Acordo um pouco mais cedo do que o comum e vou correr no parque. Faz um tempo que não faço isso.
Enquanto vou correndo vejo o banner anunciando a maratona que terá no parque em breve. Me ânimo com a ideia, mas sei que Bennet não irá me liberar.
Continuo à correr enquanto pensamentos correm em minha cabeça.
- Carrie! - ouço alguém chamar meu nome.
Paro de correr aos poucos e olho ao redor para ver se vejo alguém conhecido.
Vejo um cara se aproximar. Ele é parecido com alguém, mas não deve ser ele. Não podia.
- Que saudade. - ele fala é me abraça.
Sinto seu cheiro e sei quem é, mas não posso acreditar.
- N-Nathan? - pergunto.
Ele me solta e se distancia um pouco. Reconheço seu rosto e porra, como ele está diferente.
- Não vai me dizer, que não se lembra?
Sorrio como não.
- Quase, você está muito diferente. Cadê aquele oculos? O cardigã? O que houve?
Ele sorri e porra que sorriso lindo. Como alguém poderia mudar tanto.
- Você me chutou. - ele ri.
Por um momento senti que aquilo não era muito brincadeira. Não teve um desfecho muito bom.
- Você sabe que nunca ia dar certo. - expliquei.
Ele balança a cabeça como se estivesse se divertindo.
- Eu sei. - ele se aproxima e dá um beijo em minha testa. Estranho, ele costumava fazer isso. - Tenho que ir, minha namorada está me esperando.
O vejo correr a diante e fico um pouco checada com toda a informação. Não esperava encontrar ele aqui. Seus planos sempre foi se mudar para Washington e trabalhar com política.
Volto correndo aos poucos para casa. Tomo um banho e corro para Empire. Bennet não ia gostar muito do meu atraso.
★
Ele fica estranho ao atender a ligação. Seu rosto fica tenso e ele parece bravo. Será que ele me viu com Nathan? Acho que não.
Ele desliga o celular em silêncio.
Encaro-o para ver alguma reação, mas nada aparece.- Ben, está tudo bem? - pergunto.
Ele não responde. Parece perdido.
- Ben? Você está me ouvindo?
Continua parado.
- Carrie, chame meu irmão. Agora.
Seu tom não foi nada agradável. É como se tudo voltasse a sete meses a trás.
Me levanto, saio da sala e ligo para Will.
- O que ele quer?- Will pergunta rindo.
- Will, é sério. Ele recebeu uma ligação e ficou sério. Ele está te chamando. - falo.
- Merda, estou indo.
Desligo o telefone, sento me em minha cadeira e espéculo algumas coisa, mas nada tem nexo. William passa por mim sem ao menos dar bom dia, o que não acontece geralmente, o que também indica que o assunto é sério. Natalie está atrás dele.
- O que aconteceu? - ela me pergunta.
- Não faço a mínima idéia, mas foi algo grave. - falo meio afetada.
Carrie, você precisa saber dividir a vida pessoal e profissional. Ele é seu chefe, não seu namoradinho.
Não tínhamos um rótulo na verdade.
Meu celular toca, me tirando de meus devaneios.
- Alô?
- Carrie, vai nascer! - Julie grita.
Demoro alguns segundos para raciocínar o que ela realmente quer dizer. Merda, os bebês.
- Você está indo para o hospital? - pergunto.
- Sim! Vem logo.
Desligo o célular e puxo o braço de Natalie para o elevador.
- Quem está no hospital? - ela pergunta meio agitada.
- Julie. - respondo.
★
Chegamos às pressas no hospital a procura de informações. Paro na recepção e peço por Julie. A moça me dá o número do quarto.
Entro no quarto que está silencioso e vejo Julie com um dos bebês no colo.
- Julie. - sussurro
Ela me olha e sorri, seus olhos marejados voltam ao seu bebê.
Me aproximo e Nat faz o mesmo.- Ju, que linda. - Natalie sussurra meio babona.
- Essa é Amélia. Diz oi para as titias, Amy. - Julie pega a mão pequena da recém nascida e acena para nós.
Minutos depois a enfermeira trás outro bebê em um carrinho.
- Ele está pronto agora. - a enfermeira morena alta sussurra e sai do quarto logo em seguida.
Apreciamos o outro bebê que chegou.
- Meninas esse é o Andrew.
Julie deixa as lágrimas escorrerem. Nunca a vi tão feliz.
Depois de amamentar, os bebês dormem e finalmente podemos conversar.
- Sinto muito não ter chegado a tempo. - Nat fala confortando-a. - Não queríamos que você passasse por isso sozinha.
Ju passa as mãos pelos cabelos e respira. Sinto que ela esconde algo. Nat senta na beira da cama e eu puxo a poltrona bege e me acomodo.
- Eu não estava sozinha. - ela fala em um tom quase inaudível.
Estreito os olhos e até cogito um pensamento. No mesmo momento a porta se abre revelando a mesma pessoa de meus pensamentos.
- Vitor. - falo.
Filho da mãe mão mudou quase nada. Tem a mesma altura e as mesmas feições, só está um pouco mais forte do que a última vez que nos vimos. Os cabelos castanhos estão em um corte diferente e suas roupas também mudaram.
- Carrie, quanto tempo. - ele fala.
Me levanto ainda me confirmando com os fatos. Ele me abraça forte, tento fazer o mesmo, mas não consigo. Com ele aqui tudo o que eu havia deixado para trás parece voltar e uma preocupação aparece. Será que ele está acompanhado?
- Vitor, o que está fazendo aqui? - Nat pergunta em um tom nada convidativo.
- Vim cuidar dos meus filhos. - ele aponta para os bebés.
Saio da sala por alguns instantes. Não consigo conciliar tudo de uma vez. Não consigo evitar o pensamento. Natalie aparece segundos depois.
- Você está bem? - ela pergunta.
Olho para uma das únicas pessoas que sabem como vou em sentir em relação a certos fatos.
- Só rezando para que Vitor tenha vindo sozinho. - respondo.
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Diamante irresistível
RomanceSérie Diamante • Livro 1 Carrie trabalha na prestigiada empresa de joias, Empire. Vivendo um sonho, morando em Nova York com as amigas, ela só quer uma melhor posição na empresa e viver bem. Já Bennet, o CEO que está em um momento ótimo de sua carr...