Capítulo 40: Quem é esta senhorita?

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HECTOR ADAMS

— Q-Qual o seu nome?

Os olhos da senhorita arregalaram-se rapidamente, seus olhos e expressões formaram uma careta e era como se tivesse visto uma assombração.

— Não, Hector. Não faça isso comigo, lembre-se de mim meu amor. — Suas pálidas e delicadas mãos tocaram meu rosto a medida que lágrimas escorregavam com mais intensidade pelo seu rosto e ao vê-las, era como se um objeto pontiagudo perfurasse meu coração e alma com força brutal.

Então a senti pegar minha mão e a vi colocá-la sobre seu ventre, a região parecia firme, como se tivesse algo ali.

— Sinta, meu amor. Veja, nosso filho está aqui conosco e ele está pedindo que não se esqueça de nós. — Aquelas palavras atingiram-me em cheio, poderia afastar a minha mão, mas era como se ali tivesse um ímã que me mantesse ali tocando aquele ponto, que segundo ela, havia um bebê que era nosso.

O pensamento fez com que meus batimentos cardíacos acelerassem rapidamente e aparelhos que indicavam que eu estava em um hospital, fizessem sons frenéticos e logo uma porta foi aberta e por ela surgiram pessoas vestidas de branco, que logo afastaram a senhorita de mim e pude vê-la sair correndo aos prantos, tentei chamá-la e não deixar que fosse, porém, ela já havia se ido. Enquanto os estranhos tentavam me acalmar.

[...]

Mais tarde, depois que todos foram embora, fiquei sozinho por algum momento e a imagem da bela senhorita não havia saído de minha mente por se quer um segundo. Até que a porta foi novamente aberta e na esperança que fosse a mesma, levei meus olhos rapidamente em sua direção.

Porém, não era ela...

— Heitor? — Minha voz saiu esganiçada.

O que Heitor fazia ali?

Sua aparência parecia bem madura, mas não era possível que tivesse mais de dezoito anos. Quer dizer, por quanto tempo estive inconsciente? E o mais mais importante, onde estou exatamente?

— Irmão, que bom que está bem. Lizabeth disse que você havia acordado, mas não...

Lizabeth...

Esse é o seu nome?

— Hector? — A voz de meu irmão tirou-me de meus pensamentos, então voltei minha vista para ele. — Em que ano estamos? — Estranhei sua pergunta e lhe respondi:

— Ora, estamos em dois mil e quinze. — Heitor arregalou os olhos levemente e coçou a cabeça.

— Não Hector. Nós estamos em dois mil e vinte e três. — É minha vez de arregalar os olhos.

— C-Como?

— Desculpe, mas preciso lhe contar o que está acontecendo. Não é bom que fique sem saber o que lhe aconteceu. — Engulo seco com o que ele diz e apenas espero que ele continue: — Hector, você sofreu um acidente e esteve inconsciente desde então. Os médicos deram-lhe dois dias para que acordasse, mas felizmente acordou muito antes disso.

— Lizabeth... Ela me fez acordar... — Sussurrei, mas para mim mesmo. — Onde ela está? — Perguntei-o e o vi suspirar, em seguida seu olhar perdeu-se sobre o piso de cerâmica

— Está comendo algo, não sei se sabe, mas ela está grávida. Então precisou se alimentar um pouco. — Assenti.

— Heitor, não estou lembrado sobre ter um relacionamento com ela. É verdade? — Heitor pareceu pensar no que iria dizer, mas então sua resposta veio logo:

— Sim, é verdade. E inclusive, ela está grávida de dois meses.

Oh!

— Para chegarmos a este ponto tão rapidamente, deveríamos estar muito apaixonados?

— Não sei, Hector. Por que não a pergunta sobre isso? — As palavras de Heitor estavam carregadas de ressentimento e isso fez com que eu arqueasse a sobrancelha, questionando-me sobre sua reação estranha, em seguida Heitor disse: — Bom, estou indo chamá-la para que possam conversar. — Não esperou que eu lhe respondesse algo e apenas retirou-se do quarto.

Longos minutos passaram-se, até que a bela mulher entrasse novamente. Seus olhos estavam vermelhos, indicando que havia chorado há pouco tempo. Suas mãos descansavam de cado lado do seu corpo, que estava tencionado.

— Queria me ver?

Lizabeth - Amor Depois Do Divórcio.Onde histórias criam vida. Descubra agora