Uma passagem direta.

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Dias atuais, Rio de Janeiro.

Desde o dia em que saiu do coma, Romero teve inúmeros especialistas ao seu dispor, todos contratados pelo seu filho, Dante. Isso de alguma forma, contou como ajuda para que ele melhorasse, seus resultados chegavam a impressionar os médicos. Mesmo que tivesse visivelmente bem, ele sentia um vazio, como se algo lhe faltasse.. Havia perdido um pouco da memória, mas já percebia que aos poucos, ia se lembrando de alguns detalhes, principalmente do trágico dia, onde levou o tal tiro.

Sua aparência havia mudado bastante, havia deixado o cabelo crescer e a barba também, estava mais forte, pois exercícios físicos tinham entrado consideravelmente em sua rotina, por indicação dos médicos. Agora ele tinha sua própria casa, que tinha sido comprada por meio de inúmeros investimentos, literalmente havia renascido e não tinha ninguém que ficasse mais feliz com aquele resultado, do que Dante.

Bom dia, como vão as coisas? — Dante atravessava o cômodo, se direcionando até a mesa de café da manhã, lotada de comidas.

Romero esboçou um sorriso ao ver o filho ali, sem dúvidas sua relação com ele havia melhorado de uma forma inexplicável e sempre que possível, tinham momentos juntos.

Bom dia! Tudo ótimo e com você? — Respondeu, enquanto colocava café em sua xícara.

Tudo bem também, só tá tudo meio corrido por conta do trabalho, mas você sabe como é.. Uma hora tudo acalma e na outra vira um caos. — Dante se sentou ao lado do mais velho e começou a tomar café da manhã juntamente.

Sei sim, to pretendendo ir hoje lá na fundação, sabe? Vê como anda tudo. — Ao finalizar a frase, direcionou a xícara até sua boca.

Dante apenas fez sinal de concordância com a cabeça. Romero e Tóia tinham feito as pazes, estava tudo em harmonia com Juliano também, já que se não fosse por Romero, não sabia se ao certo, ele ainda estaria vivo.

Quero ver a Djanira, a Tóia disse que ela fez um desenho lindo pra mim e estava animada pra entregar! — Sorriu, só de pensar na filha.

Fico feliz, você é um bom pai, pra todos nós! — Levou sua mão até o ombro de Romero e fez um breve carinho.

A filha que Romero e Tóia haviam tido, levou o nome da mãe "deles" como um gesto bonito de homenagem. A garotinha era esperta e sempre que possível, Romero estava presente, dando assistência também com a pensão.

Dias atuais, Itália.

Depois que Romero nasceu, Atena se mudou para a Itália com Ascânio e assim acabavam vivendo uma vida daquele jeito, viajando e nunca passando um ano ou mais em um lugar só, também para despistar das roubadas que se metiam. A loira por ter um alto grau de inteligência, sempre tinha uma carta na manga e sabia como despista-los do "perigo". O mais difícil foi despistar Thales, o cara que trabalhava para a polícia, mais conhecido como quem ajudou Atena a ir até ao hospital, no dia que Romero estava pra nascer. Ele havia criado sentimentos por ela, mas acabou se afogando naquela ilusão, nunca tiveram nada além de uma amizade, que era cheia de mentiras por trás.. Em um dia Atena estava do lado dele e no outro havia ido embora, torcendo para que não a procurasse. Era perigoso demais mantê-lo por perto, por mais que estivesse jogado aos seus pés, se um dia o sentimento mudasse, ela poderia ficar na mira.

Vem cá, Romerito! Vem assistir o jogo com o titio Ascânio. — O chamou animado, sentando no sofá com um balde de pipoca em mãos.

Romero sorriu e saiu correndo até onde o velho estava, deixando de brincar com seus brinquedos, para fixar sua atenção na tela daquela tv.

Vocês dois hein.. Não tem jeito mesmo! — Atena brotou no cômodo e se encostou na parede, olhando a cena de braços cruzados.

Ela acabou sorrindo, vendo o jeitinho do filho, claramente havia só emprestado o útero, porque ele era totalmente a cópia do seu pai.

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