Encaro o anel de diamante gigantesco que meu irreversível futuro marido me deu. Ainda não acredito que ele tenha achado um dos meus trabalhos mais antigos. Fico repassando o pedido feito há uma semana toda vez em minha cabeça, vinte e quatro horas por dia.
- Trouxe pudim. - Kenna fala ao entrar no meu quarto com um prato de pudim.
- Aí meu Deus, você demorou séculos com isso, que droga. - reclamo.
- Eu vou te dar um desconto por você ter levado um tiro. - minha irmã revira os olhos e se senta na poltrona bege ao lado de minha cama.
- Foram dois tiros - falo.
- Foi um, o outro foi de raspão.
- Kenna eu senti a dor dos dois tiros que acertaram em mim. - insisto.
- Ok, senhorita levo tiros e não morro.
Oh, já ia me esquecendo, trouxe o que você pediu, foram os mais bonitos que encontrei. - ela fala me entregando uma caixa pequena branca. - Combinou com o outro acessório.- Que cor?
- Amarelo e não se preocupe é segredo, ninguém sabe.
Olho para ela que segue meu movimentos quando levo o pudim para minha boca.
- Isso é enorme. Como sua mão ainda não caiu? - ela fala se referindo ao anel.
Sorrio.
- Eu também não paro e olhar, é como se fosse um sol num dia de chuva, você fica reparando ele brilhar.
Kenna se levanta da poltrona que me irrita e pega um pedaço do meu pudim o que me deixa puta.
- Isso é demais pra mim - ela fala
- Ok, depois eu te conto como foi.
- Ok, eu te ligo. Tenho que ir, um ensaio fotográfico me espera. - ela beija o topo de minha cabeça e saí do quarto me deixando sozinha.
★
Acordo meio grogue por conta dos remédios para dor e já vejo Bennet sentado na poltrona lendo o jornal.
- Oi. - falo.
- Oi. Tudo bem? Está confortável? - ele se levanta e faz o questionário de rotina.
- Estou bem, nada que uma ida pra casa não resolva. - reclamo.
- Você sabe que ainda não podemos te levar pra casa. - ele se senta ao meu lado na cama.
- Kenna passou aqui? - ele se refere ao prato de pudim vazio que está na mesa ao lado da minha cama.
- Sim, eu estava com fome e a comida daqui não é lá das melhores e aquela gelatina sem açúcar é horrível, acho que nem se eu estivesse de dieta eu comeria aquilo.
Bennet se ajeita na cama e eu me deito em seu peito. Sinto suas mãos passar por minhas costas nuas devido a camisola do hospital. Me arrepio.
- Num quarto de hospital seria novidade. - ele sussurra.
- Nem pense nisso, eu estou dolorida ainda.
Ele ri.
- Como está Scott? - pergunto curiosa.
- Bom, foi difícil leva-lo até o cemitério e minha mãe começou a usar O rei leão como referência para contar a ele o que tinha acontecido.
Meu coração dá um nó só de pensar no que essa criança vai passar.
- Ela não era um Mufasa e sim um Scar.
- Em falar nisso, estamos adiando essa coisa do Scott, temos que oficializar as coisas logo. Encontramos os papeis da certidão e parece que Meredith já tinha pensado em tudo.
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Diamante irresistível
RomanceSérie Diamante • Livro 1 Carrie trabalha na prestigiada empresa de joias, Empire. Vivendo um sonho, morando em Nova York com as amigas, ela só quer uma melhor posição na empresa e viver bem. Já Bennet, o CEO que está em um momento ótimo de sua carr...