Ele me olha desde o instante em que começamos a subir e isso já está me dando nos nervos. Não me movo e nem falo nada. Se ele quer conversar então que ele tome a atitude de manifestar.
- Quer dizer que para a Srta. eu sou gay? - ele me fita. - Me diga, como pode ter tanta certeza de uma coisa sem ao menos saber da história?
Eu me seguro para não rir, isso já era querer muito da minha parte. Me encosto na parede do elevador assim como ele. Ele me testa com alguns olhares, mas não resisto e começo a falar.
- É minha opinião. Pode ser tudo faixada sabe? As modelos, as fofocas nos blogs. - digo sem ao menos filtrar as palavras antes de coloca-las para fora.
Ele ri.
- Eu poderia mostrar- lhe o que é verdade.
Meu coração começa a saltitar dentro do meu peito, eu não sei o que dizer, nem fazer. Fecho meus olhos e peço para que qualquer coisa aconteça para que ele pare de me olhar. Quando voltei a abri-los vejo que os seus estão em um verde intenso mais do que o comum e como se eu perdesse a noção de tempo e espaço.
A luz começou a abaixar sua intensidade até que ficou quase apagada e com isso o elevador parou também.
- Eu pedi qualquer coisa, menos ficar aqui com ele. - sussurro para o teto como se estivesse falando com alguém lá de cima.
- Excelente. - seu tom não foi nada agradável.
Os primeiros dez minutos pareceram horas e eu quis morrer. Com a queda de energia o ar condicionado não funcionava, sendo assim comecei a me abanar feito louca. Me sentei no chão e tirei me blazer,minutos depois tirei o sapato. Comecei a me perguntar se eu morreria ali ou se o cara lá de cima estava só de sacanagem comigo.
Passado quase meia hora eu comecei a me desidratar, e pra piorar Bennet começou a abrir os botões da sua camisa, e sim, isso teve um enorme, gigantesco efeito sobre mim.
- Que droga você está fazendo? - pergunto recuperando o ar que com certeza não tinha.
- Estou com calor, não é só você que tem direito de se sentir menos desconfortável aqui.
Reviro os olhos.
Ele só confirmou aquilo que eu imaginava, na verdade ele era bem mais do que eu imaginava. Seus músculos eram como os dos deuses gregos, seu abdômen definido e com gominhos, eu podia jurar que estava babando.
- Gosta do que vê?- ele pergunta com um sorrisinho de canto.
- Já vi melhores.- bufei.
Mentira. É claro que eu já havia visto caras musculosos e bonitos, mas Bennet tinha algo que era incomum. Algo mais atraente do que o normal e convencional.
- Melhores? - ele se aproxima.
Fiz que sim com a cabeça. Ele está perto demais, posso sentir seu hálito de whisky e com nossa aproximação arrepio ao perceber que meus seios estão contra seu tórax.
- Muito melhores.- atiço.
Seus movimentos foram tao rápidos que quase não acompanhei. Ele leva minhas mãos para cima de minha cabeça me impedindo de me mover. Meu coração acelera e minha respiração se torna irregular.
- Srta. Marshall, por que veio com essa saia? Não a acha muito curta?
Não acredito que ele tocou no assunto da saia. Sei que estou com Bennet e não com o cretino do meu chefe.
Abafo o riso.
- Está um dia quente e eu gosto da saia. Você não?- morro o lábio.
Seu sorriso me enfeitiça e sinto que vou derreter.
- É muito indecente para o trabalho. Tem chefes que a mandaria embora por isso.
- Tenho sorte de ter o chefe como o senhor, não? - sussurro em seu ouvido.
- Se tem. - ele beija meu pescoço e me arrepio com a tortura.
a sensação de seus lábios finalmente em mi é revigorante.
- Você não vai me soltar?- pergunto curiosa.
E por dentro rezo que ele diga não.... Diga sim....não. Merda.
- Não estou satisfeito.
Um frio percorre minha espinha.
- O que está pensando? - pergunto querendo ouvir sua voz rouca.
- Coisas inimagináveis, Marshall. - ele sussurra perto da minha boca.
Me aproximo e digo:
- Não fique só na imaginação.
Ele se afasta e sua expressão é de pura surpresa, por um minuto penso que ele vai desistir e me soltar, mas vejo o fogo em seus olhos e então ele me atacou violentamente com a sua língua num beijo cheio de prazer e desespero, suas mãos liberam as minhas e no mesmo instante mergulho meus dedos em seu cabelo trazendo - o para mais perto.
Era maravilhoso poder beijar e tocar ele, suas mãos passaram pelas minhas costas e pararam na altura da minha bunda e sorrio com a ação e ele retribui com uma mordida selvagem no meu lábio inferior, em seguida cola sua testa na minha.
- Que merda você fez comigo?- sua voz sai arrastada.
Gostaria muito de saber o que ele havia feito comigo. Nos afastamos após alguns segundos compartilhando o mesmo ar e nos ajeitamos pois a energia voltaria a qualquer momento e eu não queria ser pega pelas câmeras beijando meu chefe.
Pego meu batom para retocar, mas antes que minha boca fique da cor desejada Bennet me puxa para um beijo. O telefone do elevador tocou me tirando da minha bolha, ele me solta e atende a ligação.
- Sim.- uma pausa - Ótimo. Espero que isso não volte a acontecer. - ele desliga.
Ele pega seu smoking do chão e para no caminho entre minhas pernas, dá um beijo e se levanta.
- As luzes irão acender, se arrume que as câmeras vão ligar.
Bennet Carter, o CEO está de volta, em segundos o elevador volta a subir e quando as portas se abrem em nosso andar ele é o primeiro a sair sem nem olhar pra trás.
Ótimo. Voltamos a estaca zero onde eu sou a secretária e ele o cretino. Merda de dia.
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Diamante irresistível
RomanceSérie Diamante • Livro 1 Carrie trabalha na prestigiada empresa de joias, Empire. Vivendo um sonho, morando em Nova York com as amigas, ela só quer uma melhor posição na empresa e viver bem. Já Bennet, o CEO que está em um momento ótimo de sua carr...