cap 29

210K 13.9K 1.9K
                                    

Louca. Eu estou ficando louca. Sai do quarto a corri para a cozinha. Procurei silenciosamente pelo álcool. Achei a garrafa de Bourbon e peguei um copo.
Bebi duas doses, mas resolvi levar pro quarto, na ala de descanso dos funcionários havia somente uma aeromoça e um cozinheiro e eles estavam dormindo. Andei normalmente ate o corredor, reparando nos detalhes.

- Realmente muito dinheiro. - sussurro pensativa.

Passo pela porta do quarto de Natalie e eu queria que por um segundo eu fosse surda. Podia até se confundir com uma turbulência.

- Ahhhhh ... Meu deus ... William ... Ahhhh ... Mais rápido...

Eu não poderia, mas sim, me excitou um pouco. Não pelo fato de ser os dois, mas por mim e ...

- Argh. - entrei no meu quarto e bati a porta.

Felizmente Bennet não estava na cama, provavelmente no banho. Me sento na cama e me sirvo novamente. Espero ficar alegre rápido, por que não aguentaria ouvir Natalie e Will transando feito loucos enquanto eu teria que me controlar a noite inteira e lidar com o fato de que o gostoso e cretino do meu chefe dormirá ao meu lado.

Fecho os olhos implorando para o sono chegar. Um clique me assustou e me ajeitei para ver o que era.

Molhado. Todo molhado. Carter maldito saiu do banheiro somente com a toalha na cintura. Ele passa as mãos no cabelo molhado e sorri. Merda. A temperatura parece estar subindo.

- Eles poderiam fazer menos barulho. - sua voz sai roca e eu só concordo sem ao menos saber do que se trata.

Me concentro na gota d'agua que está escorrendo pelo seu abdômen e se perdeu na toalha. A como eu queria que fosse minhas mãos.

- Quer alguma coisa, Srta. Marshall?

Desperto.

- Ahhhhhhh ... Ahhhhhh ... - e finalmente a voz de Natalie falhou.

Fechei os olhos para acalmar todos os meus nervos e hormônios.

- Eu ... Acho ... - minha voz falha também.

Bennet pega uma toalha menor e começou a secar o cabelo. Meus olhos focavam em seus braços, em seu abdômen, em seu rosto. Em tudo.

- Quer alguma coisa? - ele volta a perguntar, mas desta vez com a voz lenta como se estivesse me hipnotizando.

- Você - minha voz saiu falha e trêmula.

Ele dá aquele sorriso de canto matador e me pergunta novamente.

- Você ... Quer um gole ? - contornei a situação. Levanto meu copo

Seu corpo se movimenta em minha direção, ele praticamente engatinha pela cama até chegar bem próximo a mim. Os olhos verdes desconcertantes.

- Aceito. - ele sussurra.

Levo o copo até sua boca e o inclino para o liquido descer. Ele esvaziou.

- Acho que chega de álcool por hoje. - sua voz me arrepia. - Você precisa estar sóbria para o que vai acontecer.

Engulo seco.

Ele tira o copo de minha mão e põe no tapete. Seu corpo se aproxima mais e eu enrubesço.

- Boa noite. - ele fala me dando um beijo na testa. Meu corpo todo congela e com certeza eu perdi todo o raciocínio. Quando seus lábios se afastam da minha testa, sinto que ele está me olhando.

- B-B-Boa ... Noite. - consigo pronunciar

Ele rola pela cama e se deita.

O que foi isso? O que ele está pensando? Não vou dar esse gostinho a ele. Cérebro querido, trate de ser racional.

Sinto a temperatura subir, mas não quero abrir meia olhos para saber o que é.

Estou abraçada a algo.

- Acorda. - alguém me balança.

- Não - falo sonolenta.

Me balançam de novo.

- Ta. Acordei.

Me levanto e vejo que é Natalie. Ela mudou de roupa, está de vestido preto formal.

- Meu deus. Que horas são? - pergunto mexendo no celular.

- Daqui uma hora e meia vamos pousar, você tem que se trocar e tomar café. - Ela fala mexendo nos cabelos.

Arrumo coragem e me levanto da cama. Corro para o banheiro e tomo um banho um pouco demorado. Me enrolo em uma toalha e saio.

- Aaaa! - grito quando vejo Bennet no quarto.

Ele se assusta e franze o cenho.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto.

Ele começa a rir.

- Só vim pegar minha pasta. - ele aponta para a pasta que está sobre a mesa.

Olho para cama e Natalie está tentando não rir com a situação. Começo a rolar os olhos pelo quarto para não ter que encata-lo. Minha visão panorâmica vê Bennet chegar mais perto de mim e sussurra no meu ouvido.

- Eu senti você está manhã. Estava toda agarrada a mim. Mas saiba que eu não vou toca-la até você pedir.

E assim me deixou. Fiquei estática.

- Nossa, vocês estão loucos para estorar, né? - ela fala rindo.

Regularizo minha respiração e volto ao que eu estava fazendo. Visto minha calça, a camisa e meu sapato. Me sento em frente ao espelho e começo a arrumar meu cabelo.

- Você e Will poderiam ter feito menos barulho esta noite, né ? - pergunto.

Ela da um risinho.

- Não mesmo. Eu nunca tinha feito sexo nas alturas, literalmente.

Em poucos minutos fomos para a sala onde encontrei a mesa cheia de comida.
Tomei o meu café e depois fiquei conversando com Natalie.

- Olha - ela apontou para a janela. - Estamos chegando.

Olho na janela e vejo a terra debaixo de nós.

- É. Chegamos. - suspiro e me sento.

Vamos lá.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora