BENNET
Depois que Carrie saiu da sala, votei a trabalhar. Não poderia me dar o luxo de ficar pensando em desculpas para dar a ela. Alguem tinha que ter os pés no chão.
Passei um tempo resolvendo alguns problemas.O telefone toca.
- Fala.
- Por que eu achei que você ia ser educado? - a voz de Natalie soa. - William quer falar com você.
- Ah, claro, e ele fez a empregada me ligar. Diga a ele que já estou indo.
Sorrio.
- Ha. Ha. Ha. - ela força uma risada. - Pelo menos a empregada dele ESTÁ com ele, no trabalho e na cama. Tchau Bennet.
Eu desligo.
Que porra. Natalie era como uma cobra a espera para dar o bote. O pior de tudo? Ela estava certa. Pelo menos ela estava com William, transando e fazendo coisas, já eu já estava longe disso.
Mas no fundo, sei que estou bem assim. Qual é? Por que eu iria querer ficar com alguem? Tipo exclusivamente. Iria ser só eu e ela. Isso não era pra mim. E eu não era pra ela.
Antes de descer passo na mesa de Carrie.
- Marshall, envie esse papeis ao rh, e providencie essas coisas - entreguei lhe varias folhas. - E não se esqueça de falar com o piloto, temos uma viagem daqui a uma semana, espero que seus documentos estejam em ordem. Está tudo ai.
Entro no elevador , e antes que as portas se fecham tenho o prazer de ver o pavor em seu rosto. Isso.
★.
Chegando ao andar de marketing, fui andando até a sala de meu irmão. As pessoas começaram a se ajeitar como se estivessem fazendo algo errado. Abro a porta e Natalie está na frente dele trabalhando.- Ah que ótimo, o chefinho chegou. - ela murmura.
- Srta. Campos poderia nos dar licença? - ajo formalmente.
Escuto alguns risinhos e então ela se levanta.
- Parece que o elevador te fez ser mais educado. - ela sussurra.
Fico em pé esperando que ela saia. Natalie deu a volta na mesa e deu um longo beijo em Will, sorri e finalmente está vindo em direção a porta.
- Ou será que foi a falta de Carrie que fez você ser mais gentil? - ela sai andando.
Fecho a porta e cerro os punhos.
- Que porra Bennet, você está péssimo. - a voz do meu irmão soa com ironia.
- Bom, depois dessa cena, como acha que eu estaria? Aliás, vocês sabem da política de relacionamento aqui, não é mesmo? - abro o botão do blazer e me sento.
- Vá se fuder, aposto que você não vai pensar nisso quando estiver fudendo a Carrie na sua mesa. - as palavras dele foram tomando forma em minha mente. Merda. Isso seria bom demais.
Will me dá um copo e se senta em sua cadeira.
- Agora me diga, você está bem? - ele pergunta e dá um gole na bebida.
Encosto o copo na boca e sinto o cheiro do Whisky. Automaticamente me lembro do apartamento de Carrie.
- Eu pareço bem? - retruco e bebo o liquido.
Will se encosta na cedeira e sorri.
- Vai, me conte o que ela fez?
Ele me serve mais um copo e penso se vou beber. Não quero acabar bêbado.
- Quem? - pergunto franzindo o cenho.
- Carrie é claro. De quem mais estaríamos falando?
Limpo a garganta.
- O que te faz pensar que em toda uma cidade de mulheres, logo ela seria meu problema? - minto.
Ele gargalha.
- Qual é Ben. Somos irmãos, de vez em quando eu durmo na sua casa. Você não precisa esconder nada de mim.
- De vez em quando? - pergunto enfatizando o que ele disse e tentando sair do assunto. Onde ele quer chegar com isso?
Seu copo é enchido novamente.
- Não tem nada a ver com ela. - digo por fim.
- Eu sei. É a falta dela. Ela é seu problema, sempre foi. Os olhares, indiretas e até os ataques de ciúmes. Tudo tem deixado você tão puto. Posso sentir o cheiro da falta de sexo em você. Eu até tento arracar alguma coisa de Natalie, mas ela não abre a boca sobre vocês.
E pela primeira vez na vida agradeço por Natalie não contar nada. Se fosse outra, provavelmente já teria dito a muito tempo.
Esvazio meu copo. O liquido queima, mas parece não ser nada em relação a minha vida.
- Ninguém precisa me afirmar nada, ela é a única mulher existente na terra que te tira do sério. Todos sabem disso, todos vêem isso. Ela é uma espécie de ... - Ele fecha os olhos como se estivesse procurando a palavra para descreve-la.
- Cretina. - completo.
Rimos.
- Não era isso, mas eu descobri uma coisa interessante sobre vocês.
Filho da puta, está jogando comigo.
- O que?
Ele se vira totalmente para mim.
- Você a odeia, porque ela é independente, ela não fica correndo atrás de você feito um cachorrinho, ela te desafia e você por sua vez, gosta por não saber lidar. É por isso que gosta dela. É física. Os opostos sr atraem. Você é um filho da puta, mas ela quando quer é pior.
- Bela teoria, Stephen Hawking. - sorriso.
- Pode zombar, mas você sabe que estou certo.
Me levanto e mostro o dedo do meio para ele.
- Tenho que voltar ao trabalho e você também, pare de pensar na minha vida e cuide da sua, Natalie parece tanto complicada.
Ele se encosta novamente na cadeira.
- Você não sabe o quanto. - ele sussurra.
Já estou na porta, pronto para sair.
- E tente não ficar bêbado.
Saio.

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Diamante irresistível
RomanceSérie Diamante • Livro 1 Carrie trabalha na prestigiada empresa de joias, Empire. Vivendo um sonho, morando em Nova York com as amigas, ela só quer uma melhor posição na empresa e viver bem. Já Bennet, o CEO que está em um momento ótimo de sua carr...