cap 18

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BENNET.

Pelo menos, Natalie prestava para alguma coisa além de ficar me atormentando. Acho que isso tudo é por causa de mim e Carrie. Pelo o que sei, elas são como irmãs.

Resolvi passar na casa dos meus pais para jantar, já que em casa não tinha nada além de frango e salada e eu também não queria ficar sozinho.

Estacionei o carro e entrei, a sala estava vazia, o que eu estranhara. Fui em direção a cozinha onde tinha certeza de que minha mãe estaria. Como quando eu era pequeno, minha mãe veste avental e está cozinhando como se fosse algo relaxante a se fazer.

- Achei que o meu filho não me daria a honra de sua presença novamente. - ela falou de costas me dando um susto.

Sorri por alguns segundos.

- Claro que não, mãe. A sra. sempre vai ter preferencia na minha vida. Você sabe disso. - dei um beijo em su cabeça.

- Onde está Carrie? - ela me perguntou, me deixando congelado.

Pensei um pouco em alguma resposta coringa e por mais fácil que parecesse, minha mãe tinha um radar para captar mentiras, eu teria de ser bem convincente.

Ela se virou para mim e colocou as mãos na cintura.

- Bennet, não pense tanto. Só ponha pra fora.

- Ela estava indisposta.

- Espero que ela fique melhor e que não seja nada serio.Vocês não estão esperando um filho, não é mesmo?- O que? Ta doida? Minha mãe não podia ser mais inconveniente.

- Mãe! - a repreendo.

- Bennet, querido, é a lei da vida. Vai acontecer alguma hora. - ainda meio tonto com o começo de convensa me sento e respiro um pouco.

Por qual motivo minha mãe pensou nisso?
- Seu pai está no escritório, vá falar com ele.

Dei um beijo em sua cabeca novamente e fui para o escritório, abri a porta e meu pai estava fumando, sentado olhando a vista da janela que dava a lateral da casa.

- Esperando alguem? - perguntei.

Ele se virou e me analisou por alguns segundo. Contínuo em pé com a mãos nos bolsos da calça.

- O que está fazendo, aqui? - ele pergunta.

- Não achei que estivesse proibido de visitar a casa dos meus país.

- Não está. - seu tom foi rude.

O charuto que estava em sua boca foi apagado em segundos.

- Não vou contar a mãe que está fumando, não se preocupe. - falei.

Seu olhar poderia ter me matado se essa fosse a intenção.

- Desculpa, não sabia que teria que pedir permissão ao meu filho já criado.

OK, eu estava começando a estranhar.

- O que está acontecendo? - pergunto. - Você está rude e sendo frio.

Ele sorri.

- Quero que termine seja lá o que estiver acontecendo entre você e Carrie.

Então esse era o motivo de tanta ignorância? O que ele tinha a ver com Carrie?

- Eu não acredito. Pai, eu não tenho nada com Carrie e mesmo se tivesse, sou adulto, pago minhas contas e me responsabilizo pelos meus atos, se é isso com que o senhor está preocupado.

Ele se levantou da cadeira e apoiou as mãos na mesa.

- Eu sei que vocês estão tendo alguma coisa. Eu vejo. Sua mãe até pensa que vocês são um casal.

- E dai? - estendo os braços - o que há de errado nisso?

- Não é a verdade Bennet. Isso que importa.

- O senhor por acaso é apaixonado por Carrie? - as palavras saem sem ao menos serem autorizadas.

Por que, deus, eu disse isso?
Meu pai deu a volta na mesa e se aproximou de mim.

- Jamais repita isso, ouviu bem? Eu sou casado a trinta anos com a mesma mulher e não teve se quer um dia da minha vida que eu desejasse outra. Carrie é como uma filha para mim, me importo com ela como me importo com as suas irmãs.

- Qual é o problema então? - estreito os olhos.

- Eu conheço muito bem o filho que tenho. Sei como funciona suas relações com as mulheres, Bennet. Não me venha com " qual é o problema". - ele aponta o dedo na minha cara. - Você vai fazer com ela o que faz com todas as outras. Isso não é certo. Talvez seja hora de crescer. Ficar pulando de cerca em cerca, vai acabar cansando.

Ele só podia estar brincando. O que realmente está acontecendo com ele? É andropausa? Porra.

- Já passou pela sua cabeça que eu não sou mais um muleque, que eu não preciso mais da sua supervisão, que eu cresci e sou dono da minha vida. Se eu quiser ficar com a Carrie e ela também, nós vamos ficar juntos.

Ele gargalhou falsamente.

- Você está louco? A única garota por quem você se apaixonou foi Meredith e bom, o resultado não foi lá dos melhores.

- Sabe, pai, eu gosto dessa confiança que o senhor tem em mim, é tão encorajador. Fique sabendo que eu não sou mais aquele cara. Sim, eu gosto de sair com mulheres, e dai? Se eu tiver que assumir um relacionamento, mesmo que não seja com Carrie, com qualquer outra mulher eu vou assumir, sou capaz de estar com uma mulher se eu quiser, mas não vem com essa historia de que eu sou galinha. Já passou pela sua cabeça que talvez eu era assim por não ter tido uma presença paterna correta? Uma orientação talvez?

- Eu estava trabalhando para sustentar a minha familia. - ele grita.

- Ótimo e agradeço, mas não venha me cobrar a atitude adulta. O senhor tem dinheiro o suficiente para a familia agora, vê se não estraga o tempo que você ainda tem com Callie, ela já esta crescendo. Avise minha mãe que perdi a fome.

Sai de lá esgotado. Não que eu vá ter um relacionamento com Carrie, mas ele não podia interferir na minha vida e na dela achando que eu devo me privar de viver só porque ele está com medo de algo dar errado. Eu decidia por mim mesmo. Merda. A noite já estava arruinada.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora