Lizabeth - Amor Depois Do Divórcio.

Capítulo 9: Está arrependido?

— Onde estava, Heitor? — Perguntou Katherine, ao ver seu agora... marido.

— Fui resolver algumas coisas antes de partimos. — Diz, suas palavras eram carregadas de frustração. Mas que para Katy, havia passado despercebida.

— Estou ansiosa para irmos! — Ela veio abraçar-lhe, mas Heitor não demonstrou afeto. Na verdade, ele estava pensando em sua ex esposa. — Heitor, está tudo bem?

— Está tudo perfeito. Só estou um pouco cansado, mas vamos? — Ainda desconfiada, Katy assente e os dois recolhem suas malas.

No dia seguinte, o sol raiou e despertara Liz com seus raios suaves. Ela espreguiçou-se e naquele mesmo momento, o telefone ao seu lado tocou e roubou sua atenção.

— Alô... — Disse ela, com a voz ainda sonolenta.

— Filha, desculpe se a acordei! Seu pai e eu queríamos que você viesse almoçar conosco e passasse uma tarde. O que acha? — Lizabeth suspirou.

Sim, ela poderia, mas o pensamento de ficar muito tempo perto de seu pai a assombrava.

— Mamãe, é muito tentador. Porém, você sabe que papai e eu não nos damos muito bem... E eu não sou mais aquela menina que escutava insultos calada, então se ele falar qualquer coisa para ofender, não vou pensar duas vezes em respondê-lo à altura.

— Querida, sei muito que o relacionamento entre vocês não é dos melhores, mas conversei com seu pai e ele está disposto a fazer um esforço.

— “Esforço”? É até irônico! Meu próprio pai precisa se esforçar para aturar minha presença... Percebe, mamãe? É apenas mais um motivo para eu não ir...

— Menina mimada... Dê-me o telefone, Leonora... — Vozes de fundo podem ser ouvidas. — Filha... Por mim... — Sua mãe lhe pede em meio a sussurros, antes que a chamada seja finalizada de forma brusca.

Lizabeth levanta-se, pensando no que faria a seguir. Então ela suspirou pesadamente, antes de decidir o que quer fosse, ela pensou em sua mãe e o quanto significava para ela. Por fim, decidiu que iria.

Algumas horas mais tarde, lá estava ela, em frente a porta principal da mansão da família Smith. O mordomo prontamente veio lhe receber.

— Bom dia, Srta. Smith. — Ele a cumprimentou com um leve sorriso.

— Bom dia, Simon! Como está? — Lizabeth sempre fora muito amável com as pessoas que trabalhavam para sua família, então eles também a tratavam muito bem. E Simon Ludovico não era uma exceção. — Onde está minha mãe?

— Sua mãe a aguarda na sala, junto ao Sr. Smith. — E como havia dito anteriormente, lá estavam eles.

Leonor veio ao seu encontro e a cumprimentou com um beijo no rosto. E então disse:

— Você realmente veio, fico muito feliz! — Ela sorri e Liz também faz o mesmo, assim, as duas sentam-se e Leonor inicia uma conversa: — Sabe Liz, nós temos algumas coisas das quais esclarecer... — Liz suspira, ela sabia que mais cedo ou mais tarde teriam que conversar sobre o que aconteceu e ela até achou que seria melhor que fosse o mais rápido possível.

— Está falando sobre a união de Katy com Heitor? — Sua mãe assente. — Bom, não há muito o que falar... Estou feliz por eles!

— Liz, mas você sabe que não é assim... Vocês dois... Bem... Já foram casados e você o amava muito. E eu não quero desavenças em nossa família.

— Não se preocupe, mamãe. Para mim, Heitor faz parte de um passado que eu enterrei há dois anos atrás, quando nos divorciamos. — Disse ela, seu rosto estava vazio e não havia expressão nenhuma que pudesse demonstrar o que ela de fato estava sentindo. — Acho que em todo esse tempo, fui eu em quem interferi na relação dos dois. Heitor sempre a quis e eu aceitei me casar com ele e o mantive preso à mim.

— Querida, você é jovem e com certeza irá encontrar alguém que lhe ame de verdade. Heitor não estava predestinado à você, mas tenho certeza que seu futuro marido está mais próximo do que imagina. — Liz olha para sua mãe, depois para seu pai e então algo surge em sua mente.

— Não! Não irei me casar por conveniência novamente! Já sofri muito em meu casamento com Heitor, vocês querem mesmo que eu sofra tudo outra vez? — Seus olhos são suplicantes, pela primeira vez eles causaram martírio em seu pai, que até então estava em completo silêncio. — De quem se trata? — Ela questionou e como se por coincidência, a campainha toca e Simon vai receber a repentina “visita”.

— Provavelmente é ele. — Diz seu pai.

Alguns segundos intermináveis se passam, até que finalmente Simon retorna. Mas agora ele está acompanhando por...

“Oh...”.

— Você?