Epilogo

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Encaro o anel de diamante gigantesco que meu irreversível futuro marido me deu. Ainda não acredito que ele tenha achado um dos meus trabalhos mais antigos. Fico repassando o pedido feito há uma semana toda vez em minha cabeça, vinte e quatro horas por dia.

- Trouxe pudim. - Kenna fala ao entrar no meu quarto com um prato de pudim.

- Aí meu Deus, você demorou séculos com isso, que droga. - reclamo.

- Eu vou te dar um desconto por você ter levado um tiro. - minha irmã revira os olhos e se senta na poltrona bege ao lado de minha cama.

- Foram dois tiros - falo.

- Foi um, o outro foi de raspão.

- Kenna eu senti a dor dos dois tiros que acertaram em mim. - insisto.

- Ok, senhorita levo tiros e não morro.
Oh, já ia me esquecendo, trouxe o que você pediu, foram os mais bonitos que encontrei. - ela fala me entregando uma caixa pequena branca. - Combinou com o outro acessório.

- Que cor?

- Amarelo e não se preocupe é segredo, ninguém sabe.

Olho para ela que segue meu movimentos quando levo o pudim para minha boca.

- Isso é enorme. Como sua mão ainda não caiu? - ela fala se referindo ao anel.

Sorrio.

- Eu também não paro e olhar, é como se fosse um sol num dia de chuva, você fica reparando ele brilhar.

Kenna se levanta da poltrona que me irrita e pega um pedaço do meu pudim o que me deixa puta.

- Isso é demais pra mim - ela fala

- Ok, depois eu te conto como foi.

- Ok, eu te ligo. Tenho que ir, um ensaio fotográfico me espera. - ela beija o topo de minha cabeça e saí do quarto me deixando sozinha.

Acordo meio grogue por conta dos remédios para dor e já vejo Bennet sentado na poltrona lendo o jornal.

- Oi. - falo.

- Oi. Tudo bem? Está confortável? - ele se levanta e faz o questionário de rotina.

- Estou bem, nada que uma ida pra casa não resolva. - reclamo.

- Você sabe que ainda não podemos te levar pra casa. - ele se senta ao meu lado na cama.

- Kenna passou aqui? - ele se refere ao prato de pudim vazio que está na mesa ao lado da minha cama.

- Sim, eu estava com fome e a comida daqui não é lá das melhores e aquela gelatina sem açúcar é horrível, acho que nem se eu estivesse de dieta eu comeria aquilo.

Bennet se ajeita na cama e eu me deito em seu peito. Sinto suas mãos passar por minhas costas nuas devido a camisola do hospital. Me arrepio.

- Num quarto de hospital seria novidade. - ele sussurra.

- Nem pense nisso, eu estou dolorida ainda.

Ele ri.

- Como está Scott? - pergunto curiosa.

- Bom, foi difícil leva-lo até o cemitério e minha mãe começou a usar O rei leão como referência para contar a ele o que tinha acontecido.

Meu coração dá um nó só de pensar no que essa criança vai passar.

- Ela não era um Mufasa e sim um Scar.

- Em falar nisso, estamos adiando essa coisa do Scott, temos que oficializar as coisas logo. Encontramos os papeis da certidão e parece que Meredith já tinha pensado em tudo.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora