Capítulo 25: O começo para o desamor.

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O velho continuava a encarar o jovem casal, que também o observava na mesma intensidade que ele.

— Como pode retornar e não ir me cumprimentar? Esqueceu que sou seu avô? — Sua pergunta pegou aos dois de surpresa e Hector sorriu sem nenhum pouco de emoção.

— Parece que você sofre de amnésia, não é Mauro Adams? Sinto muito, mas não sou seu neto, porque assim o senhor quis. Então não tenho nenhuma obrigação de vir lhe cumprimentar, ignorando o simples fato de que praticamente me abandonou quando eu era só um menino que havia acabado de perder os pais.

O velho desfaz por um momento a carranca que mantinha em sua expressão, percebendo o quão responsável seu primeiro neto havia se transformado, era o que todos lhe diziam e ele queria comprovar.

— Querido, acho que vi minha mãe me chamando. Volto em um minuto! — Diz Lizabeth, deixando seu noivo para conversar à sós com seu avô.

— Por que não se junta ao grupo Adams? Seu irmão, apesar de ser o CEO, precisa de ajuda porquê há muitas coisas das quais ele precisa dar conta. Por que não divide um pouco desta carga com ele?

— Em todos esses anos, nunca precisaram de mim. Por que precisariam agora? — Hector questiona, fazendo seu avô suspirar.

— Há muitas coisas que você não entende, garoto.

— E prefiro continuar sem entender! Desculpe, Sr. Adams. Mas estou planejando começar meu próprio negócio, pois não sei se está sabendo, mas logo vou me casar e preciso de alguma ocupação. Então, se me der licença, vou me juntar a minha noiva. — Hector se afasta e aproxima-se de Lizabeth, que o pergunta se ele está bem dado a sua expressão naquele momento.

Fora os acontecimentos recentes, a noite estava agradável, Liz havia bebido muito mais além do que imaginava e isso fez com que se mantivesse um pouco tonta. Ela sentiu que precisava ir no banheiro, pois imaginou que a qualquer momento sua bexiga poderia explodir.

— Querido, irei ao banheiro. Volto em um minuto. — Anunciou a Hector, que somente assentiu e continuou a conversar com Peter e Leonor.

Depois de fazer suas necessidades, Lizabeth estava em um quarto e sentou-se um pouco para que pudesse se recompor, mas a tontura parecia que ficava cada vez mais intensa.

Então ela tentou se levantar e cambaleante, aproximou-se da saída e deu alguns passos para fora, mas parou em frente a porta do quarto. E bem naquele momento, alguém surge em sua frente, mas Lizabeth não consegue reconhecer o rosto do estranho, pois sua visão estava muito turva devido ao alto teor de álcöol em seu organismo.

— Hmm... Estou muito tonta. — Sussurra.

— Calma, sente-se aqui.

De repente, Lizabeth senta-se novamente com a ajuda do homem estranho.

— Quem é você? — Sua pergunta pega a outra pessoa de surpresa. — Desculpe, estou com a visão um pouco turva.

— Sou eu, Heitor. — Liz é surpreendida pela resposta, mas mesmo bêbada, ela tenta disfarçar sua confusão. — Liz, parece que você não está nada bem! Venha, vou lhe acomodar em um dos quartos e informar aos seus pais sobre o seu estado. — Mesmo sem vontade, Lizabeth guardou seus protestos para si mesma, pois naquele momento precisava descansar um pouco.

Então, ele a levou novamente para dentro do quarto e a ajudou deitar na cama. Não demorou muito para que Lizabeth adormecesse e vendo-a ali tão próxima e vulnerável, Heitor sentiu uma imensa vontade de protegê-la e tanto que, deitou-se e a envolveu pelos ombros.

Agora Lizabeth estava repousando sobre o abdômen de Heitor, que estava muito feliz por tê-la em seus braços. Pois aquela era a primeira vez que eles estavam tão próximos.

— Oh, Liz... Tantos dias e tantas noites sonhei contigo em meus braços, tão linda quanto agora. — Depositou um beijo no topo de sua testa e continuou: — Mesmo que não me ames mais, vou seguir lhe amando e esperando que um dia volte para meus braços por vontade própria. Pois terei paciência para isso, vou lutar para tê-la comigo por cada segundo até meu último suspiro. Isto eu lhe prometo, meu amor. — Assim, ele também acaba por adormecer com um sorriso estampado em seu rosto.

Lizabeth - Amor Depois Do Divórcio.Onde histórias criam vida. Descubra agora