cap 73

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- Irmãs? - pergunto curiosa. - Mas..

- Eu sei, nem nos parecemos tanto e ela faz questão de fingir que a família não existe. Por isso pintou o cabelo? - Liv se vira para Tracy - Para eu não te reconhecer?

Tracy revira os olhos e parece não gostar de ter Liv por perto.

- Talvez. O que você está fazendo aqui? Pensei que você estava curtindo Londres e... - Tracy pergunta exaltada.

- Eu voltei para procurar você, que não se preocupa em dar notícias. - Liv responde interrompendo a irmã.

As portas do elevador se abrem no térreo.

- Carrie, se importa se eu não ir com você? Tenho umas coisas a fazer com minha irmã. - ela fala e eu faço que sim com a cabeça - E sobre o teste, vai dar negativo. - ela sorri me consolando.

- Você não sabe disso, Liv. - respondo.

Aperto o botão da garagem.

Liv revira os olhos.

- Sei sim. Scott não tem nada a ver com Bennet. - ela fala como se fosse um fato simples.

Tento lembrar por alguns segundos do rosto de Scott a procura de qualquer semelhança, mas a esse ponto isso só irá me perturbar.

Saio do elevador ainda pensativa e ando até o carro onde Antony me espera.

Entro no carro e pego meu celular que está tocando.

- Alô? - atendo mesmo sem saber quem é.

- Care...

- Ric, o que quer?

- Você poderia ser mais gentil? Eu estou indo embora.

- Até que enfim. - falo

- Aposto que você revirou os olhos - ele fala e percebo que ele está sorrindo.

- Ric, boa viagem. - desligo.

Em algum momento do trajeto me perdi em imagens ilusórias de como seria quando o resultado do exame saísse. Se for não, quase nada mudará. O fato de Bennet não ter conhecer o pequeno facilita, já que nenhum laço foi feito. Se for sim, bom... Não será fácil e na verdade não sei o que pensar se der positivo e me sinto a pessoa mais podre e horrível por querer que dê negativo.

Antony pigarreia me tirando dos maus pensamentos.

- Senhora Marshall, iremos demorar um pouco. - ele avisa.

- Sem problemas, Antony. - sorrio.

Encaro as pessoas de Nova York e a corrida delas pela janela do carro.

- Antony... Você... Posso fazer uma pergunta? - me direciono ao motorista que com certeza não é pago para ouvir minhas dúvidas pessoais e meu desabafos quanto a minha vida que não é nada difícil comparada a maioria.

- Claro, senhora.

- Por favor, corta essa de senhora. - peço balançando a cabeça e ele ascena com a cabeça atendendo meu pedido.

- Você tem filhos? - pergunto.

- Sim, senh... Senhori... - ele ainda não sabe como me chamar.

- Carrie. - ajudo-o.

- Sim, Srta. Carrie. Tenho duas meninas. - ele responde com um certo orgulho em sua voz.

- É difícil? Quero dizer... A vida? A...

- Sim, é muito difícil. - ele não dá muitos detalhes.

Olho para fora do carro e o farol está fechado. Abro a porta de trás e pulo para para o banco do passageiro da frente.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora