Diamante irresistível

cap 22

BENNET

Ela não abriu a porta.
Que merda.

Fiquei mais de uma hora esperando na frente do loft, mas nenhum vestígio de sua presença. Será que ela está aqui? Tem que estar. Ela não teria para onde ir, ainda mais debaixo da chuva. A imagem dela toda molhada me deixa louco. Bati na porta várias vezes, só não a derrubei porque sei que tinha mais mulheres no recinto, cado contrário a porta estaria no chão e eu estaria gritando com Carrie por conta de sua estupidez, sem contar na pequena discussão que tive com Natalie. Sorte a dela em ter uma porta entre a gente.

Eu tinha minha parcela de culpa. Por que eu tinha que ser tão burro. Mulheres são sensíveis a palavras grosseiras.

Vou para a rua, a chuva ainda cai. Um bar seria uma ótima opção agora. Ando cerca de três quadras e entro em bar. Está cheio, me dirijo diretamente ao balcão, peço algo forte.

- Aqui garotão. - ela me dá um copo e me serve.

O liquido desce rasgando pela minha garganta. Bourbon. O melhor.

- Eu quero a garrafa. - aviso a balconista.

Ela me olha e levanta as sombracelhas.

- Claro que quer. Não vai sair barato e eu não vou te dar uma nova.

Foda se. Só quero algo para me distrair do dua dr merda.

- Quanto? - pergunto pegando a carteira.

Ela se dobra sobre o balcão e fica me encarando.

- Cem. - ela fala.

- O que? Você quer que eu pague cem dólares em uma meia garrafa? - pergunto indignado.

Ela sorri.

- Ou é isso ou nada.

Merda. Eu não queria consumir uma garrafa inteira, caso fizesse eu não me recordaria nem do meu nome.

- OK. Me dê a garrafa.

Abro a carteira e tiro as notas.

- Se divirta, garotão. - ela pega o dinheiro e me entrega a garrafa.

Volto para a porta de Carrie e me sento em frente. Vou só esperar.

***

Ela me coloca no sofá e se senta a minha frente.

- Vamos resolver toda essa merda. - ela diz. Sua voz está baixa, mas com autoridade.

- Me desculpe pelo o que disse. Não era bem o que...

Ela respira fundo, toma um gole do que está na taça e me enterrompe.

- Bennet, não quero saber o porque você ter dito aquilo. Eu não sou o tipo de mulher que quer ser tratada como brinquedo.

Ela morde o lábio e me encara. Por que ela tem que ser tão linda quando está séria.

- Eu não quero que você seja meu brinquedo. - explico.

Meus olhos começam a pesar, mas me seguro.

- É o que todos dizem.

Porque elas sempre nos generalizam. Não sou todos. Sou eu. Talvez isso baste.

- Vamos apenas nos conhecer melhor, mas sem cobranças.

Ela morde o lábio e parece estar pensando.

- Não sei se aguento.

- Não estou pedindo você em casamento. - ela enrrubece.

- Não sei. - ela fala e se levanta. - Você quer comer alguma coisa? Eu poderia f...

Não termino de ouvir o que ela fala, meu olhos se fecham me forçando a dormir.

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Capítulo curto e meio sem sal, eu sei, mas as coisas vão começar a esquentar novamente. Me contem o que vocês estão achando?