Capítulo 36: A garotinha de bochechas rosadas.

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Em uma parte de um dos parques mais visitados da cidade, estavam ali três pessoas. Que pareciam se divertir enquanto conversavam e entre elas, havia uma menininha de cabelos loiros e olhos amendoados, que a todo o tempo observava a mulher ao seu lado com muita admiração.

— Você é tão bonita! Parece uma princesa. — Disse ela para a mulher, esta sorriu e seu rosto corou diante da observação da menininha. — E o papai Hector parece um príncipe, então acho que vocês são feitos um para o outro!

— Haha, muito obrigada pelos elogios, pequenina. — Disse Lizabeth, enquanto olhava para Hector. — Você também é muito linda, sabia? — A garotinha se entristeceu de repente.

— Não acho! Não sou parecida com a mamãe e nem com meu papai James, minha mãe já me mostrou várias fotos dele, mas não sou parecida em nada. Bom, meu pai tinha a pele morena e seus olhos eram castanhos-escuros, não tenho nenhuma característica que me faça parecer com ele. — Lizabeth voltou a olhar para Hector, este também a olhou.

Logo, outra garotinha veio até eles e Louise se afastou um pouco junto à ela para brincarem. Enquanto isso, Lizabeth suspirou e questionou:

— Você sabe quem é o pai de Louise, certo? — Hector assente e diz:

— Sim. Eu descobri umas semanas depois que James faleceu. Ele é um ex colega de equipe.

— Ele sabe sobre Louise? — Hector volta a assentir.

— Sabe, estamos em contato. Ele ainda está no exército e diz querer conhecê-la quando voltar! — É a vez de Hector suspirar: — Desculpe, Liz. Por enchê-la com estes problemas. — Lizabeth nega e aproxima-se dele, dizendo:

— Não há problema nenhum, fico feliz que os compartilhe comigo. E quanto à Louise, irei ajudá-lo com o que for preciso! — Hector sorri e lhe deixa um leve beijo nos lábios.

— Você é o meu maior tesouro e não importa o que aconteça, sempre cuidarei de você, considere como uma promessa. — Ao contrário do que ele queria passar com suas palavras, Lizabeth sentiu algo ruim em seu interior e ela com voz entrecortada, disse:

— E você, o meu.

[...]

Mais tarde, Hector deixou Lizabeth em sua casa e depois seguiu para a casa de Louise. Ao chegarem lá, Louise fez um pedido para Hector:

— Papai Hector, será que o senhor poderia me colocar para dormir? — Hector franziu a sobrancelha, mas assentiu e não se deu ao menos o trabalho de retirar a chave de seu carro, ele sabia que ia ser algo rápido e que logo iria para casa. Assim adentrou a casa junto à pequenina e quando chegaram a sala, Sarah lhes veio receber.

— Minha princesa, você finalmente está aqui! — Bradou ela, abrindo os braços para sua filha e esta, foi até ela e para abraçá-la.

— Mamãe, o papai Hector irá me colocar para dormir. — A menininha piscou para sua mãe, que assentiu e nada mais disse.

Quando Hector chegou ao quarto de Louise, ele percebeu que havia esquecido de seu telefone no carro. Mas pensou que logo iria embora, então ele pôs a menina para dormir e lhe contou uma história.

No fim, ao ver que ela já estava adormecida, Hector prontificou-se a ir embora e ao chegar na pequena sala de estar, percebeu que Sarah havia saído, pois voltava da área externa.

— Ãm, você já está indo? — Hector assentiu e seguiu para a porta. — Hector, preciso de sua ajuda em algo... — Hector franze o cenho e gesticula, para que ela possa continuar: — Falei com Dexter e ele está na cidade, além disso, planeja ver Louise e por isso estou pedindo para que me acompanhe para que possamos falar com ele sobre isso. Não é bom para Louise que saiba que seu pai não é James, ela ainda é muito novinha e temo que isso possa afetá-la muito.

— Acho que devia ter pensado nisso quando resolveu mentir para James, se tivesse dito a verdade, poderia ter feito com que Louise soubesse quem era o seu verdadeiro pai e não pensasse que ele está morto! — Sarah engole seco, então sua voz rasga o silêncio quando diz:

— Hector, sou apaixonada por você desde que fomos apresentados àquele dia. Tenho certeza que se nos der uma chance, poderemos ser muito felizes!

— Nunca! Você não é a mulher que eu amo. — A frase fez com que Sarah se sentisse doente e ela estava, estava perdendo a razão e os acontecimentos seguintes comprovariam tal constatação.

Hector saiu da casa e sentiu-se furioso com a mulher, ela seguiu em suas costas e pedia para que ele a esperasse e que terminassem a conversa. Porém, Hector não lhe deu ouvidos e continuou a caminho de seu carro e ele não hesitou em entrar no mesmo, mas surpresa!

Ela também havia adentrado-o antes que ele pudesse travar as portas e ele até tentou fazer com ela saísse. Mas não podia usar sua força ou perderia a razão. Então suspirou e falou:

— Saia agora mesmo, Sarah! — Ela o olhou e seus olhos denunciavam sua perda de consciência, ela não estava mais em si e seu nível de loucura só poderia ser tratada por um psiquiatra!

— Não, não irei sair.

Hector não exitou em ligar o carro e pisou fundo, se Sarah era louca, ele poderia ser duas vezes mais e provaria isso a ela.

O sorriso em seu rosto era tão macabro, que talvez ganharia de um filme de terror.

— Você vai para o inferno. — Bradou ele e Sarah sorriu triunfante.

— Desde que seja com você! — Disse e não demorou muito para que uma curva surgisse e Hector aproveitou para acelerar ainda mais.

E quando percebeu que já estava exagerando, tentou pisar no freio. Mas ao que parecia, não estava funcionando e ele até tentou desacelerar. Mas havia uma parte da estrada que estava em reparos e foi uma grande contribuição para o que viesse a seguir:

Crash!!!

Lizabeth - Amor Depois Do Divórcio.Onde histórias criam vida. Descubra agora