cap 32

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Passamos por mais dois estados para a compra das pedras. Carrie participou de toda a negociação, ela queria saber se o valor era jus ao produto.

Estamos hospedados em um Hotel no Rio Grande do Sul. Não escostei em Carrie em nenhum segundo nessa viagem, o que está me enlouquecendo. Não é nossa ultima parada.

- Vamos. - Carrie puxa minha mão para irmos para a nossa última compra.

Nos aproximamos na medida do possível. Já fazíamos piadas ou riamos.

Entrei na sala reservada para nós e repeti o processo de todas as negociações. Os fornecedores nos entregaram um saquinho pequeno. Carrie tirou as pedras e começou a analisar.

- São rubelitas legitimas? - ela pergunta a um dos fornecedores.

- Sim, senhora.

Carrie se levanta e abre as cortinas da janela e a luz do sol entra. Não entendi o que ela queria fazer. Eu não lidava com essa parte de saber o qual era a diferença entre a Rubelita ou uma turmalina.

Natalie se aproxima dela só observando os movimentos.

- Algo errado, Care?

Carrie pega a pedra de um tom rosa escuro e leva para a luz do sol.

- Se a pedra demonstrar manchas ou mudar de cor é uma turmalina, mas se ela se manter nesse tom é uma Rubelita. - ela explica.

Esperamos as mudanças, todas eram rubelitas legitimas. Fechamos negócio e finalmente poderíamos relaxar. Depois do almoço, fomos direto para o aeroporto para nossa última parada.

- Nervosa? - Natalie perguntou a Carrie que estava senta ao seu lado na poltrona.

- Nem tanto.

As duas foram para o quarto enquanto eu e Will ficamos conversando.

- É cara, parece que vamos conhecer as familias. - Will parece tenso.

- Por algum acaso você está nervoso? - provoco.

- O que você acha? - ele dá de ombros - E não finja que você não está também.

Me sento ao seu lado.

- Eu não estou. É você que namora, eu sou apenas o chefe e talvez o amigo. - respondo.

- Vai se fuder. Você não está ajudando.

Dou gargalhadas.

- Não vamos ficar por tanto tempo, no maximo uns três dias. Temos que trabalhar, isso não são férias.

Ele torce a cara.

- E você e a Carrie? Deve ter rolado alguma coisa.

Nego com a cabeça.

- Como não? Eu ouvi vocês rindo no seu quarto naquele hotel.

- Estávamos bêbados, mas não rolou nada. Como eu disse, sou o chefe e o amigo. O apertado aqui é você.

- Eu já ouvi, kenna. - escuto Carrie falar no telefone.

Ainda estou me trocando, ela disse que queria me levar para conhecer alguns lugares da cidade. Eu claro não neguei.

- Bennet, se você demorar maia eu irei sozinha - ela bate na porta do meu quarto.

- Terminei. - falo enquanto abro a porta.

Ela está com um vestido de flores azuis, uma sandália de salto e os cabelos soltos. Nunca tinha visto ela assim.

- Você está bonita. - falo.

Ela dá um sorriso tímido e me olha.

- Vamos.

Descemos até o hall e ela parecia nervosa. Saímos do hotel e um carro está a nossa espera. Abro a porta para que ela entre.

- OK, por que você está tão nervosa? - pergunto ligando o carro.

Ela morde o lábio inferior e tento ignorar essa ação e me concentrar na sua resposta.

- Não é nada.

Olho para as mãos dela e vejo que estão inquietas.

Segui o GPS, passamos por varias ruas e paramos em frente a uma casa de faixada branca e com vidros.
Desligou o carro e encaro ela.

- Carrie, o que está acontecendo? - pergunto aflito.

As mãos continuam inquietas.

- Olha, você não pode pirar. - ela gesticula com a mão. - Eu tinha que vir, faz mais de dois anos que não venho aqui e... - sua voz falha.

Não sei se rio ou se a conforto.

- Se você não falar, eu não vou saber.

Olho para ela e vejo que está de olhos fechados.

- Carrie!- chamo sua atenção.

- Está é a casa dos meus pais. - ela poe pra fora e cobre o rosto com as mãos.

Entendo o motivo de ela estar assim. Automaticamente penso em Will. Filho da puta deve ter me desejado isso. Como será que ele está indo?

- Fala alguma coisa. - ela sussurra.

Eu não sei o que dizer. Que papel eu era aqui?

- Então vamos ver sua família. - suspiro.

Ela murcha a cara.

- Quer saber, se você quiser ir embora, nós podemos ir agora. - ela propõe.

- Já estamos aqui. - respondo.

Saio di carro, abro a porta para que ela faça o mesmo.

- Vamos logo. - ponho a mão em suas costas e começamos a andar em direção

Carrie bate na porta e esperamos.

- Nós somos a... - ela foi enterrompida pela mulher que abriu a porta.

Aparência de uns quarenta anos, morena de olhos verdes, o cabelo castanho escuro enrolados.

Ela vai em direção a Carrie e a abraça.

- Achei que não veria minha filha novamente.

A mãe de Carrie fica mais uns segundos abraçada a filha, enquanto eu estou parado com as mãos nos bolsos esperando algo. Elas se desgrudam e então a mulher se volta para mim.

- Mãe, esse é o Bennet. - Carrie nos apresenta - Bennet, essa é minha mãe. Izzie. - nos cumprimentamos.

- Vamos, entrem. - Izzie fala. - Quero saber de tudo.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora