cap 71

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- E como vamos fazer isso? - Bennet repete a pergunta.

- Amanhã eu vou me encontrar com Liv e vamos ver no que dá. - respondo.

Bennet levanta meu rosto com a mão e me olha nos olhos.

- Carrie, eu quero saber o que você realmente vai fazer. Passo a passo.

Me levanto do sofá e viro para ele.

- Eu vou...

- Sem omitir nada.

Bufo e volto a sentar do seu lado. Ele se encosta no sofá dando sinal que vai esperar eu desembuchar mesmo que eu fique aqui até amanhecer.

- Eu vou me encontrar com Liv, ela está no Palace que por coincidência é o mesmo hotel em que Meredith está hospedada com Scott. Lá eu vou fazer minha mágica.

- Care...

Olho para os olhos verdes dele e estreito os meus. Aonde isso vai dar?

- Eu não vou machuca-lo, Bennet. Ele é um bebê que não tem nada a ver com isso. Só vou pegar um fio de cabelo ou uma chupeta, sei lá.

- E você não se importa de fazer isso? Quero dizer... Tenho a impressão de que ...

- Para, para, para. - volto a sentir ao seu lado. - Eu tô fazendo por nós dois, mas por você também. Se for mentira, ela tem que pagar pelo que está fazendo.

- E como ela vai pagar? - ele pergunta.

- Ainda estou pensando em um castigo. - sorrio.

Após alguns minutos a pizza chega. Claro que eu tive que ir buscar, os fotógrafos ainda não tinham ido bem. Trouxe a pizza, nós comemos enquanto assistíamos um filme e em seguida voltámos pro quarto para dormir.

Acordo cedo pela manhã e me arrumo para ir ao loft e ver Julie e depois me encontrar com Olivia.

- O que você está fazendo em pé a essa hora? - Bennet pergunta com a voz sonolenta - Volta pra cama.

- Volte a dormir. - dou um beijo em sua cabeça e saio.

Saio do prédio de Bennet surpresa pelos urubus terem ido embora, pelo menos é o que parece. Só agradeço, assim Ben poderá trabalhar.

Tiro meu óculos da bolsa e pego meu celular, preciso falar com Julie. Há tempos não nos falamos.

- Oi, você não é a moça das fotos?- um cara me pergunta.

Demoro um pouco para responder e analisar a situação, olho para sua mão e logo vejo a câmera. Merda. Saio às pressas e vou para a beira da rua à espera de que algum taxi me salve.

- Ei dá um sorriso! - o cara tira fotos.

Asceno para o carro amarelo e entro em seguida. Em cerca de uma hora estou no loft, trânsito infernal.

Saio do táxi e encaro o prédio. Parece que não venho aqui há séculos. Por um segundo do me lembro de como eu costumava passar minhas noites com as meninas em algum barzinho legal com música boa e depois íamos andando até onde conseguíamos e na maioria das vezes voltavámos de táxi para casa. Naquela época eu não sabia que minha vida estaria desse jeito. De ponta cabeça.

Suspiro e entro na minha casa. Vejo a porta do loft aberta quando saio do elevador

- ... Pega as mamadeiras que eu comprei, estão em cima da geladeira. - ouço a voz de Julie.

Bato na porta aberta alertando a minha presença.

- Oi. - falo.

- Olha quem apareceu. - Julie fala alegre e com os braços abertos.

Diamante irresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora