Diamante irresistível

cap 70

BENNET.

Exaustivo resume o dia de ontem. Lidar com minha mãe e minha irmã foi leve em comparação a notícia que Meredith explodiu em cima de mim. Um filho com ela, isso jamais passou pela minha cabeça. Acordei no meio da noite e tentei vasculhar minha mente a procura de algum sinal de que esse filho realmente é meu. Quando eu estava com ela, nós nos protegiamos, não consigo me lembrar se falhei nisso alguma vez.
Passei maior parte da noite vendo Carrie dormir e soluçar em consequência da lágrimas derrubadas mais cedo. Bebi. Esse foi meu jeito de lamentar. Depois de beber tomei um banho e comi, não queria acordar com cheiro de Whisky. Me agarrei a Carrie novamente, mas confesso que recuei por alguns segundos quando toquei sua barriga.

Creio que nunca desejei na vida ter um filho com alguém, como quero com ela. Tenho essa certeza. Ela que vai me encher de pirralhos que vão pular em cima da gente todo dia e me acordar com um beijo toda manhã. Vai gritar comigo por ser um babaca e por me atrasar no início da apresentação de uma das crianças. Vai me derrubar da cama para fazer um dos bebês dormir por que ela estará cansada demais. Vai se emocionar quando as crianças falarem as primeiras palavras e derem os primeiros passos. Vai se estressar ao organizar a primeira festa de aniversário de um deles e com certeza vai coloca-los para dormir e fazer amor comigo a noite toda para trazermos mais um ao mundo. Essa é a vida que quero ter com ela. Quem diria que eu me apaixonaria e desejaria filhos. Carrie me deu uma visão nova de mundo e vou fazer o mesmo por ela.
Depois de toda uma vida planejada, abraço minha mulher sem receio e durmo.

★

- Carrie? Você está bem? - pergunto batendo na porta do banheiro, onde ouço o chuveiro ligado.

Ela não responde.

Levo minha mão a maçaneta, giro e abro a porta. O banheiro está parcialmente neblinado, ando até box e abro a porta de vidro para o lado e posso ver Care sentada no chão.

- Ei. - chamo.

Ela levanta sua cabeça e posso ver suas expressões tristes no rosto. Ela está chorando. Droga. Tiro minhas roupas e as jogo no chão do banheiro e me junto a ela dentro do box.

Me agacho e entendo a mão para ela, que hesita por alguns instantes, mas logo em seguida cede, me dá a mão e nos levantamos.

- Me desculpa. - ela sussurra.

- Care, tudo bem chorar. Estamos numa situação complicada, então tudo bem chorar. - sussurro.

Esperamos alguns segundos a água cair em nós e então é me surpreende, quando agarra meu pescoço e me puxa pra si.

- Eu te amo. - ela fala.

- Eu também te amo. - sorrio.

Care inicia um beijo lento em minha boca me fazendo arrepiar. Levo minha mão esquerda pra sua cintura e empurro ela para a parede. Ela se assusta quando suas costas encostam no azulejo gelado, após se acostumar ela suspirar e volta a me beijar. Sua mão que estava em meu pescoço, passa pelo meu ombro e escorrega pelo meu peito.

- Care...

- Shhh. - ela não me deixa falar. - Vamos esquecer o mundo lá fora. Por algumas horas, por favor. - ela pede.

Não consigo dizer não a ela. Não pela nossa atual situação, mas por eu não conseguir resistir. Ela é irreversível.

Desço beijando seu corpo até parar na altura de seus seios. Abocanho um deles e minha língua brinca com o mamilo.

- Ahhhhhhhhhhh! - Carrie geme alto e arranha minhas costas.

Tomo a liberdade de espiar seu rosto e vejo seus olhos fechados e sua boca aberta. Volto a minha posição inicial, mas dessa vez me apronto para o próximo passo.