Amor em excesso.

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POV: ATENA.

Era de madrugada, quando eu despertei de um pesadelo terrível, o suficiente para me fazer perder completamente o sono.

Me revirei na cama algumas vezes, tomando cuidado para não acabar despertando quem estava ao meu lado.

Romero dormia feito pedra e por um momento, a coisa mais viável que eu achei para fazer foi ficar lhe admirando dormir.

Involuntariamente um sorriso bobo se fez presente em meus lábios, eu amava aquele homem.. Em excesso!

Deslizei com cuidado a ponta dos meus dedos por sua pele, sentindo a textura macia e como aquilo parecia me atrair, não foi atoa que eu senti vir a necessidade de aproximar meu rosto e sentir o cheiro bom que ele exalava.

Ele nem se mexeu e no fundo eu não sabia ao certo se ficava feliz com aquilo ou não.

Resolvi então me levantar, alcancei pelo chão a minha camisola que ele havia arrancado no final da noite e desisti de achar minha calcinha, no momento que vi que era quase impossível.

Sai caminhando com os pés descalços, sentindo o chão gelado e indo em direção ao quarto do meu filho. Eu tinha essa mania, toda vez que não conseguia dormir, acabava indo ver como ele estava e sinceramente.. Não poderia estar melhor!

Seu semblante era calmo, como quem não tinha nenhuma preocupação na vida pra lidar e eu gostaria que fosse sempre assim.

Tomei liberdade de entrar no quarto e ajeitar melhor o cobertor que o cobria, pois ele as vezes acabava descendo e eu não queria que sentisse frio.

Incrivelmente essa era uma outra coisa que ele tinha herdado de Romero.

Ao final, meu próximo destino foi a cozinha, onde procurei encher um copo com água e enquanto o bebia, me encostei na bancada de mármore, encarando o nada e me perdendo em meus próprios pensamentos.

Pensamentos esses, que me deixavam levemente preocupada.

Ainda não havia recebido uma resposta de Dante e não sabia direito o que aquilo poderia significar, mas ainda insistia em pensar que sua resposta seria boa.

Boa o suficiente para fazer tudo se encaminhar.

Meu corpo se arrepiou quando senti uma mão tocando meu ombro e pousei o copo de vidro na bancada, soltando um suspiro.

- Está com insônia? — A voz de Romero mandou embora o silêncio e o vazio que eu sentia.

Movimentei minha cabeça em concordância e me virei, na procura de encarar seu rosto, me perder em seus olhos.

Seus cabelos estavam assanhados, o que o deixava mil vezes mais atraente, se possível.

Usava apenas uma cueca e foi a primeira vez que eu o vi andando daquele jeito pela casa, depois que me mudei para lá.

Sua mão tocou meu rosto com delicadeza e eu fechei meus olhos, gostando do carinho.

Seu polegar deslizou pelos meus lábios e ambos se distanciaram, em alguns centímetros.

Naquele momento, nada precisava ser dito.

Existia eu, existia ele e existia, mais do que nunca.. Nós dois!

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