cap 31

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Dor de cabeça. Parece que tem pessoas pisando na minha cabeça. Nem sei o que aconteceu, só lembro de de comer e conversar e tudo depois disso foi apagado. Espero não ter feito nada que eu me arrependa.

Ainda estou com a roupa de ontem. Corri para um banho e para eliminar todo o vestígio de vergonha. Faço minhas higienes e saio do banheiro para me trocar.

- Ahhh!- gritei assim que bati o olho em Bennet sentado em uma cadeira no meu quarto.

Me combri ou tentei com meus braços. Ele me olha sem ao menos disfarçar

- Fecha os olhos! - gritei de novo.

Fechei os olhos. Meu deus, por que comigo?

- Por que você está aqui?! - maia um grito.

Ele está quieto. Abro os olhos e vejo que está sorrindo.

Corri para pegar um lençol e acabei caindo do lado da cama.

- Você está bem? - ouvi sua voz se aproximando.

- Fica ai. - gritei. - Não se aproxime.

- Então para de gritar. - sua voz sai risonha.

Peguei o lençol e puxei da cama para me cobrir.

- O que você está fazendo aqui?

- Vim ver como você está.

Me encolho no lençol e fecho a cara.

- Já viu. Agora pode ir.

Ele se aproxima e rezo mentalmente para que ele se afaste. Me levanto com o lençol e o afasto com a mão.

- Bennet, você tem que sair. Agora. Se você não for vamos acabar...

Ele toca na minha mão, me puxa pelo braço e me gruda a si.

- Vamos acabar o que você começou ontem. - ele sussurra. - No elevador, no corredor...

O que eu comecei ontem? O que quer dizer? Meu deus, o que eu fiz ontem???
Afasto ele com a mão e a outra segura o lençol e agora estou com uma forca de vontade que eu não sei de onde tirei.

- Você vai sai agora. Por que sr não eu vou chamar os seguranças, as 11 temos que ir para o aeroporto. Eu tenho que me arrumar e me focar em ser a secretária e você o chefe. O chefe. Entendeu?

Ele colocou as mãos nos bolsos e foi em direção a porta.

Me queationei alguns segundos. Olhei ao redor para analisar minhas coisas, tentei lembrar em que momento eu dei minha chave para ele.

- C- Como você entrou aqui? - pergunto curiosa. Muito curiosa.

- Ahh, foram tantas coisas, elevador, no corredor. - ele fala sorrindo.

Jogo um travesseiro em sua direção.

- Saí!

Dessa vez ele obedece e sai.

Eu não posso ter transado com ele. Eu me lembraria. Certo?

- Carrie, pelo amor de Deus, não pira agora.

Natalie. Se aconteceu alguma coisa no elevador ela deve ter ouvido. Tem que ter.

Me troco no pulo, arrumo minhas malas.

- Agora, vamos para a hora da verdade. - falo para mim mesma. - Nada aconteceu. Você se lembraria. Certo?

Confiante. Tem ser confiante. Eu sei que eu não fiz nada. Nada.

Bato na porta de Natalie. Nada. Bato de novo.

- Natalie! Agora! - Grito.

Ouço passos e o click da porta.

- Você não podia esperar? - ela pergunta.

O cabelos está bagunçado, está com calça e o sutiã. E algo que eu realmente não quero e nem mereço ver.

Will está deitado pelado com apenas um travesseiro cobrindo o que eu não quero ver. Pelo menos não dele. Que isso? Não quero nada de ninguém.

Coloco minhas malas dentro do quarto e sento na cadeira que está na perto da mesa.

- Will, vai se trocar. - pego o travesseiro que está no chão e jogo nele. - Agora.

Ele se enrrola no lençol e vai para o banheiro. Rio com a lembrança, mas apago o sorriso na hora.

- Pode falar agora. - ela sente na cama e começa a abotoar sua camisa.

- Você subiu cedo ontem. - falo

Ela estreita os olhos.

- Isso foi uma afirmação ou uma pergunta?

- Uma pergunta.

- Sim, subi. Com Will.

- Certo.

Ela penteia o cabelo e faz um coque baixo.

- Você ouviu alguma coisa no corredor?

Não. Responde não.

- Depende, por que? - ela sorri.

- É que eu preciso saber se eu estou louca. - falo. - Quero ter certeza se você ouviu alguma coisa no corredor.

Ela se levanta e vai ate o outro lado do quarto e volta com um sapato na mão.

- Na verdade, eu ouvi sim. Umas batidas, alguns suspiros, uns barulhos estranhos. Era você?

Droga.

- Não. Então tá. Te vejo lá em baixo.

Desço cominhas coisas e deixo na recepção. Vou para o restaurante do hotel onde encontro Bennet em uma mesa.

- E então? Está bem? - ele pegunta.

- Muito bem. - respondo. Que nada, estou toda confusa e desmemoriada.

- Tem agua, caso você esteja de ressaca e suco de maracujá. - Ele fala enquanto está mexendo no celular.

- Está dizendo que eu sou bêbada e que preciso me acalmar? - estreito os olhos.

- Claro. Na verdade eu quero beijar a sua boca sóbria e não bêbada de caipirinha. - ele sorri.

Ele está de social, mas sem o blazer dessa vez, só a camisa e que dessa vez está aberta no inicio do peito.

- Eu não fiz nada ontem. Eu saberia.

- Claro. Continue assim, mentindo parar si mesma.

Já era hora de ir ao aeroporto, as malas já estavam nos carros e eu também.

- Por que demorou? - pergunto a Bennet que foi o ultimo a sair do hotel.

- Uma pequena pendência. Mas já estou aqui. Aposto que sentiu saudades...

Sorri.

- Não exagera. - cuspi.

- Da minha boca. - ele termina.

Inferno de carro, de lugar. O sol está de matar, mas eu vou morrer é de abstinência.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora