sra. Smith! E por isso estou aqui, sei que me precipitei em minhas conclusões e ações. Lizabeth, sinto muito por ter pensado o pior... Sei que não mereço, mas peço seu perdão.
— Tudo bem, Hector. Também teria pensado o pior, se visse você com outra na cama. Não posso lhe julgar, porque sei que faria da mesma forma. Então lhe perdôo... — Hector, sorri minimamente, pois pensava que a havia perdido. — Mas... — Sua expressão feliz se desfez com esta simples palavra. — Preciso de um tempo, por isso voltarei para a Itália.
— Lizabeth, por favor... Peço-lhe que não faça isso, não me deixe aqui... Tudo isso não passou de um plano sujo para nos separarmos, então não permita que consigam isso. — Os olhos de Lizabeth arregalam-se levemente ao ouvir suas últimas palavras.
— Como disse? — Questionou, então Hector suspirou e disse:
— Senhor e Sra. Smith, acho que Katherine e Heitor agiram juntos contra nós. Pois lembro que Lizabeth não havia ingerido mais do que cinco taças de champanhe e se bem sabemos, se uso não exagerado, o champanhe não é capaz de causar máxima embriaguez.
Leonor e Peter não precisavam de mais nenhuma palavra para entenderem onde Hector queria chegar e nada falaram, pois sabiam que Katherine, sendo caprichosa como é, seria capaz de tais atos somente para alcançar o que deseja.
E Leonor lembrou-se de uma conversa que teve com sua filha mais velha, onde ela lhe dizia o quanto invejava sua irmã por ter tido a sorte de conhecer um homem tão lindo e bem portado como Hector.
Naquela época, Leonor tratou suas palavras como triviais e por isso não levou o assunto tão a sério. Mas agora, ela percebeu que sua inveja não era mínima, era enorme a ponto de drögar sua própria irmã para lhe separar de seu noivo.
O pensamento fez com que Leonor sentisse muita vergonha da forma que criou sua filha mais velha, que fora sempre tão mimada. Enquanto à Lizabeth, sempre foi doce, prestativa e obediente.
Assim, ela percebeu que seu amor e cuidado excessivo para com Katherine, apenas fizeram com que ela se tornasse muito mesquinha a ponto de não permitir que sua irmã mais nova fosse feliz com o homem que ama.
— Tenho quase cem por cento de certeza que isso foi tramado por aqueles dois. Então por favor Lizabeth, não vá embora... — Lizabeth engoliu seco, ela não sabia que aquilo tudo havia sido um plano entre sua irmã e Heitor, então a nova informação mudava muito as coisas.
— Simon?! — Bradou Peter, manifestando-se pela primeira vez. Quando o mordomo chegou a sala de estar, ele disse: — Telefone para Katherine e Heitor e diga a eles que venham o mais rápido que puderem. Pois temos muito o que conversar!
Até aquele momento, Peter estava com muita raiva e ao saber que sua filha mais nova estava triste por algo que sua irmã fora responsável, lhe acabava a paciência e isso o deixava ainda mais nervoso. Pois seus pensamentos não eram muito diferentes dos de Leonor.
— Filha, por que você e Hector não vão até a biblioteca para conversarem com mais privacidade? Vocês precisam de um momento para concertarem as coisas entre vocês. — Sugeriu Leonor, e Lizabeth assentiu e levantou-se, seguindo para a biblioteca e logo atrás, estava Hector.
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Lizabeth - Amor Depois Do Divórcio.
RomanceEm seu quarto ano de casamento com Heitor Adams, Lizabeth tenta conquistá-lo, mas é rejeitada sem dó por mais uma vez. Motivo? Seu marido é apaixonado por sua irmã mais velha, a filha favorita da família Smith. E para não continuar sofrendo com...