Conversas vazias e frustração

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Notas iniciais: Voltei amores, espero que tenham gostado da primeira parte da estória. Agradeço todos os votos e principalmente as leitoras que tiram um tempo para comentar e me fazer rir. Muito obrigada.

Boa leitura beijinhos.

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Simone sentiu suas pernas bambearem, conseguia enxergar a raiva através do olhar furioso de Carlos, ele revezava o fixar dos seus olhos em cada um dos de Tebet, sentia o hálito quente tocar o seu rosto, a respiração enraivecida do empresário era audível.


— Do que está falando? Parece até que sou uma ameaça para Soraya.


— Você é uma ameaça pra mim! — disparou entredentes. — Eu não vou repetir pela terceira vez, eu quero você longe da minha mulher. — deu ênfase na palavra minha e algumas gotículas de saliva voaram para o rosto de Simone.


— Vocês estão bem? — Soraya surgiu com as louças para o marido. Rapidamente Carlos se afastou de Simone e encarou a esposa.


— Sim, Simone teve um imprevisto, não vai poder ficar. — a morena baixou o olhar por um segundo e em seguida sorriu para a loira.


— Recebi uma ligação importante, mas espero que aproveitem o jantar. — acariciou o braço do empresário. — Depois nos falamos, tudo bem? — encarou o fundo dos olhos estranhos de Soraya, se encaminhando para fora.


Soraya atordoada, não entendendo a situação pôs-se a seguir a morena.


— Simone! — chamou-a já longe de Carlos que se manteve na varanda. — O que aconteceu?


A contragosto Tebet se virou olhando para a loira.


— Tive um imprevisto. — sorriu fraco acariciando o rosto de Thronicke. — Tenho poucos dias para decidir os secretários e um deles declinou. — suspirou, não pela oferta recusada no início do dia, mas por estar mentindo para a ex-aluna. — Depois conversamos, pode ser?


— Eu posso te ajudar em alguma coisa?


Simone riu, estava envergonhada da situação.


— Não, eu consigo resolver. — umedeceu os lábios. — Só janta, não fica sem comer, por favor.


Soraya sabia que alguma coisa estava errada e aquele assunto de ser por conta de uma recusa, não estava sendo convincente para a Senadora. Permitiu que Simone fosse embora, se era o que ela queria não seria ela quem iria impedir.

 
— Simone. — antes que a morena abrisse a porta a loira a chamou. — Se cuida.


Carlos César ainda se mantinha aguardando a esposa na varanda, sem muita vontade Soraya se dirigiu até lá. O homem mexia no aparelho celular e sorria abertamente.


— Você é uma comédia, meu anjo. — beijou uma das bochechas da mulher que se aproximou. — Um dos assuntos mais comentados nas redes socais e olha que a posse nem foi sua.


— Do que está falando? — pôs-se ao lado do marido olhando o celular, nele passava o vídeo que tanto lhe machucou. — Você acha isso engraçado, Carlos César? — o empresário a olhou rindo confirmando sua dúvida. — Isso me machucou, não é engraçado ser comparada com um fascista.


— Ninguém está levando para o lado pessoal, meu anjo. — disse acariciando o ombro próximo da mulher. — Está acontecendo o que você tanto queria, sua projeção nacional.

Escolhas e Ideais - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora