Estella✨
Sai de casa hoje na maior correria para o hospital, sentia todos os músculos do meu corpo doendo, meus joelhos fraquejavam ao caminhar e podia sentir que iria desmaiar a qualquer momento, não aguentava a dor, todas as partes do meu corpo estava se dilacerando, parecia que eu havia ingerido pregos, porque minha garganta estava completamente dolorida, meus olhos eram grandes poços fundos, eu tinha muito mais a aparência de uma morta viva, do que de uma pessoa, um ser humano.Não suportava lembrar da noite de merda que eu tive ontem, os acontecimentos passavam em minha mente, eu estava completamente perturbada, por qual motivo eu ainda acreditava que isso tudo vá parar, às vezes tenho a vontade que seja tudo um pesadelo, que em alguma surra, em meio aos socos, tapas e puxões de cabelo eu na acordar, acordar com o cheirinho de café que minha mãe preparava e com o bom dia da minha filha prima, de quando éramos uma família.
Meu pai chegou bêbado e acho que até mesmo drogado ontem a noite, assim como todos os dias, eu estava dormindo no meu quarto quando ele me acordou para fazer comida para ele vê se pode tinha chegado em casa MORTA de cansada depois de um dia cansativo no meu trabalho para sustentar a casa, por que ele não trabalhava so vivia na rua . No primeiro momento não entendi o que estava acontecendo depois que meu raciocínio entendeu aquela presepada, no mesmo instante me neguei a fazer porra de comida eu tava dormindo, so deu tempo de ouvir o tapa que ele me deu. Logo senti meus cabelos sendo puxados depois foi a surra de cinturão, minha pele ardia por completo ,ele tirou o chinela e me pegou pelo braço e começou a me bater com ambos, o que ele via na frente me tacava eu fiquei incrédula que meu próprio pai teve coragem de fazer aquilo de novo... bom eu sei que ele ja fez isso antes, so que eu achava que por um momento nunca aconteceria novamente, pareço uma criança que acredita em papai noel, eu acreditando que que seria a última vez.
Afastei meus pensamentos quando cheguei na porta do hospital, sentia o sol quente em meu rosto, olhei para meu braço e vi as marcas, tudo estava dolorido, mas principalmente meu coração, meu próprio pai, alguém que iria me proteger. Logo entrei e fui em direção a recepção.
—Bom dia! Exames ou consulta ?— a enfermeira me perguntou com um olhar doce.
—Bom dia! Consulta por favor!— dei um sorriso.
—Cartão do sus —
Entreguei meu cartão do sus e o necessário para marcar a consulta, olhei o relógio e havia se passado 30 minutos e então, ouvi meu nome ser chamado, ja não aguentava de tanta dor, depois da surra que levei sentia uma dor tremenda quando respirava.
—Bom dia! O que a jovem vem sentindo ?— o médico perguntou.
—Bom dia! venho sentindo muitas dores em especial quando vou respirar doutor— disse sentando com calma.
—Então, vamos fazer um rapido exame, deitesse aqui um minuto— ele levantou e se direcionou a maca.
Fiz o que ele ordenou, levantei da cadeira e fui ate la, seguindo suas ordens respirava e soltava o ar devagar, não conseguia ir muito rápido, agradeci mentalmente quando o medico pediu para ir devagar, notei que suas feições foram mudando, ele ficou totalmente assustado a medida que me examinava.
—Levou alguma pancada nesses últimos dias ? ou algum acidente aconteceu com você?— ele pegou o estetoscópio e direcionou as minhas costas.
—Bom digamos que sim, então o que tem de errado ?— tentei suavizar a situação que me encontrava.
—Vou lhe pedir para mostra sua barriga, não se sinta desconfortável faz parte do exame.—
Levantei um pouco minha blusa e no exato instante que os olhos do médico percorreram minha barriga e encontraram as inúmeras marcas, os roxos e a pele vermelha. Seu semblante mudou completamente, seus rosto estava preocupado e horrorizado.
—Minha nossa, a senhorita tem ematomas que não foram feitos por um acidente, o que houve ?—
Eu não tinha certeza do que fazer, so que contei, comecei a contar tudo a ele e quando terminei pude perceber as lágrimas que desciam sobre meu rosto.
—Minha jovem— guardou o estetoscópio— o que você esta passando se chama violência, um tremendo abuso e pelo que me contou esta ficando cada vez maia recorrente, sei que não nos conhecemos mais lhe dou um conselho— respirou fundo— Va a delegacia denúncia todas essas agressões e saia do teto desse homem antes que seja tarda demais! —
Senti meus olhos arderem, meus olhos estavam inchados e vermelhos de tanto chorar, no entanto eu sabia o que estava acontecendo, sabia que se não denunciasse e saísse daquela casa, algo bem pior iria acontecer, muito provavelmente seria comigo, ver aquele senhor me dando um conselho e preocupado comigo era doloroso, um estranho me alertando do perigo que meu pai se tornou. No final de tudo, meu pai virou o monstro das histórias de terror que minha mãe contava quando eu era criança, antes eu tinha medo e corria para ela, agora isso é impossível, minha mãe não está mais aqui. Os monstros não são mais fictícios ele está na minha casa, ele é meu próprio pai.
—Muito obrigado!— dei um sorriso em direção ao médico.
— Ouça criança. Por favor, saia dessa situação. Vá embora, saiba que um lugar seguro irá te fazer bem, sei que tem algo muito bom a sua espera— ele sorria.
Agradeci novamente, pelo conselho, ele passou antibióticos para dor e me direcionei para saída. Senti uma brisa leve e reconfortante, hoje eu vou mudar, tomei a minha decisão, sei que se não fizer nada irei sair morta de lá, prefiro viver, prefiro ser feliz, eu vou ser felizPRIMEIRO CAPÍTULO, SE ALGUÉM LER KKK, ESPERO QUE GOSTE.
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